Ó Belmiro

Conta lá como mereceste o teu salário, “empréstimo” milagroso, acções por conta da ignorância alheia, etc. etc.

As garantias

O governador do Banco de Portugal e outros banqueiros sortidos vão aparecendo na televisão garantindo que em Portugal jamais acontecerá nada de parecido com Chipre, porque blá, blá, blá. Esta gente não percebe que não lhes é atribuída qualquer credibilidade (lembram-se das garantias de Constâncio?) e que quanto mais falarem, mais nos preocupam, já que todos temos a percepção de que os desmentidos na boca destes tipos soam a confirmação. Depois, as criaturas parecem ignorar que as percepções das pessoas têm um carácter subjectivo que escapa às folhas de exel.

Hoje as instituições bancárias sofreram severas quebras em todas as bolsas de valores. É a realidade, estúpidos!

Como na TVI se censurou uma peça que incomodava o poder vigente

O caso é conhecido: a jornalista Ana Leal terá visto um trabalho seu censurado na TVI, que por sua vez negou a acusação.

Entretanto o Conselho de Redacção da TVI debateu o assunto. Transcreve-se a acta da reunião respeitante ao assunto, que me veio parar às mãos e me parece de inestimável valor para o apuramento da verdade e constatação de  que nesta televisão privada se omitem conteúdos desagradáveis para o poder vigente:

No dia 6 de março de 2013, pelas 16 horas, reuniu-se o Conselho de Redação da TVI (adiante, designado por CR) com a presença dos membros eleitos Maria José Garrido, Margarida Martins, Pedro Veiga, Filipe Caetano, João Gabriel e Carlos Enes, e do director de informação, José Alberto Carvalho, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1 – Queixa da Ana Leal;

(…)

Ponto 1: Queixa da Ana Leal

José Alberto Carvalho leu Lei de Imprensa, a saber: [Read more…]

Chipre: a russa Gazprom pode substituir a UE

Da União Europeia, demonstrado à exaustão, sobra uma instituição destroçada, se é que algumas vezes existiu em estado saudável. Segundo os ideais de entusiastas impulsionadores da agregação iniciada com a CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço,  os franceses Schuman e Monet, os princípios e objectivos começaram por ser económicos (o carvão alemão + o aço francês). Com um manancial de tratados, inconsequentes e/ou desrespeitados, e uma moeda, euro, que apenas 17/27 adoptaram, a UE foi-se dilatando, estendendo-se da fria e fleumática Suécia ao cálido e temperamental Chipre.

No fundo, o objectivo supremo da citada UE,  tal como nos primeiros tempos da CECA, jamais deixou de ser o benefício económico dos fortes, a quem, entretanto, a desregulação financeira e o ‘sistema financeiro internacional’ ergueram alguns obstáculos, resolvidos a seu contento.

A beligerante Alemanha, em 1952, beneficiou de 50% de dívida perdoada.  Graças à conivência das potências ocidentais, EUA, França e Reino Unido, aproveitada pelo hábil chanceler Konrad Adenauer, os germânicos retomaram a força do poder na sociedade internacional; em especial na UE, que é aquele que a chanceler Merkel, em conjugação com os sudetas actuais, Holanda e Finlândia, tem utilizado para humilhar os povos do Sul da Europa – a extorsão através do fornecimentos de equipamentos navais e militares, da adjudicação de grandes obras a empresas internacionais alemãs e uma variedade de negócios contribuíram decisivamente para as crises soberanas de Grécia e Portugal, onde os maiores sofrimentos atingem  cidadãos sem emprego, a viver sob condições intoleráveis de pobreza e miséria – junte-se-lhes Espanha, Itália e Irlanda, se se pretender. [Read more…]

Espiral Recessiva e Espiral Demagógica

Não há ilusões. Até que estes nossos olhos traídos vejam investimento significativo, nacional e estrangeiro, qualquer coisa de novo emergindo dos escombros deixados pela chupice socialista, primeiro, e depois pela atabalhoada ingerência troykista, não será possível dar uma enésima oportunidade nem aos rapazolas-JSD, ainda de serviço, nem aos inefáveis cromos do PS novamente à bica pelo Poder, afinal o mesmo esterco e a mesma garantia de desastre. Portugal gera muito mais competência, criatividade e rasgo que a tralha que se aloja nesses Partidos. Onde estão os espíritos livres e lúcidos? O próximo capítulo da nossa desgraça poderá ser o de um Governo de Emergência e Convergência Nacional. [Read more…]

E que tal comprar ouro?

Como comprar ouro. Sempre é melhor que notas debaixo do colchão.

A imagem e o problema

Os senhores F.A. Aires Ferreira, António José Ramos e Carlos Manuel Ferreira Paçó estão preocupados com a “imagem do Concelho” de Torre de Moncorvo. Lamenta-se que o façam de forma ortograficamente ambígua, conseguindo, com uma aparentemente simples missiva, pôr a nu a incapacidade de expressão escrita, não de uma comissão política concelhia, mas de três comissões políticas concelhias. Feito extraordinário, mas nem por isso inédito, nem, previsivelmente, derradeiro. Deste texto de António Fernando Nabais, poder-se-ia inclusive depreender que o teor da missiva se limitaria apenas ao descontentamento de um determinado sector da população moncorvense: os setores largos (desconhecemos o conceito).

Quando fordes paternalistas, quando fizerdes “chamadas de atenção” e “apelos à consciência”, senhores, sede-o e fazei-os em português correcto. Se optardes por sê-lo e fazê-los em português incorrecto, lede pelo menos o texto com as vinte e uma bases da incorrecção que adoptastes. Lede. Nem vos rogo que leiais os pareceres. Lede o texto. Não vos limiteis a cortar consoantes a eito. Sentai-vos confortavelmente num sofá da vossa respectiva comissão política concelhia e folheai as páginas onde se encontram impressas vinte e uma bases, devidamente indicadas com numerais romanos. Ides ficar deslumbrados.

Preocupai-vos menos com a “imagem” que outrem transmite do concelho de Torre de Moncorvo, reflecti acerca daquela que vós transmitis e, se a imagem vos desagradar, pois até assegurais compreender as razões do descontentamento, tendes bom remédio: resolvei os problemas . Este e aqueloutro. Por essa razão, e só por essa razão, fostes eleitos: para resolver problemas.

moncorvo

E você,

já chamou banco ao seu colchão hoje?

Vergonhoso

A prepotência do Tribunal Constitucional e o Partido da Liberdade.

Despedir para privatizar

Por que razão tem que ser o Estado a gerir cantinas?

Basicamente porque fica mais barato. Os serviços públicos privatizados, por regra, encarecem e perdem qualidade. A razão é óbvia: os nossos empreendedores procuram o lucro garantido pelo estado, o estado é suposto que procura servir o público. Um exemplo: os serviços de limpeza, em grande parte entregues a uma empresário que entretanto foi detido por fraude fiscal.

Mas nada como despedir funcionários públicos e garantir mais umas rendas.

Um assunto sobretudo da área dos Negócios Estrangeiros…

Ficámos a saber, através da página do Facebook da ILC contra o Acordo Ortográfico, que o ministro da Educação terá dito o seguinte à Lusa: «O Acordo Ortográfico não está nas agendas dos dois ministros [da Educação do Brasil e de Portugal], “sendo  um assunto sobretudo da área dos Negócios Estrangeiros”».

Acredito que o assunto não esteja na agenda deste encontro. Contudo, é grave deixar-se entender que o assunto não está “nas agendas dos dois ministros”, porque é “sobretudo da área dos Negócios Estrangeiros”. Ao ler-se esta notícia, julgar-se-á que o Ministério de Crato deixou de estar mandatado para tratar deste assunto e que sobre ele só o Ministério de Paulo Portas se  pronunciará.

Recordemos duas das assinaturas que constam da Declaração de Luanda, em que se incumbe

o Secretariado Técnico  Permanente  (Portugal/  Angola/ Moçambique) para, junto e com o apoio do Conselho Científico do IILP e de instituições académicas dos Estados Membros, proceder a: 3.1.  Um  diagnóstico  relativo  aos  constrangimentos  e estrangulamentos na aplicação do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa de 1990; 3.2.  Acções  conducentes  à  apresentação  de  uma  proposta  de ajustamento  do  Acordo  Ortográfico  de  Língua  Portuguesa  de  1990, na sequência da apresentação do referido diagnóstico:

– Aricélia Ribeiro do Nascimento, Coordenadora Geral do Ensino Fundamental, em  representação  do  Ministro  da  Educação  da  República  Federativa  do Brasil

– Nuno Crato, Ministro da Educação e Ciência da República Portuguesa.

Exactamente.

http://patxocashome.blogspot.be/2011/07/falam-de-nuno-crato.html

© PAULO ALEXANDRINO PHOTOGRAPHER

Desqualificados: rua!

Caro leitor, deixo-lhe uma questão: dos portugueses, em funções públicas, qual é o mais desqualificado que conhece?

Parece-me que Passos Coelho, adjunto do Ministro das Finanças, acaba de dispensar Relvas, ou não?

Claro que não se trata de um despedimento – é uma nova oportunidade de vida. Se calhar, agora, pode ir fazer uma licenciatura, não?

O regresso de Jorge Coelho

Depois de 6 anos a mamar nas tetas do Estado, açambarcador de obras públicas inúteis, Jorge Coelho voltou à política com um forte ataque ao actual Governo. Não lhe podemos negar coerência. A construção das auto-estradas, hoje completamente vazias, foram o seu ganha-pão durante anos. E continuariam a sê-lo não fosse Sócrates ter ido passear para Paris.
Jorge Coelho não escondeu que o regresso à política lhe estava saber bem. Voltou aos comícios em Viseu e voltará ao comentário televisivo na quinta-feira. Cheira-lhe a poder?
Entretanto, Entre-os-Rios nunca aconteceu. E o tabuleiro de xadrez, já apareceu?

Vamos lá privatizar tudo: agora é a vez da água

Estes tipos são capazes de quase tudo? Não, estes cabrões são capazes de tudo, mesmo, desde que enriqueça alguns.

O leitor pensava que no séc XXI, com populações escolarizadas e especializadas, com tecnologia e meios de informação, com sindicatos e organizações sociais, com Unescos e cartas de direitos humanos, as pessoas estavam mais protegidas, defendidas e conscientes dos seus direitos? Erro seu, a barbárie é a de sempre, apenas munida de armas mais poderosas.

É apenas uma questão de tecnologia e de arranjarem formas de cobrar: um dia privatizarão o sol e o ar respiramos, com o apoio e directivas de Bruxelas, Washington, Pequim ou quem lhes suceda.

Acordo ortográfico: a prova faz-se já aqui ao lado

O jornalista Paulo Ferreira aproveita a sua tribuna para lançar críticas a uma visão idílica e irrealista que António José Seguro tem revelado sobre o Interior do país. A dada altura, afirma que isso não resiste à “prova dos fatos”. O contexto ajuda-nos a perceber que não há, aqui, referência às dificuldades das tradicionais alfaiatarias: o jornalista ou o revisor, profissionais da língua, caíram na tentação de suprimir consoantes, arrastados pela corrente do chamado acordo ortográfico (AO90), transformando, num passe de mágica, factos em fatos.

provadosfatos

É, assim, a prova dos factos que nos permite concluir que o AO90 é, afinal, um enorme erro ortográfico, uma vez que contribui para acentuar a iliteracia reinante.

Para ajudar Paulo Ferreira e outros seguidores, deixo aqui um vídeo em que, ressuscitando António Silva, é possível perceber o que é uma prova de fatos.

Repitam comigo

Portugal não é o Chipre. Portugal não é o Chipre.

Demissão já!

demissao

Na ausência de alguém que apareça a fazer a defesa do Gaspar, venho, com este post, fazer a defesa do mais incompetente Ministro que alguma vez nos apareceu à frente.

Ups. Sim, enganei-me!

Quer dizer, não me enganei – esqueci-me foi do Relvas. Vamos lá então – Gaspar é, depois do Relvas, o mais incompetente Ministro. Ah! Calma!

Esqueci-me da Ministra que despeja velhinhos – passaria, então, a escrever que Gaspar é muito incompetente, mas numa lista onde Relvas lidera, com a Assunção logo ali à perna.

Sim, eu também me lembrei daquele que era para ser Ministro da Economia, mas não me consigo lembrar do nome dele –  sim, aquele das oportunidades para os desempregados e dos pastéis  de nata.

Também há Nuno Crato, que segundo o Expresso fugiu para o Chile e Paulo Portas que foi para a Índia preparar o despedimento de funcionários públicos.

Será que há por aí alguém que consegue vir fazer a defesa destes incompetentes? Eu, juro (quem mais mente?) que tentei, mas fugiu-me a tecla para a verdade.

E, estou-me nas tintas para os calendários eleitorais ou para a existência de alternativa! Demissão, já e depois se verá!

Nota: claro que não me esqueci de Passos Coelho, adjunto do Primeiro-Ministro – tenho é pena dele, coitado! O que é que ele vai fazer depois de ser despedido? Vai continuar a ser um gestor competente como foi até agora?

Brincar com o fogo

Os termos da “ajuda” do Eurogrupo a Chipre já não pode qualificar-se de roubo, como acontece connosco – por muito que a expressão incomode os virginais ouvidos do nosso 1º ministro. É um acto de guerra e uma ofensiva de uma irresponsabilidade criminosa. É também , estou convicto, a certidão de óbito do euro e, provavelmente, da Europa que muitos sonharam. Se além disso for um rastilho para a implosão do sistema bancário europeu, fico assustado, mas não surpreendido. Desde agora, pelos vistos, já não é necessário um governo cleptocrata avisar os cidadãos de que vai cortar-lhes o salário ou a pensão, ou espremê-lo com impostos. Basta os padrinhos de Bruxelas entrarem na nossa conta bancária e dela sacar o que entenderem. É oficial: a Europa está a ser governada por sociopatas.

Fahrenheit 451

O clássico da ficção científica de Ray Bradbury adaptado ao cinema por François Truffaut.

Legendado em português. Ficha IMDB.

Euro-confisco: lutam as oligarquias, arruina-se o povo

Creio ser positiva a ideia de lermos o artigo publicado aqui: Chipre Der Spiegel de 16-03-2013.  A generalidade da imprensa internacional que consultei refere-se de forma censurável ao confisco, por imposto súbito e criminoso, de 6,75% dos depósitos em bancos cipriotas até 100.000 euros ou de 10% a verbas depositadas acima de 100.000 euros – também foi decidido passar a aplicar uma taxa de 20 ou 25% (do género da taxa de 28% paga pelos depósitos a prazo em Portugal) e ainda aumentar o IRC de 10 para 12,5%.

Tudo isto – e provavelmente outras coisas que desconhecemos – foi deliberado pelos elementos do Euro grupo,  o fracassado Gaspar e outros ministros das finanças da zona euro, a Lagarde pelo FMI, um tal Asmussen do BCE e o inevitável Oli Rhen; todos eles aplicaram a medida de confisco pela calada da noite que, sublinhe-se, se prova ser a hora dos crimes mais hediondos, segundo os criminologistas.

Todavia, o lote de carrascos citados não foram os únicos nem os principais algozes. A Alemanha e os novos sudetas, Holanda e a Finlândia, assumiram também a concepção do criminoso acto. Veio a perceber-se que a D. Merkel, sempre ela, entrou em colisão com o Chipre, e há bastante tempo,  por aquele país se ter transformado em paraíso fiscal. Os principais depositantes são russos, britânicos e outros não-residentes perfazem perto dos 50%, sendo a restante metade, obviamente, cidadãos cipriotas. [Read more…]