Eurogrupo: a Grécia como desafio democrático

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O primeiro-ministro grego está debaixo de fogo e os canhões apontados à Grécia estão em Bruxelas, com o apoio dos governos português e espanhol. Tsipras disse que os gregos encontraram em Bruxelas um eixo de poder que tem um objectivo político muito claro: assegurar os resultados eleitorais que melhor servem os interesses dos partidos que têm partilhado o poder nos países onde haverá eleições este ano, e os dos seus parceiros de negócios.

Numa tentativa desesperada de defesa dos referidos interesses (que não são os dos povos, sabêmo-lo hoje, ao custo do nosso sofrimento e da indignidade das nossas vidas de cidadãos de países supostamente desenvolvidos e democráticos, mas onde cheira de novo a fascismo, naquela versão que a gente sabe), Mariano Rajoy disse que os ibéricos não são responsáveis «pelas frustrações dos radicais de esquerda» quando confrontados com a realidade dos factos. Como se a realidade fosse unicamente composta pelos factos que melhor servem os interesses de Rajoy. Já o Governo alemão, acusou Tsipras de ter cometido um erro que não é habitual, ao atacar os seus parceiros europeus, «algo que não se faz no eurogrupo», disse o Governo alemão. Isto está bonito.

Ontem mesmo, o primeiro-ministro grego afirmou estar perfeitamente (cons)ciente de que isto é apenas o começo de um combate que ainda vai no adro da igreja. Disse que os gregos estão unidos em torno de um programa assente em princípios e valores fundamentais, e na vontade que o Governo que dirige tem de servir o povo, juntamente com todos os que querem criar um futuro assente na democracia e na justiça social, tal como a mobilização solidária do povo grego em torno do seu novo Governo ilustra, dando verdadeiro sentido à palavra progresso: especialmente num momento de regressão, sem virtude nem utilidade para um projecto europeu que queira sê-lo para os cidadãos da Europa, honrando os enormes progressos realizados nos 30 anos após o termo da Segunda Grande Guerra, período de excepção que deve absolutamente inspirar os novos líderes europeus.

Fontes: Euronews e Syriza

Comments

  1. joao lopes says:

    juncker diz que há paises bem mais duros(para com a grecia) do que a alemanha : portugal e a espanha.(entrevista no el pais).ou seja,como diz o grande godinho,isto anda tudo ligado.

  2. Triste.

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