Pão das Almas 2

Todos os Santos.
Cossourado, Barcelos.

Tecnocracia

Um professor de espantos

Tenho andado a descobrir o escritor e professor brasileiro Rubem Alves aos poucos. Com quase 80 anos só pode ter muito que ensinar. Hoje conheci a sua posição relativamente à missão ou ao papel do professor. Ele diz coisas simples como estas:

há muito tempo que procuro propor o novo tipo de professor. É um professor que não ensina nada, não é professor de matemática, não é professor de História, de geografia…É um professor de espantos.

O objectivo da educação não é ensinar coisas, porque elas já estão na internet, estão por todos os lugares, estão nos livros. É ensinar a pensar. Criar na criança essa curiosidade. (…) criar a alegria de pensar. (…) a relação com a leitura é uma relação amorosa. (…) Quando o professor manda, já estragou. (…) Não mandando ler, mas lendo.

A missão do professor não é dar as respostas prontas. (…) é provocar a inteligência, provocar o espanto, provocar a curiosidade.”

Dar o exemplo.

Nesse tempo ainda não havia correio electrónico

António José Seguro respondeu hoje à carta do primeiro-ministro, mas só a revela depois de ele a ler.

 

 

recortista

Uma esmolinha para o magistrado, faxavor!

Paula Teixeira da Cruz terá afirmado que não se deve retirar aos magistrados o direito a andar gratuitamente de transportes públicos, porque isso obrigaria o Estado a pagar ajudas de custo para as deslocações de serviço.

Arrisco-me a ser confundido com o portuguesinho que critiquei há pouco tempo, mas seria interessante investigar quantos e quais são os trabalhadores que pagam, do seu bolso, o transporte que os leva ao local de trabalho. [Read more…]

Portugal, colónia do FMI


Quando nas eleições legislativas de 5 de junho de 2011, cerca de 42 por cento dos eleitores se abstiveram e a esmagadora maioria dos restantes 58 por cento deram o seu voto aos partidos que assinaram o memorando da Troika, [Read more…]

Percebem por que razão o desemprego baixou?

Quase 25 mil desempregados optaram pela emigração

Os negócios do Policarpo

Policarpo diz que só há uma saída para a crise. Não explica porquê: talvez lhe tenha sido revelado pela “única pomba feia do mundo / Porque não era do mundo nem era pomba“.

A solução para a crise feita dogma de fé, e o “valha-nos nossa senhora” que a alternativa é a revolução, é cantiga milenar; já o Cerejeira assobiava assim e antes dele tantos outros.  Fiel ao poder que lhe beija a mão, e dela se vale, a ICAR esquece que a sua influência já viu melhores dias mas afadiga-se na defesa dos seus interesses: [Read more…]

Os cortes no pré-escolar e as consequências para o seu filho

Sabia que 150 crianças podem passar parte do dia apenas com a supervisão de dois adultos?

Rentabilizar recursos significou desde logo que deixasse de existir 1 (uma) Assistente Operacional (auxiliar de educação) por cada grupo de Jardim.

Os infantários já começaram a ser refundados. Porque pior é sempre possível, o impossível vem já a seguir.

A ler.

 

Velhos são os trapos

Que projeto este, da Companhia Maior! Admirável. Vale a pena conhecer (encontra excertos de peças no youtube). Uma companhia de teatro formada por atores séniores (com mais de 60 anos), «depois de uma vida plena».

A Companhia Maior tem dois anos de idade e residência no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa. Depois de A Bela Adormecida, de Tiago Rodrigues, e de Maior da coreógrafa Clara Andermatt, os actores e as actrizes deste grupo ensaiam agora Iluminações, que se estreia amanhã no Pequeno Auditório do CCB e continua em cena nos dias 4, 5 e 6 de Novembro.

Com a encenadora Mónica Calle, 46 anos e também participante neste espectáculo Iluminações, os intérpretes da Companhia Maior pensam e falam da mortalidade. “E porventura vão mais longe do que alguma vez pensaram ir, despindo-se em palco num gesto que é também metáfora dessa ideia cara a Calle de o intérprete se revelar a si mesmo — e ao outro — inteiro verdadeiro”.

Quem puder, vá ver! Parece que farão digressão nacional, neste que é o Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre as Gerações.

Parabéns a todos estes actores e a todos os que estão na génese deste projecto maravilhoso e deveras inspirador para todos.

Carta aberta a Jorge Sampaio

Francisco Camacho | EIRA

Exmo. Sr. Presidente
Dr. Jorge Sampaio
Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães

Endereço-lhe esta carta perante a insustentabilidade a curto prazo da estrutura de produção e criação artística EIRA, de que sou director artístico e fundador, provocada pelo incumprimento das obrigações contratuais no âmbito da programação de Guimarães 2012 –  Capital Europeia da Cultura
A EIRA foi contratada para a co-produção e apresentação do espectáculo “Andiamo!”, tendo cumprido escrupulosamente o acordado e assegurado a estreia na Fábrica Asa no dia 15 de Setembro. Fê-lo na ausência do pagamento de qualquer uma das prestações estipuladas no contrato, datado de 21 de Março, devendo a primeira prestação ter sido paga aquando da sua assinatura. A primeira parcela de 20% do montante total foi paga só a 10 de Outubro e mais nenhum pagamento se lhe seguiu.
Ao longo destes meses, foram assegurados pagamentos de colaboradores e fornecedores assim como a aquisição de bens e serviços indispensáveis à concretização do espectáculo, através de fundos próprios. Recorremos, entretanto, a crédito bancário, o que nos forçou aos encargos adicionais com juros. Na ausência de qualquer resultado perante as tentativas quase diárias de cobrança da dívida ou tão só de garantir um prazo para a saldar, encontro-me eu, e a EIRA, numa situação impossível.
Nunca, ao longo de quase duas décadas de existência da EIRA, nos vimos confrontados com uma situação de gravidade tal que ameaçasse a nossa existência. [Read more…]

Acordo ortográfico e a tradução para português

No Público do passado dia 28, foi publicado um texto de Paula Blank sobre os problemas causados pelo chamado acordo ortográfico (AO90) no âmbito da tradução e revisão de textos em inglês sobre equipamento médico. Podem ler aqui.

Note-se que o texto de Paula Blank não trata propriamente das questões ortográficas, debruçando-se, antes, sobre as diferenças terminológicas e sintácticas que separam o português do Brasil do de Portugal. Essas diferenças fazem com que um técnico português tenha graves dificuldades de compreensão, quando consulta uma tradução feita por um brasileiro. Depreende-se, aliás, que um técnico brasileiro sinta as mesmas dificuldades, se for confrontado com uma tradução portuguesa. [Read more…]

Daens

Narra a história do Padre belga Adolf Daens(Jan Decleir), um pioneiro na luta pelos direitos dos trabalhadores em seu país nos finais do séc. XIX. Nessa época, as tecelagens do norte da Bélgica decidiram substituir os operários por mulheres e crianças, a quem pagavam salários menores. Conseguiam, assim, manter preços que permitiam enfrentar a concorrência da indústria inglesa. Essa era a situação, por exemplo, na cidade de Aalst, para onde vai o padre Daens. Impressionado pela miséria que presencia, o religioso lidera um movimento de protesto.

Da série Filmes para o 8.º ano de História

Tema 8 – A civilização industrial no século XIX
Unidade 8.1. – O mundo industrializado

Prémio Ig-Nobel de História

Para a Junta de Freguesia de Canelas (Penafiel), pela sobredosagem de pastilhas wikipédia.
A dúvida: não há na freguesia um computador Magalhães? Formam doutores em seis meses. Via JN.

Policarpo

A este, reservava-lhe o mesmo tratamento que ao outro.