O grande feito nas contas públicas

Passados quase dois meses de 2011, já os impostos tilintam em grande nos cofres do fisco, excepção feita para a banca que continua sem que os novos impostos se lhes aplique. O entusiasmo é enorme entre as hostes socialistas, a tal ponto que coube a Nicolau Santos saltar do caderno de Economia para a página 4 do caderno principal Expresso, onde traz a boa nova quanto ao défice.

A acção concertada na comunicação social, vulgo spin, continuou ontem no Público, dizendo que «o défice do Estado diminuiu 31 por cento em Janeiro face ao mesmo período de 2010, totalizando 787 milhões de euros».

É do senso comum que se gosta de receber na hora e de pagar quanto mais tarde melhor e o Estado não é excepção. Por isso, em Fevereiro, é muito fácil ter grandes feitos nas contas públicas, bastando adiar a despesa o mais que se possa. Que é o que tem acontecido em todas as execuções orçamentais.

Este ano está melhor do que no ano passado? Basta atender que houve muitos impostos que entraram excepcionalmente antes da ripada de Janeiro e adiem-se os pagamentos um pouco mais do que o costume e está feito.

Cá estaremos para ver se esta leitura é errada. Pelo sim, pelo não, cá fica.

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  1. […] Perante a iminente derrocada, o nosso herói começa por lançar uma campanha onanística a louvar a governação, apenas com dados parciais e a prolongar-se durante semanas. Não sendo os […]

  2. […] Ah, já agora, o Eurostat visitou o INE nos dias 17 e 18 de Janeiro. Um mês depois tinha lugar o arranque da campanha eleitoral. […]

  3. […] tudo a correr tão lindamente, como tanto se propagandeou em Fevereiro, e afinal são precisos mais 0,8% do PIB já este […]

  4. […] menos de uma mês, toda a propaganda se desmorona. Alguém pode fazer o favor de pedir um comentário ao senhor Nicolau Santos? E já […]

  5. […] o grade feito das contas públicas propagandeado em Fevereiro passado, escrevi aqui, a 22/02/2011, que cá estaríamos para ver se não se estaria apenas a adiar a despesa o mais que […]

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