A última palavra

A última palavra (um conto do meu filho do meio, Marcos Cruz)

Um dia havemos de ir a Paris. Geraldo estava em crer que esta devia ser uma das sugestões amanteigadas mais gastas desde que o imaginário colectivo consagrara a capital francesa como a grande estância termal do romance ritualista. Ele, na sua essência de pinga-amor, tinha por certo contribuído, e muito, para as estatísticas, e mais uma vez acabara de visitar esse lugar, não Paris, o da promessa que, havendo sido feita uma e outra vez, por si e por tantos, soava sempre como nova ao sair da boca de quem saísse, sobretudo da sua, cuja extraordinária capacidade de lavar mil e um passados com a saliva do momento era já proverbial entre os seus amigos e conhecidos, a que perdia irremediavelmente a conta, dada a propensão que lhe habitava a massa do sangue para somar e multiplicar relacionamentos de todo o tipo, aí, desde que não amorosos, sem excluir memórias, antes incluindo tudo o que transcendia. [Read more…]

O Nosso Primeiro É Como Uma Tartaruga Em Cima De Um Poste

O.

Olhando para um poste que tem uma tartaruga lá em cima a tentar equilibrar-se,

– Ninguém entende como ela chegou até lá;
– Ninguém acredita que ela esteja lá;
– Todos sabemos que ela não subiu para lá sozinha;
– Todos sabemos que ela não deveria nem poderia estar lá;
– Todos sabemos que ela não vai fazer absolutamente nada enquanto estiver lá;
– Ninguém entende bem porque a colocaram lá;
– Então, tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá e providenciar para que nunca mais suba, pois lá em cima definitivamente não é o seu lugar!
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A Saúde está doente…

Prefiro pagar taxas moderadoras a reduzirem os serviços prestados, diz o holandês espantado pela recusa da enfermeira.

E com razão, afinal eram tratamentos que lhe já tinham sido ministrados e que tinham contribuído de maneira muito eficaz para a melhoria da sua situação. A que título retiraram um tratamento que estava a surtir efeito?

Como se vê não é só cá que as coisas correm mal…

Mas a melhor de todas ( a melhor frase) na área da saúde é esta da Isabel Vaz que é a Presidente do Grupo Saúde do BES: “os hospitais públicos mandam doentes para casa para pouparem! Desculpe? Então a senhora nem sequer os deixa entrar!

Isto chegou ao fim, temos que pedir ao Miguel e ao Carlos Fonseca para nos explicarem em “obundu” o que é que isto quer dizer. Será que a dra (bem gira por sinal) quer que os doentes passem a ir aos hospitais do Grupo BES para o Estado poupar? Será que o seu grupo deixa entrar os doentes sem seguro e sem o Estado pagar? E quando acaba o seguro continua com os tratamentos? Palavra?

Ou o Estado não recebe os doentes que transitam do seu grupo porque não têm seguro ?

O que uma frase pode esconder!

Filosofia de bolso (6)

– Muitas vezes é preciso ver alguém a perder outro alguém ou algo, para pensarmos que nos pode acontecer o mesmo. Somos tão individuais, e no entanto é a partir dos outros que muitas vezes reflectimos sobre nós.

Rangel e os Animais:

Recentemente, um elemento do Aventar, no nosso fórum privado, falou-nos da dor sentida pela morte, nesse dia, do seu gato. Todos partilhamos com ele a nossa solidariedade.

Ao longo da minha vida tive a felicidade de a partilhar com animais, inúmeros gatos e outros tantos cães sem esquecer a galinha Anastácia, criada com muito carinho pela minha irmã o que motivou inúmeras piadas e sessões fantásticas de gozo, até a minha irmã atingir o ponto de caramelo, eheheheh.

Quando a minha filha nasceu já por cá andava o nosso gato e duas cadelas. Nem imaginam a forma como o gato e as cadelas foram (e são) fundamentais na educação da minha Mafalda. Só quem nunca teve o privilégio de viver com animais é que não sabe duas coisas absolutamente fundamentais: a importância destes na nossa vida e a necessidade imperiosa de lhes reconhecer direitos.

Quando estudei direito tive um professor que se pelava sempre que se abordava o tema dos direitos dos animais. “Os animais são coisas, meus caros”, afirmava ele do alto da sua douta ignorância. Uma vez respondi-lhe à letra, o que me valeu uma profunda inimizade: “Animais somos todos, Professor”.

Ao ler no Facebook esta entrevista de Paulo Rangel, fiquei sem pinga de sangue.

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Braga: O autarca, o empreiteiro e o arquitecto

Foi por acaso que o Aventar deu de caras com esta história algo nebulosa. Mais uma das nossas autarquias, que envolve os ingredientes do costume: autarcas, empreiteiros, arquitectos e as empresas públicas e municípios a «entrar pea madeira». Ou seja, nada de novo.

Por hoje,  mais longe não irei, que o Portal Base do Governo, o tal onde podemos ver a quem foram entregues os Ajustes Directos que tanto jeito têm dado a certas franjas da nossa economia, está off-line (será do servidor?)

Tudo começou quando, em Setembro de 2007, a Câmara Municipal de Braga, presidida pelo socialista Mesquita Machado, decidiu seleccionar uma «pessoa colectiva de direito privado para participação numa sociedade comercial de capitais minoritariamente públicos» para um conjunto de obras a realizar no concelho no valor de 58 milhões de euros. Concorreram 13 empresas e a «Arlindo Correia & Filhos» – ACF – foi a seleccionada. Principais critérios: a prossecução do interesse público e a garantia de indemnização em caso de atraso nos trabalhos a efectuar. Chegou a haver uma reclamação por parte de um dos concorrentes, a Way2B, ACE, mas a Câmara indeferiu o protesto.

Em Novembro de 2008, era criada a Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga, uma pareceira públlico-privada entre a Câmara Municipal de Braga e a ACF.  Do Conselho de Administração dessa Sociedade, faz parte o Presidente Arlindo Augusto Xavier Correia, também Presidente da ACF, e dois vogais, Domingos Ferreira Correia, filho de Arlindo Correia, e Luís Manuel Viana Machado, arquitecto da Câmara Municipal. Apesar de constar na Sociedade como representante da Autarquia, é o proprietário da «Zumzum Perfeito» , empresa de restauração criada na mesma altura em que foi criada a Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga.

Há ainda mais dois elementos sem poderes de Administração: o representante Gaspar Vieira de Castro, ligado ao grupo de construção ABB, membro da Comissão de Honra do PS nas Legislativas/2009 e recentemente nomeado para a Fundação que vai organizar a Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, da qual Jorge Sampaio é o Presidente; e Fátima Cristina dos Santos Amorim Gonçalves, ligada à ACF e também à Guimarães Capital Europeia da Cultura.

Como é óbvio, a ACF lidera esta Sociedade, poque a assinatura do Presidente e de um dos Administradores (que pode ser o filho do Presidente) são suficientes para a efectivação de qualquer tipo de negócio. Ou seja, numa parceria público-privada em que os poderes deviam ser, pelo menos, iguais, a Câmara está nas mãos de uma empresa privada. É caso para dizer que, se os capitais são públicos, a gestão, essa, é privada. [Read more…]

Aproveitemos a dona Merkel


Em tom de brincadeira e após esta tirada da Sra. A. Merkel, eis uma excelente oportunidade para o governo “adiar” sine die toda e qualquer linha TGV, assim como as auto-estradas para nenhures, o aeroporto de Lisboa e a 3ª travessia do Tejo.

A própria TAP poderia iniciar o cumprimento do seu primeiro plano de reabilitação e expansão – quando previa uma frota mista de Airbus e Boeing – começando a obedecer à lei do mercado e renegando o escandaloso proteccionismo à Airbus Industries.

O governo deve aproveitar e taxar de forma esmagadora, lapidar, os automóveis de grande cilindrada e importados: no topo da lista, os BMW, Audi e Mercedes. Pelo contrário, os automóveis produzidos ou montados em Portugal, deverão sofrer um abate na taxação (VW incluídos, mas apenas os integralmente construídos no nosso país). É claro que os ersatz Seat e Skoda deverão incluir-se na lista a onerar.

Não temamos, pois não podem dar-se ao luxo político da nossa expulsão.

Conhecemos bem o tipo de sistema que vigora em Portugal, assim como as suas perversões. No entanto, também é conhecida a lista de países que têm lucrado com as vendas de bens de consumo e com os créditos enviados em direcção aos países do sul da Europa. Os supermercados portugueses são inundados por produtos Made in Germany, Spain ou France. Os circuitos de distribuição – controlados pelos estrangeiros – não compram as nossas frutas e hortícolas, enquanto há quem queira arrasar com a nossa indústria de mobiliário, promovendo o rasquíssimo lixo IKEA.
Todas as obras públicas de grande custo, recorrem à importação de equipamentos e materiais originários dos mencionados países. A existirem cortes, Portugal pode desde já começar por rejeitar – taxando-as proibitivamente – as mercadorias luxuosas e supérfluas que já não pode pagar. Prejudicando a Alemanha e a França e evitando o endividamento português. Merkel e os seus ministros ficarão assim sem mais argumentos para declarações à imprensa.
Medina Carreira está cheio de razão.

Holly sexual confessionário

O padre no Brasil acusado por um jovem de o ter obrigado a fazer sexo oral vem justificar-se dizendo que se trata de um caso de “confessionário” e como tal, não pode revelar a ninguem o que se passou nem ninguem pode quebrar o santo segredo!

O rapaz é que não esteve pelos ajustes e já deu uma entrevista a dizer que o padre, no ambiente da “confissão” lhe disse que lhe perdoaria os pecados, não com dez Avés marias e trinta Padres-Nossos ( o que diga-se é uma chatice, ) mas com um broche!

Faz-me lembrar aqueles filmes pornográficcos em que a “artista” não vê os homens mas chupa o que eles metem num buraco na parede. A santa instituição está sempre a actualizar-se e não perde nenhuma das novas inovações!

Professores: Em força para Lisboa, já!

Basta ler a última proposta de revisão do Estatuto da Carreira Docente que o Ministério enviou aos Sindicatos e que o Aventar divulgou em primeira mão.
Não está lá nada daquilo que em devido tempo foi acordado entre as partes. Ao invés, estão lá muitas coisas que nunca foram sequer discutidas. Com evidente prejuizo para os professores, como não podia deixar de ser. O fim dos concursos, que nunca esteve em cima da mesa, é um dos exemplos mais claros.
E não venham com a história dos portugueses que estão a passar dificuldades, da instabilidade que se vive fora da Função Pública, dos baixos salários de toda essa gente. Isso é tudo verdade, mas também é cada mais verdade dentro da classe dos professores.
Não falo por mim – trabalho à porta de casa com salário certo, nesse sentido sou um privilegiado – mas falo naqueles milhares de professores contratados que vivem longe de casa, com salários reduzidos, com despesas que fazem com que não compense trabalhar (a não ser pelo tempo de serviço), que não têm direito à ADSE (como a generalidade dos portugueses não tem), que não têm direito a atestado médico mas sim a baixa (como a generalidade dos portugueses), que ficam desempregados em cada 31 de Agosto, que vão conseguindo aqui e ali contratos de um mês e que, não raras vezes, sofrem as humilhações de pais e de alunos.
É por esses que devemos lutar. E é por esses que, a meu lado, ontem, um colega dizia numa pausa para o café: «Esta ministra é realmente diferente da outra. A outra era só trombas, esta fode-nos com um sorriso».
E é por esses que, afinal, os professores devem voltar a Lisboa. Em força, já!

Red Bull: Eh eh, Lisboa não tem dinheiro?

in i.olhares

Então não ia ser em Lisboa? Então o retorno do investimento já não estava totalmente assegurado?
Então vai ser no Porto a que propósito?
Eh eh, Lisboa não tem dinheiro?
Bem, lá vou ter de levar outra vez com aquele barulho irritante dos aviões…

Mosteiro de Tibães

Erle Stanley Gardner

 

No passado dia 11 do corrente mês, fez 40 anos que faleceu um dos escritores com maior influência na minha vida. Não tanto pelos seus livros, que só li um, mas pelo personagem que criou e que se tornou, para mim, um mito: Perry Mason. Personagem que saltou dos seus livros para rádio, e depois para a televisão, onde foi magistralmente interpretado por Raymond Burr que ficaria para sempre associado ao personagem (embora outros actores tivessem, também, vestido a pele de Perry Mason). 

Perry Mason, o paladino dos Advogados. Não só o seu cliente era sempre inocente, como ainda conseguia demonstrar quem era o culpado. Uma aspiração idealista de qualquer Advogado, que também foi Erle Stanley Gardner antes de se tornar escritor.

A nova côngrua

O Governo criou uma nova côngrua capaz de limpar os pecados fiscais. Acontece que não é para todos: só para quem desviou dinheiro para as famosas “offshores“.

Quem fugiu ao fisco por outras razões, não terá o mesmo tratamento.

Isto de perdoar, não é para todos. É só para aqueles que pagam a devida côngrua. No caso, serão 5%.

A ser assim, no fundo, o que Estado está a fazer é lavar dinheiro: tragam o dinheiro de volta ao país, paguem a taxa e não se fala mais nisso.

Mkt BRUTAL!!!

Estes assopram no balão?

Depois deste opíparo jantar, com a polícia a saber que estão com uma grande narsa ,que nem um cacho, mandava-os parar e assoprar no balão? Claro que não! Os motoristas não bebem em serviço! Como vêm basta “meter” ao serviço um motorista e nenhum de nós será incomodado! E muito menos levar um tiro!

Fácil, simples e barato!

Podem é andar a fazer colonatos e a roubar a terra dos habitantes mas isso, com o diabo, não se espere que quem está com uma narsa faça coisa que se veja .Porque será que o Joe Biden,cheio de bombas noutras partes do mundo, aqui não muge?

Mulher coragem

Irão, 2010

Os semitas deserdados e as «pátrias ancestrais» (Memória descritiva)

Já aqui falei algumas vezes do Estado de Israel e daquilo que penso sobre a legitimidade das pretensões judaicas sobre o território da Palestina. Mas, já agora, volto a dizer – acho que foi uma ignomínia. Com base no que diz um livro e por mais que digam, o Antigo Testamento (ou a Torah), não passa de um livro, os palestinianos foram desapossados das terras, enxotados, como se de um rebanho se tratasse, para campos de refugiados, obrigados a viver como pedintes em terra alheia.

Uma vergonha, uma prepotência da diplomacia britânica que, até ao primeiro quarto do século XX, entendia poder intervir em qualquer parte do mundo, sob qualquer pretexto ou mesmo sem pretexto. Apenas porque sim, porque lhe convinha. Papel hoje competentemente desempenhado pelos Estados Unidos. Naturalmente que os judeus construíram o seu estado, hoje habitado por quase oito milhões de seres humanos e seria outra ignomínia «riscá-lo do mapa», como pretendem os extremistas da causa islâmica. Um erro não se emenda com outro erro. E seria o caso. [Read more…]

O corno é sempre o último a saber

A ministra da Educação desmente o documento que acabou de enviar aos sindicatos. Onde havia um (mau) acordo, passou a haver uma imposição não negociada.

Tudo leva a crer que a própria ministra foi ultrapassada por Teixeira dos Santos, até porque o estatuto que agora tenta impor dá vontade de rir a quem conheça a realidade das escolas, embora faça sentido se pensarmos num projecto de privatização do ensino público, verdadeiro objectivo político de Sócrates.

Isabel Alçada foi ultrapassada pelos acontecimentos, e remetida à sua condição de mera relações públicas. Mas neste caso nem foi ela a última a saber…

A pseudo-gaffe "José Trocas-te"

Sou insuspeito para falar em defesa de José Sócrates, por tudo aquilo que já escrevi nesta casa. E não estou interessado em ocupar o lugar anunciado para blogger que defenda o Primeiro Ministro.

Não gosto é de rir quando me fazem de parvo.

O que aconteceu ontem na apresentação da Estratégia Nacional para a Energia até 2020, o Primeiro-Ministro ser apresentado como “José Trocas-te” não foi uma gaffe: foi um claro achincalhamento de uma figura do Estado.

Não importa se gostamos ou não das pessoas. Eu próprio não gosto nem do estilo nem do conteúdo político do Primeiro-Ministro. Não posso é aceitar que alguém ache que tem o direito de numa sessão oficial gozar descaradamente o Chefe de Governo e vir dizer que foi um engano.

Não foi um engano, obviamente. Basta ouvir a solenidade e a firmeza com que foi dito.

Acho de muito mau tom aplaudir-se um acto de ridicularização pública, num acto oficial, de uma figura do Estado. Não reconheço tal direito a locutor algum, não importa o visado. E não aceito, porque se vive em democracia, e quem lá está não subiu ao poder por nenhum golpe de Estado, nem usurpou o poder. Foi eleito. Ou melhor, foi reeleito. E duvido que neste momento, alguém queira tomar o barco da governação.

Há momentos para tudo: um acto oficial não é sítio ou momento apropriado para um qualquer locutor se armar em esperto, quando foi pago para fazer um trabalho que deve ser feito com competência e seriedade. Se quer fazer comédia, que mude de ramo.

Quero ver se um dia alguém vai achar a mesma graça quando o mesmo acontecer a quem se respeita ou estima. O mal é estas coisas começarem e, ainda por cima, serem aplaudidas. É que quando se começa a baixar de nível, perde-se legitimidade para se demandar por respeito.

ADENDA: acreditando na versão apresentada aqui, sou a considerar que existiu efectivamente uma gaffe, e lamento as invocadas razões pessoais e emotivas da mesma.

O euro baseou-se numa mentira?

É esta a tradução inglesa da história do título do DER SPIEGEL de 08.03.2010. Afinal, afirma o SPIEGEL, que a moeda comum se baseou numa mentira.

Eu na altura falei e também escrevi sobre o tema. No entanto, em vez de mentira eu diria paralogismo (erro de pensamento) ou wishful thinking. De facto, os pais do euro devem ter calculado que se incluiam economias menos desenvolvidas (especializadas) no sistema da moeda única, isto despoletaria nessas economias uma reacção social e económica em cadeia de tal ordem que a médio prazo estes países saissem da sua crónica dependência dos subsídios.

E este efeito teve lugar e de que maneira. Infelizmente de sinais errados, pois aos subsídios – p.ex. o estúpido Fundo de Coesão* já estava destruindo a coesão – juntaram-se os efeitos benéficos do euro e a “euro-farra” ficou atiçada. E como entretanto as causas do subdesenvovimento económico – diferencialização da economia – não tinham sido atacadas, agora chegámos ao fim da linha.

Rolf Damher

* A coesão social é um bem imatarial que quando existe um objectivo comum se materializa em euros, em bens materiais. Quando se tenta comprá-la com bens materiais existentes, a coesão social fica destruida. As provas encontram-se à vista.

SPIEGEL ONLINE, 03/09/2010

The euro is under attack like never before, as the promises on which it was based turn out to be lies. Hedge funds are speculating against Greek debt, while euro-zone politicians work behind the scenes to cobble together rescue packages. But fundamental flaws in the monetary union need to be fixed if Europe’s common currency is to survive. By SPIEGEL staff.

You can download the complete article over the Internet at the following URL:

http://www.spiegel.de/international/europe/0,1518,682432,00.html

Este país é para padres

Como é possível só agora vir ao de cima que nos últimos 5 anos, em Portugal,  10 padres foram indiciados por abuso sexual de menores?

Há coisas fantásticas: num país onde os tablóides nos últimos anos devassam os casos deste género, quase divulgando a identidade dos agredidos e não tendo escrúpulos em publicar imagens dos acusados de agressão mesmo que apenas sob suspeita, estes 10 casos não existiram. Foram abafados  e parecem ser a pontinha do iceberg: pelos vistos nenhum contempla menores à guarda da igreja, e é aí que os casos mais graves têm sido detectados mundo fora.

Sabemos como as denúncias se sucedem em cadeia mal um caso salta para a opinião pública, daí a cumplicidade deste silêncio dos inocentes que se espera tenha agora fim.

Ou estavam à espera que seres humanos com voto de castidade não tivessem sexo?

Faltam 417 dias para o Fim do Mundo:

Nada como começar o dia a relaxar. Quando se sabe que José Penedos vai regressar e que os apoios sociais vão ser congelados, das duas uma: ou fugimos para o outro lado da fronteira ou mergulhamos em boas mãos. Olhem, na primeira hipótese temos como exemplo o Mourinho que anda outra vez feliz.

Mas o melhor, mesmo, é fugir para o virtual e esquecer o real. Uma táctica muito portuguesa…

Solidariedade com os portugueses

O fim de tudo

Às vezes (raras vezes!) fala-se de livros, o que é muito bom. E foi exactamente esse o ponto de partida para este texto. Um amigo, tendo lido o livro A Estrada (de Cormac McCarthy), comentou que lhe tinha provocado uma perturbação insinuantíssima e que entendia que depois da sua leitura já não éramos os mesmos. Ooops! Aluna e professor acharam que queriam experimentar “o veneno” puseram-se a ler o objecto perturbador, cada um por si, com a sensibilidade e o background próprios. Daí sairia uma reflexão, talvez à flor da pele, que fosse um desafio para outros – alunos, professores e tutti quanti. É o que lerão seguidamente.

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Duas seguidas…

…sem tirar, da concorrência (mas da boa):

Realmente, não se percebe, caro Paulo.

Crise? Deixem lá, a malta dos €550/mês paga, caro Pedro.

Apontamentos de Óbidos (12)

(Caminhando pelas ruas de Óbidos)

Um milhão de euros para ir para casa

Este boy come da nossa empresa PT ( não me façam cócegas que eu não aguento) mais de um milhão de euros, só relativos a 1999!

Os impostos vão aumentar e os salários congelar! Quem é mentiroso quem é?

MC Snake – Foi você que pediu uma explosão racial?


Porque uma, duas, três não são demais. Assassinado por quem é pago para nos defender. Foi você que pediu uma explosão racial?