Passos não desarmava e, no calor do combate eleitoral, chegaria mesmo a afirmar que o atingimento da meta dos 3% era “uma questão de honra“. Os amigos do Banco de Portugal ainda tentaram vir ontem em socorro do cacique mas Vítor Gaspar, directamente do quartel-general do FMI e de folha de Excel em punho, colocou um ponto final na encenação e apresentou a revisão em alta do Fundo para os números do défice: 3,2%, meio ponto percentual acima da previsão utópica feita para iludir gado ovino em período pré-eleitoral e, ainda assim, uma previsão muito optimista e simpática para um valor que actualmente se aproxima mais do dobro do valor anunciado pela propaganda governamental.
Mais um embuste deste governo, mais uma meta que não será cumprida. Resta saber que desculpa irão os Pàf’s usar desta vez para encobrir o logro.
Ah, mas a oposição não pode dizer nada porque com a oposição o déficit seria muito maior. Ailás, a oposição gosta de déficits.
Para a oposição, e para a economia, o défice é irrelevante se se quiser ter a economia a crescer. Vai estudar, pá.
E o défice é irrelevante se a dívida é impagável.
” …que desculpa irão os Pàf’s usar desta vez …”
Os gastos com o julgamento do Sócrates ?