“Porque a vida passou antes que pudéssemos viver…” Victor Hugo

Pedro Noel da Luz

Angola, um testemunho musical

Brigadeiro 10 pacotes contra o governo.

Não é arrependimento, cada tempo tem a sua História, mas por vezes dói-me tanto ter andado a apoiar o MPLA, como único movimento anti-colonialista consequente e decente, assim o foi em Angola, que nem imaginam.

É o tempo, estúpidos!

Antes de começar: não me interessa entrar em nenhuma competição para descobrir se há classes profissionais mais prejudicadas do que outras. Não ignoro que há quem viva muito pior do que os professores, mas os que estão pior do que nós não nos devem impedir de falar dos nossos problemas. Finalizando este intróito, os problemas dos professores vão para além de questões meramente corporativas: é a Educação que está em causa.

Terminados os preliminares, passemos ao acto.

Os professores, ao longo de vários anos, têm visto as suas condições de trabalho serem lesadas, nomeadamente, através de uma sobrecarga com tarefas de cariz administrativo. Para além disso, não é de mais relembrar que os professores pagam, do seu bolso, tudo o que implica deslocações e alojamento, para além de terem de comprar muito do material necessário ao seu exercício profissional, financiando, na prática, a empresa para que trabalham. Como se isso não bastasse, ainda foram alvo de congelamentos vários, reposicionamentos na carreira, diversos aumentos de impostos e cortes salariais.

Uma reportagem de hoje sobre as tão célebres quão esquecidas aulas de substituição já foi comentada pelo Paulo Guinote, que deixou, igualmente, um desafio. A propósito disso, e muito brevemente, quero só lembrar que aos professores foi retirado, com destaque para os últimos seis anos, o bem mais precioso da profissão: o tempo. [Read more…]

Correio da Manhã pode transformar-se num jornal de referência

Todos os dias se confirma o que foi escrito aqui. Numa deriva perigosíssima, o próprio Correio da Manhã põe em manchete um assunto importante, arriscando-se a perder quota de mercado e fazendo lembrar o Jornal de Notícias de outros tempos. Face à crise e aos problemas sociais, o JN garante vendas ao misturar “orgias sexuais” com “José Castelo-Branco” Que podemos esperar desta luta entre titãs da comunicação social? Voltarão, um dia, à senda do jornalismo? Não perca o próximo episódio.

Os malandros dos neutrinos

Por causa dos malandros de uns neutrinos que, assim parece, andam mais depressa do que a luz e que já parecem os moços do IC19 que andam mais depressa na curva do Palácio de Queluz do que o seu veloz pensamento lhes permite, está a comunidade científica pasma. Sumidades nacionais e até, veja-se, mundiais, mal conseguem conter o espanto, que se traduz pelo suposto ruir dos pilares da física. Quando Einstein veio com a sua teoria da relatividade, deve ser sido assim algo que essa comunidade terá dito por causa das leis de Newton. E, afinal, a teoria da relatividade apenas expandiu a anterior. Quiçá se agora não se passará o mesmo?

Mas a comunidade científica, nacional ou não, não teria ficado assim tão surpresa se tivesse escutado João Magueijo. Recordo o que aqui se escreveu há uns tempos, que reutilizar também é preciso 🙂

Sábado

Hoje é sábado. Poderia ser outro dia se a luz viajasse com velocidade diferente. Que até viaja, já que nos tempos do Big Bang  a constante c era, afinal, uma variável.  E numa redoma de vidro, por não ser o vácuo, também a luz demora mais tempo a ir de um ponto a outro.

Portugal, dizem, está 25 anos atrasado relativamente à Europa. Parece que o tempo corre aqui a outro ritmo. Poderá assim ser por a luz no nosso rectângulo viajar a uma velocidade menor. O que faz sentido se atendermos a essa campânula vítrea que parece isolar os nossos governos do país que os rodeia.

Sobre a teoria da velocidade variável da luz e sobre João Magueijo, um dos seus autores, é de ouvir o programa Pessoal e Transmissível de 25 de Setembro de 2007

Occupy Wall Street

Mais confrontos entre o movimento pacífico “Ocupar Wall-Street” e a polícia:

Como é normal, este tipo de informação não chega aos media nacionais. Mas há a Internet, informe-se! (Links directos depois do corte.)

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