Às vezes, o tiro sai pela culatra

2016-06-16 tiro pela culatra

Recordando:

ADSE: «(…)o Tribunal de Contas refere que, em Setembro de 2015, a ADSE usou excedentes gerados em 2014 e receitas próprias de 2015 para pagar mais de 29 milhões de euros ao Serviço Regional de Saúde da Madeira que resultou da utilização de unidades de saúde por beneficiários da ADSE entre 2010 e 2015. O Tribunal considera que dois secretários de Estado do anterior Governo “comprometeram dinheiros da ADSE para fazer face a uma despesa que é do Estado e que devia ter sido satisfeita pela dotação orçamental do SNS.”»

CGD: “A Caixa Geral de Depósitos tem, pelo menos, 1.300 milhões de euros em risco no resgate ao Novo Banco.”
O BES foi só mais um prego entre os tiros que o antecederam (p.ex. BPN) e que lhe sucederam (p. ex. BANIF). Um mealheiro do bloco central.

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As mulheres são umas insensíveis

A brincar com coisas sérias…

A «mentalidade pequena» de Cristiano Ronaldo

stock-vector-cartoon-baby-crying-vector-clip-art-illustration-with-simple-gradients-all-in-a-single-layer-216397903Quando eu era miúdo, vivia convencido de que era um dos melhores jogadores da minha rua, o que era verdade, porque não havia assim tantos miúdos na minha rua. Na realidade, tinha uns pés jeitosos, o que me valia umas marcações mais duras que me assustavam e/ou irritavam, levando-me a críticas azedas aos adversários, seres horríveis que não me deixavam driblar à vontade ou mostrar a minha esplendorosa visão de jogo. No fundo, não estava muito acima das criancinhas que ficam zangadas com as mesas contra as quais se magoaram, porque a culpa só pode ser da mesa.

Crescer, na minha opinião, não implica, infelizmente, corrigir os defeitos, mas obriga, no mínimo, a saber disfarçá-los. Quando se é uma figura pública e influente, essa obrigação torna-se mais premente.   [Read more…]

A máfia bancária e o fim do verde – código – verde

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Já tinha reparado nisso e agora confirmo que é geral.

Fazer um pagamento com cartão tornou-se ligeiramente mais complexo. Agora, antes de inserir o código, é preciso escolher o canal através do qual será feita a transacção. É indiferente para os clientes, mas há custos diferenciados para os comerciantes. [Jornal de Negócios]

O diabo está nos detalhes, tal como se constata neste caso. Agora, com os novos terminais de pagamento multibanco, antes de inserir o código passou a ser preciso escolher a rede de pagamento, se VISA (ou outra internacional), se MULTIBANCO. Por omissão, e aqui está o detalhe, a rede é a VISA (ou outra internacional). Para mudar, sabendo-se que se pode mudar, o que não é óbvio para quem está habituado ao verde – código – verde, é preciso carregar numa tecla de cursor e, só depois, é que começa a sequência verde – código – verde. Portanto, quem fizer como sempre, estará a pagar via rede VISA (ou outra internacional). Se bem que para quem paga não deverá haver diferença, já para o comerciante significará uma comissão bancária bem superior.

Se esta mudança tivesse sido desenhada para ter impacto nulo, então a opção pré-seleccionada seria o pagamento a rede MULTIBANCO. Como não é o caso, há a suspeita de se estar perante um truque para cobrar mais dinheiro aos comerciantes.

Vamos agora esperar, sentados, pela intervenção do Banco de Portugal para acabar com este novo truque para sacar dinheiro à conta do desconhecimento ou inércia dos consumidores. Até lá, já sabe, agora a sequência de pagamento passa a ser seta para baixo – verde – código – verde. Sempre que possa, use-a e, já agora, passe esta informação.

Adenda 1 (17/6/2016): Os cartões afectados são os que tenham modo “híbrido”, em que o cartão de débito passou a ter crédito associado. São uma inovação da banca que, há algum tempo, gerou polémica (ver estes artigos: 1, 2).

Adenda 2 (21/06/2016): Finalmente, a SIBS esclareceu a questão. O post foi actualizado para reflectir que em causa está a escolha do pagamento via rede VISA (ou por outra rede internacional) ou, como segunda opção, pela rede MULTIBANCO. A SIBS sublinha que a alteração não tem custo para o cliente, o que nunca esteve em causa, mas é omissa quanto aos custos para o comerciante.

Sinel de telhas de vidro…

… não atira pedras. O Luis M. Jorge explica.