CARTA ABERTA A BARAK OBAMA (1)

CARTA ABERTA A BARAK OBAMA (1)

Senhor Obama, este golpe de Estado nas Honduras, nitidamente orquestrado pelos sectores reaccionários do imperialismo americano abalou a sério a minha esperança na renovação do mundialmente conceituado Presidente dos Estados Unidos. A influência dos poderes ultra-reaccionários no aparelho de Estado norte-americano são um facto indesmentível, e lutar contra isso é titânico, todos sabemos. O facto de o governo do Presidente Zelaya estar a fazer a aproximação aos governos progressitas da América Latina, e, consequentemente, a tomar atitudes de distanciamento dos EU, não deixa grandes dúvidas quanto à ligação da América, da oligarquia hondurenha e da igreja, neste degradante espectáculo anti-democrático, muito semelhante, na essência, à vergonhosa humilhação a que Uribe está a submeter a Colômbia.
Repugna-me aceitar que o Homem Obama se encontre metido nisto, e entristece-me perder a esperança de uma nova América, e o sonho de vir um dia a enterrar o passado. Porque eu sempre pensei que a humanidade tem um grande inimigo: esta América. Concordo com aqueles que dizem que esta América é perigosa. Só não concordo com eles quando referem apenas a América identificada com Bush. Esta América é apenas um estádio evolutivo da sua história e de toda a sua filosofia imperialista. Provavelmente a América é isto. Esta América é isto porque sempre a impediram de ser outra coisa. Felizmente que há, penso e acredito, outra América. A América das pessoas de bem, a América das pessoas bem formadas, das pessoas humanas e inteligentes, das pessoas que têm da vida a cultura do percurso e que têm da humanidade um conceito solidário e fraterno. Aquela América que não se revê, de modo algum, nesta América de carácter golpista. Mas esta América sempre existiu e sempre dominou. Esta América é e sempre foi um perigo para a humanidade. A América é e sempre foi o berço e a universidade do crime organizado. A falsificação e as deliberadas mentiras, bem patentes na conduta de Bush e dos amigos e aliados políticos para quem os mais altos valores da humanidade se resumem ao petróleo, ao armamento e ao poder, são marca histórica. A América é e sempre foi o maior inventor e fazedor de guerras e conflitos em todo o planeta. A América é e sempre foi o maior fabricante e negociante de armas. A América é e sempre foi o maior inventor e o mais desumano utilizador das mais mortíferas tecnologias que algum dia nasceram na cabeça do Homem. A América é e sempre foi o maior criador de sanguinárias ditaduras, tiranias e tiranetes da recente história da humanidade. A América é e sempre foi o maior usurpador das riquezas dos outros povos. A América nunca precisou de colónias para ser o país mais invasor do mundo. A América é o país à superfície da terra com mais bases militares fora do seu território e sem nenhuma base estrangeira, que eu saiba, dentro de portas. Esta América é e sempre foi genuinamente racista. Esta América é e sempre foi, do ponto de vista mental e físico, o país mais poluidor da terra e o país que mais contribuiu para o desequilíbrio mental e ecológico do planeta. Esta América é autora do maior número e dos mais violentos actos agressivos da história da humanidade, executados directa ou indirectamente. Basta lembrar os mais conhecidos como o massacre dos Índios, Hiroshima, Nagasaki, o Vietname, o Chile, o Panamá, a guerra suja contra a revolução sandinista e contra todo e qualquer despertar da América Latina, o Afeganistão e o Iraque. Milhões de mortos. Mares de esperanças perdidas.
Caro amigo Obama, permita-me que assim o trate. Tome um café com a sua secretária Sra. Clinton e falem a verdade ao mundo. Seria extremamente cruel que dentro de um ou dois anos, o mundo chorasse em pranto a lágrima de alegria que verteu aquando da sua eleição. (Continua).

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Cartazes das Autárquicas (Braga)

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Ricardo Rio, PSD/CDS, Braga (enviado pela nossa leitora Maria Monteiro em excursão pelo país).

LIBERDADE RELIGIOSA

Liberdade religiosa
por Carlos Esperança, Associação Ateísta Portuguesa Hoje Comentar
Qualquer doente, recluso ou militar tem o direito de acesso aos ministros do culto da sua religião, um direito do qual ninguém deve ser privado. No entanto, a prestação de serviços religiosos não é da competência do Estado.
Por isso, se por um lado a Associação Ateísta Portuguesa (AAP) reconhece a todos os crentes o direito à assistência espiritual, por outro repudia o recurso ao erário para financiar este serviço. A remuneração dos sacerdotes que visitem doentes, reclusos ou elementos das forças de segurança deve ficar a cargo das organizações religiosas e dos seus fiéis. (…) O acordo da passada semana entre o Estado e a Igreja Católica, ao contemplar a contratação de sacerdotes como prestadores de serviços ao Estado, é contrário ao espírito da liberdade religiosa. Não apenas por usar o erário que é de todos, crentes e não crentes, para pagar a alguns representantes de algumas religiões, mas também por obrigar o Estado a contratar cidadãos discriminando-os pela sua religião, discriminação esta que a própria Constituição proíbe.
E é uma medida desnecessária. Para respeitar a liberdade religiosa de reclusos, pacientes internados ou militares basta que o Estado permita visitas regulares por parte de qualquer sacerdote religioso a pedido dos interessados. Desta forma ninguém fica privado de acesso aos ministros do seu culto religioso (…).
Porque a remuneração pública de sacerdotes não é um requisito da liberdade religiosa, e porque é contrário a esta liberdade obrigar cada contribuinte a financiar religiões nas quais não crê e obrigar o Estado a contratar serviços discriminando os candidatos de acordo com a sua religião, a AAP (opõe-se a) repudia qualquer acordo que comprometa o dinheiro dos contribuintes (ao) para financiamento de práticas religiosas. (…)
Separar a cidadania da fé é um dever cívico, tal como separar o Estado da religião é uma obrigação constitucional, esta, na opinião da AAP, grosseiramente violada na decisão do Conselho de Ministros.
A AAP denuncia mais este atropelo à laicidade e ao pluralismo.

O drama de ser portista


Hoje em dia, ser portista é um drama, da mesma forma que, acredito, em tempos também foi um drama ser benfiquista.
O problema é que as vitórias e os troféus sucedem-se a um ritmo avassalador. Já não há tempo para saborear as conquistas, para chorar de emoção, para agradecer a quem nos dá tanta felicidade. Uma felicidade que, por se ter tornado rotineira, relativizou-se. Quando são sofridas, as vitórias sabem melhor.
O último Domingo é o melhor exemplo do que acabo de afirmar. Ante a conquista de mais uma Supertaça, fiquei contente. Apenas isso. Encolhi os ombros, disse «mais uma» para mim próprio e rapidamente comecei a pensar noutra coisa.
Felizmente, na véspera, o Benfica conquistara a «Eusebio Cup» e, aí sim, viram-se festejos a sério, dignos do maior espectáculo do mundo que é o futebol. Pessoas que roíam as unhas e deitavam as mãos à cabeça, outras que se abraçavam de forma esfusiante, enfim, festejos de alguém que parecia ter ganho a Liga dos Campeões. São momentos como esses que me fazem acreditar na beleza de um desporto que nunca há-de cair na rotina e na monotonia, por mais que os de azul e branco teimem em não me fazer a vontade.

Quando a Natureza é quem mais ordena

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Tufão Morakot.

As imagens do excepcional Big Picture (Boston Globe), apesar de trágicas, são brilhantes.

São o melhor exemplo para mostrar que, apesar de tudo, de toda a tecnologia, de toda a artilharia, de todas as palavras, nesta bola onde habitamos, a Natureza ainda manda.

Não resisto a copiar este post do CAA no Blasfémias:

«Ao pedir a um cunhado médico que lhe engessasse o braço antes de uma prova judicial de caligrafia que o poderia incriminar, António Preto mostrou ter um nervo raro. Com este impressionante número, Preto definiu-se como homem e como político. Ao tentar impô-lo ao país como parlamentar da República, Manuela Ferreira Leite define-se como política e como cidadã.», “Os comediantes”, por Mário Crespo, no JN.

«Alguém sabe onde é que anda Rui Rio? Caro Rui Rio, Preto representa tudo aquilo contra o qual você luta há anos, aquilo que levou Marcelo a convidá-lo para secretário-geral e depois a afastá-lo, aquilo que apontava no PSD-Porto de Menezes, aquilo que desprezou no PSD nacional dos últimos anos. Aquilo a que Pacheco Pereira chamou o “gang do Multibanco”. Aquilo que levou a ‘elite’ do PSD a massacrar Menezes e Santana. Aquilo que essa mesma ‘elite’ agora esquece e assobia para o ar a ver se passa.
O que diriam Rui Rio ou Pacheco Pereira se tivessem sido Luís Filipe Menezes ou Santana Lopes a colocar António Preto nas listas quando está acusado de fraude fiscal e falsificação e vai a julgamento este ano?
», “Uma lista de braço ao peito”, por Ricardo Costa, no Expresso.

OBRIGADO, LUIS MOREIRA

OBRIGADO PELAS PALAVRAS DE ESTÍMULO. SABEM SEMPRE BEM. E JÁ AGORA, ACOLHO A SUA SUGESTÃO: DIVIDIR A SOCIEDADE EM TRÊS FATIAS: AS DUAS QUE REFERI E MAIS AQUELA QUE SUGERE, A DOS QUE SABEM MAS QUEREM QUE NADA MUDE. a PIOR, A MEU VER.

Cegos de Santa Maria

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Expresso 8 Agosto 2009

Milagre senhores, é milagre.

Quanto aos cegos do Santa Maria não se sabe como estão.

Bandeira da Monarquia hasteada na CML:

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Segundo ESTA notícia, os bloguistas do 31 da Armada foram os autores da brincadeira. Não sei se foi por o Porto ter ganho a Supertaça que lhes deu este repente Azul e Branco. Por mim, óptimo, é sempre bonito de ver uma bandeira Azul e Branca hasteada na Mouraria. Só lhe falta o brasão da Mui Nobre e Invicta.

Fica a dúvida: foi um momento revolucionário ao estilo soldadinhos de chumbo ou apenas um momento muito queque, a modos de Cascais?

QUADRA DO DIA

Jardins de lá ou de cá
Cardos do mar ou da terra
Põe-te a pau ó S. João
Ou vais perder esta guerra.

NÃO VOTAR NO PS NEM NO PSD

NÃO VOTAR NO PS NEM NO PSD

Recebi do amigo Ricardo a proposta de algum apoio a esta ideia e achei piada. Por mim diria mais alguns em quem não votar, mas não digo. Digo apenas que esta nossa democracia dá uma amarga vontade de rir. Ela só serve para fazer tudo o que é anti-democrático. Ironia das ironias! O povo em geral, ou uma boa parte do povo, e não só o nosso, não faz ideia do que é cidadania, não tem estrutura mental nem cultura político-social suficientemente sólida e transparente para saber o que quer ou o que lhe serve, do ponto de vista da organização social e política. Este o grande aproveitamento e o grande trunfo dos que ganham. Desta forma, essa coisa de se dizer que “o povo é quem mais ordena”, há muito que desabitou a minha esperança, e não passa, a meu ver, de uma gasta falácia mais ou menos demagógica. O povo não manda em nada e nunca mais lá vai. Por este caminho nunca será senhor de si. É notório que a sociedade está dividida, do ponto de vista da formação cultural e sócio-política em duas fatias principais: aqueles que sabem o que querem, que gostariam de uma democracia autêntica, aqueles que por ela lutam de forma consciente e conhecem as formas de lá chegar, e aqueles que não sabem nada, nem sequer sabem o que não sabem, mas pensam que sabem tudo. Infelizmente, estes últimos são maioria. Uma maioria tão distraída que nem se dá conta de que os dois partidos acima mencionados são um e o mesmo. O “bi” de bi-polarização está a mais. Há três décadas no poder sempre fizeram o mesmo, isto é, pouco ou nada fizeram em favor do povo e muito fizeram para se governar, para encher os seus bolsos e os dos amigos. De cima abaixo, o poder está infiltrado de broncos, medíocres e corruptos. Postos lá pelo povo, dizem. E o tal povo não vê, ouve dizer mas nem cheira. De quatro em quatro anos continua a pôr a sua cruzinha no mesmo local que vai ajudar à eterna missa, ou seja, à prossecução da sua própria desgraça. E fá-lo com o mesmo desplante, a mesma irresponsabilidade e o mesmo critério de fé e de acaso que põe no boletim do totoloto. E vem de lá com o peito cheio de ar, ciente da sua crença e da “força” da sua alavanca para mudar o mundo! A cabeça só serve para manter a dormir o que nasceu dentro dela. Pensar não faz parte dos nossos hábitos, nem da vontade desses senhores, para quem a estupidez é o seu sólido alicerce. Por isso, mesmo que ainda cheirem a merda, as políticas anteriores desses partidos (ou partido) não têm vergonha de encher a cidade de canforados cartazes dizendo, desde há trinta anos: “agora sim, agora é que vocês vão ver o que a gente vale”. E do alto da sua cultura, comandada pela igreja e pelo futebol, o povo aguarda sorridente o fim da festa. Após a contagem dos votos, vai para a cama dormir tranquilamente mais um sono de quatro anos, embalado no cândido sonífero:
ITE, MISSA EST.

                  (adão cruz)

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A vê-los voar

A maioria dos funcionários da TAP é bem paga. Têm vencimentos bem acima da média nacional. Têm ainda um conjunto de regalias importante. Algumas justas, outras resultam apenas dos famosos “direitos adquiridos”. Mesmo assim, durante muitos anos, os conflitos laborais foram o pão-nosso de cada dia na transportadora. Até que, durante alguns anos, a administração de Fernando Pinto conseguiu repor alguma paz social na empresa. As coisas mudaram, entretanto.

Há alguns dias, o Correio da Manhã dizia que o presidente do conselho de administração da TAP recebeu mais de 816 mil euros em 2008. O salário passou, de 2006 para 2008, para o dobro do estipulado pelo estatuto remuneratório. Foram pagos prémios em atraso, disse a TAP.

Hoje, os sindicatos do sector vieram denunciar, em comunicado, a compra de 42 novos automóveis para directores da TAP. Uma compra que ocorreu alguns dias depois da administração da companhia aérea ter informado que não estão reunidas as condições para fazer revisões salariais.

A TAP diz que foram compradas 30 viaturas, que vieram substituir automóveis que já tinham muitos anos”. A substituição foi feita com “ganhos para a empresa”.

Claro que aqui a bota não bate com a perdigota. Se não há meios para aumentar vencimentos, pelo menos até ao último trimestre, também não deveria haver mudanças na frota. O bom senso assim recomenda.

A TAP encerrou o primeiro semestre do ano com prejuízos de 72,4 milhões de euros. Convém lembrar que são os impostos de todos nós que pagam a TAP.

AS QUESTÕES ÉTICAS NOS CUIDADOS DE SAÚDE (8)

AS QUESTÕES ÉTICAS NOS CUIDADOS DE SAÚDE (8)

Ao contrário do que o documento parece sugerir, a relação médico-doente não se põe em termos de educador e educando. A relação médico-doente é um fenómeno bem mais complexo e profundo, implicando a criação de uma confiança mútua, base indispensável do sucesso terapêutico. Perante um doente, o primeiro mandamento de um médico é não o prejudicar, seja de que forma for – “Primum non nocere”. O segundo mandamento impõe o empenho, a vontade e a sabedoria do médico na procura esclarecida de uma solução que satisfaça o doente e dignifique o acto médico. Qualquer doente tem o direito de saber pormenorizadamente os caminhos investigacionais e as decisões terapêuticas que sobre ele impendem. Todo o doente tem o direito de perguntar e saber o que tem. O médico não pode refugiar-se nas habituais frases: “Não lhe posso explicar porque você não percebe” , ou “ como quer que lhe diga se você não vai entender?”. Há pacientes que, embora não sabendo medicina, sabem mais do que nós de tudo o resto. Nunca o médico, pelo facto de ter na sua frente uma pessoa sofredora, fragilizada e, circunstancialmente, numa posição de dependência, pode ou deve usar argumentos prepotentes, imposições de cátedra, ou condutas redutoras da personalidade. A dor, seja ela física ou psíquica, esfarrapa o Homem, a dor despe até à nudez aquele que a sofre, dissolve a vaidade e coloca o Homem perante si mesmo. A dor é o detergente que embranquece o espírito e lava a memória. A dor é uma espécie de fronteira entre a vida e a morte, e perante ela ninguém tem vergonha de ser ignorante. (continua).

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(adão cruz)

DEUS COMO PROBLEMA OU A COMPLEXA SIMPLICIDADE DA EVIDÊNCIA (11)

Deus como problema ou a complexa simplicidade da evidência (11)

Vamos descer das planuras estrelíferas, vamos aproximando, aproximando a lupa, e vamos pousar nesta mão-cheia de terra habitada por uns bichinhos chamados homens. Vamos pensar à sua escala no Deus que eles criaram. Como pode esse Deus do amor e da justiça ter algum crédito quando permitiu que se cometessem, em seu nome, crimes e barbaridades como os da Inquisição, requintada de sanguinário espírito, a partir de altas decisões eclesiásticas como a Inconsutilem Tunicam, a bula Ad Extirpanda e mais tarde, o Santo Ofício, tudo, repito, em nome de Deus e para o serviço de Deus? Como pode aceitar-se um Deus que deixa os seus máximos representantes na terra fazerem alianças e concordatas com o nazismo e o fascismo, transformando-se em seus colaboradores e cúmplices, e elevando Hitler, Mussolini e Salazar, à categoria de confrades e profetas? Não é fácil aceitar-se um Deus justo quando não tem a coragem de aconselhar os seus ministros e servidores a pedir perdão pelo mal que fizeram aos povos do mundo inteiro, ao colocarem-se, nos momentos decisivos para a história da humanidade, ao lado dos ricos, dos poderosos e dos opressores. Permitirá um Deus omnividente que a sua imagem esteja a ser conspurcada e substituída, sempre com a cinzenta aceitação da Igreja, pela imagem do deus dinheiro, do deus da riqueza e da exploração implacável, com religião e liturgia próprias, simbolizando o progresso, a virtude e o bem, mas tornando impossível qualquer ponte entre o povo e os mercados financeiros, entre a justiça social e o sucesso do capital? Que raio de Deus autoriza, à cabeça da sua representação, Papas que perverteram o conteúdo humanista do cristianismo e ajudaram a matar a esperança dos povos numa sociedade sem exploradores nem explorados? (Continua).

                     (adão cruz)

(adão cruz)

QUADRA DO DIA

Se a Irlanda é um calafrio
Ó meu rico S. João
Com tanta pedofilia
É uma dor de coração.