Depois de Daniel Ortega, chegou a vez de Fidel Castro aparecer em apoio de Gadaffi. Nada de espantar: Fidel prestou-se ao envio de Che Guevara para a Bolívia a mando de Brejnev, e as suas canalhices em nome da revolução que conduziu Cuba ao capitalismo de estado, sob a habitual regência do seu clã familiar são por demais conhecidas.
A argumentação é clássica:
Una persona honesta estará siempre contra cualquier injusticia que se cometa con cualquier pueblo del mundo, y la peor de ellas, en este instante, sería guardar silencio ante el crimen que la OTAN se prepara a cometer contra el pueblo libio.
Mais delirante ainda, no Irão, um exemplo de humor muito negro:
Ahmadinejad está chocado: “Como é que alguém pode bombardear e massacrar o seu próprio povo?
Gadaffi tem razão em duas coisas, como qualquer velho relógio parado. Uma: anda por aí muita droga, e andam a tomá-las sem saber. A segunda quando choramingou: “A rainha Isabel II de Inglaterra governa há mais tempo que eu e ainda não foi derrubada”. Com duas revoluções em meio século temos de convir que em relação aos ingleses os líbios levam vantagem.
Adenda: como o dono latiu, os cachorrinhos amestrados para os lados do PCP, já levantam a patinha no ar. Quando há uma revolução na Líbia os traidores do costume olham para a América. Não é de estranhar, falamos de velhos amigos de Gadaffi.
Escrevem as coisas a correr e depois acabam a ler o gostariam de ter lido:
“O PCP condena a repressão que se faz sentir em países como o Iémen, Bahrein, Argélia, Marrocos e Líbia. Apela à resolução pacífica dos conflitos internos na Líbia, chama a atenção para os perigos que, no quadro de uma grave situação interna, pendem sobre a independência e integridade territorial deste País e alerta para as manobras protagonizadas pelos EUA, União Europeia e NATO que, demonstrativas da sua política de dois pesos e duas medidas, suscitam profunda inquietação quanto aos riscos de intervenção externa neste País. ”
está aqui:
http://www.pcp.pt/sobre-situa%C3%A7%C3%A3o-no-mundo-%C3%A1rabe