Imagem criada e cedida pelo Luís Canau
Por razões que a razão desconhece, há órgãos de comunicação social que resolveram adoptar o chamado acordo ortográfico (AO90).
Nos últimos dias, uma bactéria tem merecido um triste destaque. Como se não fossem suficientes os problemas de saúde pública, também a ortografia se ressentiu: em várias redacções, a palavra “bactéria” foi transformada em “batéria”, como se pode ver no magnífico trabalho do Luís Canau.
É claro que o AO90, de uma maneira geral, não preconiza a queda de consoantes articuladas (isto é, que se pronunciam), pelo que, oficialmente, a “bactéria” deveria ter resistido à nova ortografia, até porque, como medicação, é fraca.
Quem acompanha, com atenção, a aplicação do AO90 tem podido assistir à queda (im)prevista de consoantes articuladas, originando erros ortográficos que, até há pouco tempo, eram residuais ou inexistentes. A linguística explica, assim a tivessem ouvido.
A aprendizagem da escrita não se faz apenas na escola. A criança ou o jovem passam o tempo a ler, porque vivemos rodeados de escrita por todos os lados. Um erro publicado será, portanto, um erro repetido, reescrito, aprendido. Resta saber quanto tempo resistirá a bactéria.
O problema ortográfico já existia. O AO90 aprofundou-o. Com a imprensa de referência a propagar erros, ajudada por cartazes e anúncios e outros media, a ortografia adoece, como se não tivesse importância.
Limito-me a repetir a pergunta do Francisco Miguel Valada: “Confessem lá: este AO90 está a correr mal, não está?”
Está a correr mal…e de que maneira!
É a banalização e a anarquia no seu expoente máximo!…
-“Viva a burrice!”
não sabes é nada sobre anarquia ….
Mais uma expressão da mediocridade.
Estes neo-liberais que tudo destroem encontram agora na língua o saco da sua frustração Estra frustração que lhes permite denegrir uma das bases da nossa Identidade – a língua – chama-se em português correcto IGNORÂNCIA, ESTUPIDEZ, FALTA DE CULTURA. Fomos invadidos por uma vaga de miseráveis seres de duas pernas que são mais penalizadores que a Legionella
Além de que grande parte dos ‘jornalistas’, da TV, pronunciam báctéria, com o 1º A acentuado. Porquê ???
Enquanto disserem “báctéria”, menos mal; pior é insistirem em despromove-la a vírus.