Breves notas sobre o momento

  1. José Crespo de Carvalho é Professor Catedrático. Qual o espanto com o que disse? Quantos professores doutores com todas as letras a dizer alarvidades vocês conhecem? Eu conheci e conheço imensos. Este é mais um. Alguns deles andam pelas nossas televisões e jornais. É o estado a que isto chegou. Andam com saudade dos negreiros é o que é. Vergonha é coisa que já nem existe…
  2. “A Síria está em guerra civil há mais de 20 anos. O presidente sírio não foi eleito, sucedeu ao seu pai que governou mais de 30 anos. Bashar Al-Assad usou armas químicas contra a população síria. Al-Assad tem o apoio do Irão e da Rússia. Agora continuem a comparar a Síria à Ucrania e perguntem à Alma se vive nos escombros”, escrito por Helena Sampaio;
  3. Um Juiz decide deixar o facho Mário Machado ir combater para a Ucrânia sem ter de cumprir as apresentações quinzenais na esquadra. Vamos acreditar que o douto juiz, no seu íntimo, acredita que o melhor é enviar o gajo para a guerra e, quem sabe, levar um tiro. Sim, vamos ser crentes que foi isso. Já nem sei que diga.
  4. A estes professores doutores com todas as letras e doutos juízes juntem boa parte dos militares que dizem umas coisas nas televisões, acrescidos de boa parte da nossa classe política e já sabemos o estado a que chegaram as ditas “elites” nacionais. Há já muito tempo que nesta latrina o ar se tornou irrespirável, como cantavam os Mão Morta.

Os Generais não podem…

… estão muito ocupados a comentar nas televisões

Kissy chamava ternurentamente o pai Henry a seu filho Peter

Foi em 69, sim, que um dos mais emblemáticos filmes da geração “hippie” estreou. “Easy Rider”, foi realizado por Dennis Hopper, tendo como protagonistas o próprio, Peter Fonda e Jack Nicholson.
O filme trata de 2 motociclistas, um vestido à americano motoqueiro e outro com vestimentas de nativos norte-americanos, que viajam juntos pelo Sul e pelo Sudoeste americano em busca da liberdade, liberdade representada pelo uso de estupefacientes e vida comunal, em contraponto à ideia de família ideal (patriarcal, claro, defendida pelos evangélicos e católicos. Sem ser um filme de qualidade de monta, a verdade é que se tornou em ícone de “contra-cultura”, abrindo as portas de Hollywood para uma nova geração que pretendia, iludida ou não, experimentar outro estilo de vida, livre de conceitos e preconceitos raciais e religiosos em forte tensão à época nos Estados Unidos.

Ah, sim, não era sobre o filme que pretendia falar, mas do facto do pai tratar carinhosamente o filho Peter por Kissy, Kissy Fonda.

Porque me lembrei disto? Porque em mim se aflorou [Read more…]

Apanhámos um Oligarca Russo do RSI

Somos os maiores, carago!

José Crespo de Carvalho, os refugiados ucranianos e o futuro do mercado laboral português

José Crespo de Carvalho, professor no ISCTE e cronista no Observador, brindou-nos a todos com uma bela dissertação sobre as vantagens económicas de receber refugiados ucranianos. Há quem o tenha acusado de promover a exploração, da forma mais desumana possível, cavalgando o drama dos refugiados para promover a ideia de que os portugueses são mandriões que não querem trabalhar. Más línguas, seguramente. Más línguas de subsídio-dependentes que não querem trabalhar.

No artigo “Ucranianos em Portugal e o mercado de trabalho”, José Crespo de Carvalho deixa bem clara a sua posição no destaque do artigo, que podem ver em cima. Ideias chave:

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Que se foda Putin e que se fodam os controleiros

Fruto do brutal policiamento da linguagem em curso, que atingiu proporções inimagináveis (e estupidificantes) desde o início da invasão da Ucrânia, vivemos hoje dias orwellianos, caracterizados por sucessivos fatwas dos jihadistas que garantem o cumprimento da nova sharia, que ordena que toda e qualquer análise dos acontecimentos que não esteja alinhada com a narrativa dominante e com os cânones do políticamente correcto deve ser chicoteada, torturada e abatida.

Ultimamente, tenho escrito amplamente sobre a situação na Ucrânia, de várias perspectivas, nas várias redes que utilizo. Neste meu cantinho no Aventar, onde me dedico a analisar os factos, na minha perspectiva e com as minhas limitações, recorrendo a factos, condicionais contrafactuais e outros aspectos relacionados com o que se passa de facto na Ucrânia, tenho sido acusado, amiúde, de estar alinhado com a propaganda de Vladimir Putin. A essas pessoas, com muita franqueza e com todo o respeito que me merecem, queria dizer-lhes o seguinte:

  • Ide-vos foder.
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Os cúmplices europeus de Vladimir Putin

Noticiou ontem o Público que França, Alemanha, Itália, República Checa, Eslováquia, Espanha, Croácia, Finlândia, Áustria e Bulgária venderam armamento e equipamento militar à Federação Russa nos últimos oito anos, após a invasão e anexação da Crimeia. Fun fact: a UE decretou um embargo de venda de armas e similares ao regime de Putin, em Junho de 2014. Não faz mal. Acena e sorri. Se questionares estás a fazer propaganda pró-Putin.

No texto do implacável embargo da intransigente União podemos ler o seguinte: é proibida a venda, fornecimento, transferência ou exportação directa ou indirecta de armas e material conexo de todos os tipos, incluindo armas e munições, veículos e equipamento militar, equipamento paramilitar e respectivas peças sobressalentes, para a Rússia por nacionais dos Estados-membros ou a partir dos territórios dos Estados-membros ou utilizando navios ou aviões que usem a sua bandeira, quer sejam ou não originários dos seus territórios”. E então, que fazer? Simples: arranja-se uma lacuna na lei – tantos advogados em part-time nos Parlamentos europeus têm que servir para alguma coisa – e decreta-se um regime excepcional de coiso. Sim, de coiso. Mas podemos chamar-lhe filhadaputice, se preferirem.

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O combate também está nas nossas mãos

Whataboutismos e Falácias

Whataboutism (também chamado de whataboutery) é uma variante da falácia formal tu quoque em que se tenta desacreditar a posição do argumentador ao acusá-lo de hipocrisia sem refutar seu argumento… A falácia consiste de utilizar uma situação ou prática muito próxima ao que se é criticado utilizando-se de estruturas do tipo: “E aquilo…”, “E sobre…”, “E o(a)…” ou “E o que dizer, então…”. Geralmente, a utilização dessa falácia é feito para relativizar moralmente um evento ou situação utilizando-se de outro.

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Whataboutism

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Nada mais a acrescentar…

Pelo meio de muitas justificações para os ataques russos a prédios de habitação, hospitais, maternidades, um teatro cheio de civis e até a gente na fila para comprar pão, Carlos Branco conclui: “Nós não estamos ainda numa situação de ataque deliberado e sistemático aos civis”