Negócios paralelos?

A reportagem é da Sábado, o resumo é do Esquerda.net. Um ministro, um escritório de advogados e vários assessores sociais-democratas num esquema onde as funções políticas se parecem confundir com negócios privados. Nada de novo portanto.

Defesa acima das nossas possibilidades?

Depois do aumento de 2216 milhões de euros previsto no OE15 para o sector da defesa, o ministério de Aguiar-Branco prepara-se para receber mais uma prenda no valor de 80 milhões de euros. Haja fartura no reino da austeridade!

Desconversas em família

marcelo caetanoAguiar-Branco vem defender o direito de Passos Coelho a criticar o Tribunal Constitucional ou o Grupo Desportivo Leões da Agra. Congratulo-me com a preocupação que o ministro da Defesa revela com os direitos adquiridos, como, por exemplo, o direito a criticar.

É certo que foi o mesmo Aguiar-Branco a propor ao bispo das Forças Armadas que escolhesse “entre ser bispo das Forças Armadas e ser comentador político”, quando dom Januário criticou o governo. Seria importante que o ministro publicasse uma lista dos cargos que retiram ao respectivo detentor o direito a criticar instituições. O de primeiro-ministro, felizmente, não é um deles.

Voltando à vaca fria, concordo com Aguiar-Branco: o Tribunal Constitucional pode e deve ser escrutinado e criticado. E, sim, o primeiro-ministro tem direito a exercer esse escrutínio e essa crítica. Penso, ainda, que Passos Coelho não deve ser obrigado a escolher entre manter-se em funções e fazer comentário político.

Num país civilizado, no entanto, o primeiro-ministro que critica outro órgão de soberania deve fazê-lo de modo extremamente responsável. No caso dos acórdãos do Tribunal Constitucional, Passos Coelho tinha a obrigação de apontar os erros cometidos, explicar quais as falhas na interpretação dada à Constituição, tornando evidente a falta de bom senso dos juízes. Em vez disso, de acordo com a sua natureza, limitou-se à rábula do “aumento da factura” e apontou para o Ratton expiatório. Um dia, havemos de viver num país civilizado.

O discurso das Caldas de Aguiar Branco

Aguiar Branco decidiu contestar os destaques da imprensa ao seu discurso no dia do Exército, nas Caldas da Rainha, o dos comentadores das gravatas azuis e casacos cinzentos. Está no seu direito. Até acredito quer o faça por só o ter lido uma vez e em público.

O problema é que está lá literalmente escrito (ler pdf):

O nosso maior adversário é o sentimento, inegavelmente crescente, de que as Forças Armadas, num contexto de carência geral, não são necessárias
Uma visão que, infelizmente deixou de estar limitada a uns quantos idealistas mas que passou a ser defendida, também, por comentadores de fato cinzento e gravata azul. [Read more…]

Aguiar Branco faz variação sobre a cigarra de Macedo

E as formigas são as forças armadas.

Os problemas de comunicação do governo

Por muito que queiramos (ou quiséssemos) olhar para os políticos como casos individuais, o seu comportamento é demasiado estereotipado para que o mereçam, tornando, por exemplo, as Farpas queirozianas textos infelizmente intemporais, tal é a triste semelhança entre os politicotes da Regeneração e os espécimes ministeriais nossos contemporâneos.

Sempre que algum aspecto da governação suscita crítica ou revolta, lá surge um sequaz do governo a choramingar que os ataques resultam da dificuldade em explicar as medidas. Na realidade, o governante limita-se a agredir o cidadão, esperando que este compreenda que o soco que lhe acerta na queixada é, afinal, beijo apaixonado, manifestação evidente de um amor mal compreendido. No fundo, o governo pouco difere do perpetrador de violência doméstica que explica à vítima que a quantidade de porrada é directamente proporcional à paixão. [Read more…]

Se a fotografia estiver desfocada fica preso

Um advogado foi detido por fotografar o carro mal estacionado de Aguiar Branco.

Aguiar – Branco entrega assinaturas

Mais de duas mil assinaturas, mais que as necessárias, foram entregues hoje pela candidatura de Aguiar-Branco.

Parece que o problema foi terem sido entregues por “pdf”, mas agora estão todas em papel e com o carimbo do notário. Teria sido uma tentativa de “juntar” a candidatura, à força, com a de Rangel? Porque é que a candidatura de um homem com vida profissional feita, com experiência parlamentar e ministerial acolhe tantos anti-corpos? Não fala bem? É um orador medíocre? Não me parece. Não é um mentiroso compulsivo que diz o que lhe vem à cabeça mas está longe de ser um Cavaco Silva, esse sim, um péssimo orador o que não o impediu de ser quem foi e o que é!

Rangel, tem atrás de si Manuela Ferreira Leite, como se percebe pelos apoios de António Preto , (o tal que deu a primeira machadada séria na candidatura do PSD nas legislativas) e de Cavaco Silva, que sempre apoiou MFL. Pedro Passos Coelho, tem consigo importantes estruturas do partido que tem conquistado desde há vários anos, na preparação de uma candidatura para a qual se preparou, honra lhe seja, a tempo e horas. Aguiar -Branco, não tem estruturas do partido a apoia-lo. É uma desvantagem? Pelo que sabemos e a experiência nos ensina, é mau para o próprio mas pode ser muito bom para o país e para o próprio partido. Foi sem apoios mas com um “boca de sapo” em rodagem que Cavaco ganhou o partido na Figueira da Foz.

Ser independente em relação às estruturas partidárias é o primeiro passo para se poder vir a ser bom governante!

Faltam 415 dias para o Fim do Mundo

E o nosso Primeiro continua em campanha eleitoral (será que ele é candidato nas directas de sexta do PSD?). Por falar em directas, depois de Alberto João, nada como contar com o apoio de Ribau Esteves para ajudar à festa. Entretanto, Aguiar Branco manda um recado forte: não desiste!

O Twitter festejou ontem quatro anos a atormentar-nos com 140 caracteres e mais nada. Já Messi está cada vez melhor…que Ronaldo e quase tão bom como Maradona! As grandes dores são mudas…

Alguém me consegue explicar este surto de quedas de avionetas? E pé ante pé, lá vai Obama levando a água ao moinho.

Aguiar-Branco: o preço da lealdade

É voz corrente, dentro e fora do PSD, que a escolha do próximo líder social-democrata, será também, a escolha do próximo Chefe de Governo.

Futurologia à parte, aquilo que, para mim, está em causa, além da escolha do líder do PSD, são os valores dominantes dos seus militantes. E nesse aspecto, devo dizer que as previsões disponíveis não são muito agradáveis.

Pelo terceiro lugar ocupado por Aguiar-Branco, conclui-se facilmente que o valor da lealdade não suscita admiração por banda dos militantes do PSD. Porque foi e é esse o sinal distintivo de Aguiar-Branco ao longo dos últimos tempos: o da lealdade para com a liderança do partido mesmo quando não estaria de acordo, o da lealdade no exercício das funções de líder da bancada parlamentar não trocando o sentido de responsabilidade na discussão do Orçamento do Estado a troco de protagonismo, e o de lealdade para com o compromisso assumido de só avançar como candidato para a liderança do PSD após findo o debate do Orçamento.

Nas sucessivas previsões, vejo à sua frente Paulo Rangel, que repetindo o ambíguo chavão da ruptura, deu o dito por não dito e mandou à fava  o compromisso de ficar no Parlamento Europeu, e passou uma rasteira a Aguiar-Branco para se candidatar primeiro do que este a todo o vapor.

Resta a liderança, por enquanto, de Pedro Passos Coelho, que não sendo para mim o melhor dos quatro candidatos, a sua eleição sempre poderá revelar-se uma manifestação dos militantes em se desembaraçarem de barões e de traições.

Se a lealdade não for premiada, que seja a do arrojo em tentar algo diferente. Se Rangel ganhar, o PSD voltará a prestar ao país mais um péssimo serviço: o de premiar a ganância sem escrúpulos, enterrando de vez a lealdade no cemitério dos princípios.

Uma Opção Para Portugal

O Congresso do PSD em Mafra foi esclarecedor. O candidato José Pedro Aguiar Branco demonstrou, uma vez mais, que partiu tarde. Por uma questão de palavra, JPAB acabou por prejudicar a sua candidatura e ver os falsos amigos fugirem para o outro lado da barricada. Caso contrário, como se viu nos debates e no Congresso, seria um forte candidato.

Por sua vez, Paulo Rangel, manteve o seu estilo populista, fazendo lembrar Paulo Portas, com um discurso cheio de sound bites (pedir maioria absoluta, falar em sonho, classe média, as entranhas dos portugueses, refundar Portugal, etc.). Nisso assemelha-se a Portas e ainda não descolou do passado. O seu pecado maior é a colagem a esta direcção e nisso Fernando Costa disse tudo. Daí a sua segunda intervenção ter sido uns bons furos abaixo da primeira.

Já Pedro Passos Coelho mostrou que é o que está melhor preparado para ser Primeiro-ministro e percebe-se a razão de ser o preferido dos portugueses. O seu primeiro discurso foi arriscado. Foi corajoso. Desmontou os mitos. O mito do seu passado e da constante crítica subliminar de ser jovem. Tenho a impressão que aos sessenta ainda o vão criticar por ser muito jovem. Enfim. A forma como abordou Jardim foi de uma bravura exemplar. Mesmo arriscando-se a perder imensos votos, mesmo pondo em causa a sua eleição como Presidente. Eu gosto de homens com audácia e PPC teve-a onde muitos, quase todos, se acobardam. O seu segundo discurso foi bastante incisivo, colocando a verdadeira questão: que PSD pode vencer as legislativas, qual o que está melhor preparado?  O importante é ter um projecto para governar Portugal e essa é a verdadeira questão. E esse projecto terá de ser profundamente diferente do de Sócrates mas, igualmente, distinto do da actual direcção do PSD.

A verdade, como se viu no seu último discurso, é que Passos Coelho fala para o país mesmo que o partido pretenda que lhe massagem o ego. Uma opção corajosa e realista. Uma opção por Portugal.

Paulo Rangel: um paradigma de ruptura

Acredito que o candidato social-democrata procurava uma frase-chave (um chavão, se quisermos). Algo que resultasse como o “Yes we can” de Obama, que fosse apelativo, mobilizador.

Certamente a sua atabalhoada candidatura não deu tempo para mais. Isto é: não deu tempo para melhor.

Terá, por isso, decidido pegar numa palavra, numa só ideia, e repeti-la à exaustão: “ruptura”.

Acontece que “ruptura” reporta-se ao acto de romper, ou seja de rasgar, dilacerar, desfazer. Da ruptura resulta um rompimento, resulta que algo fica rompido, ou seja roto. Ora esta não é uma boa opção para um mote que incentive, que estimule vagas de fundo. Não há grande apelo a ser-se roto ou a participar em rompimentos.

No entanto, Paulo Rangel insiste, investe todas as suas forças, erguendo-se bem alto em bicos-de-pés para exortar uma e outra vez à ruptura. Como se tal lhe estivesse no sangue. E penso que a razão será mesmo essa: a ruptura está-lhe mesmo na massa do sangue. Assim foi quando rompeu com a promessa que ficaria no Parlamento Europeu. E, também, assim foi quando rompeu com o entendimento estabelecido com Aguiar-Branco, quanto ao combate pela liderança do PSD.

Paulo Rangel é o alvo do seu próprio combate.

Se eu fosse militante social-democrata, votaria Aguiar-Branco.

Se tivesse de escolher entre Paulo Rangel e Pedro Passos Coelho, votaria Pedro Passos Coelho.

Tudo faria para romper com paradigmas de ruptura como Rangel.

PSD – O debate das Directas no Porto:

Numa excelente iniciativa da Distrital do Porto do PSD, os quatro candidatos à liderança do PSD debateram, ontem, na Fundação Cupertino de Miranda, o que querem para o PSD e para Portugal. O LR no Blasfémias já fez um bom resumo da matéria e, por isso mesmo, vou ser parco em palavras.

Realmente, a questão das claques pró Rangel levantada por LR, algumas vindas de fora da GAMP, foi notória e despropositada, mas enfim, populismos estilo RGA. Julgo que a presença da comunicação social no evento condicionou o discurso dos candidatos pois tiveram de medir as palavras entre o discurso para dentro sem os prejudicar fora e o discurso para fora mas sabendo que quem voto são os de dentro.

Rangel prefere, para já, seguir o estilo populista à Portas. Aguiar Branco demonstra que, infelizmente, partiu tarde pois vale bem mais do que a “relação de forças” apresentada. Já Passos Coelho pareceu muito condicionado pela procura de um discurso para dentro que não prejudique fora, o que se entende por ser, francamente, aquele com mais hipóteses de vir a ser PM.

Marcelo foi o ausente mais presente. O Fantasma…

Dormi profundamente com o debate

Acordei sobressaltado quando ouvi o Pedro Passos Coelho dizer que os grandes investimentos deviam ser “congelados”. Acordei novamente quando o Rangel dizia que a economia portuguesa só avançou com o PSD no governo ( as estatísticas não enganam…) e o PS no governo só faz o desperdício (bonita maneira de tornar milionários os boys e girls…), entrei em sono profundo quando PPC disse que Sócrates não seria hoje primeiro ministro se MFL se deixasse de “asfixias” e o confrontasse com as contas que todos já sabiam serem um desastre, entrei em fase de “sonânbulismo” quando Rangel que está há dois dias no PSD se fez a herdeiro de Sá Carneiro e acordei a deitar-me da janela abaixo quando ambos se referiram a Sócrates e a Jardim como dois homens de Estado que se puseram de cordo quanto à recuperação da Madeira!

Levantei-me para mijar e dei comigo a pensar que o PPC andou estes anos a preparar-se para ser primeiro ministro, isso vê-se bem na forma como fala e domina os problemas da agenda, e já aliviado, reparei que Rangel tambem mostra que se preparou nos últimos oito dias. Tentando manter a compostura, ainda ouvi o Rangel dizer que os seus perderam as eleições mas ele não estava cá já tinha ganho as suas (dele) para Bruxelas e por isso nada tem a ver com a perdedora MFL.

Ainda fixei os olhos na Ana Lourenço a ver se substituia os pesadelos por sonhos cor de rosa mas foi coisa de pouca monta, apareceu-me o Aguiar Branco a rir às gargalhadas, ele sabe que tem nome de político e estilo, tem uma vida profissional feita, cinco filhos, não precisa de dinheiro, o caminho toda a gente sabe qual é há muitos anos, só Sócrates estúpido  e inculto é que se convenceu que “era o tal” e morreu debaixo da maior escandaleira de que há memória o que não é fácil neste paraíso, ou antes, que era paraíso antes da escandaleira.

Enquanto me mudava para a cama dei comigo a dizer em voz alta, pare-se os investimentos públicos estúpidos, desnecessários e para os quais não temos dinheiro; desenvolva-se o ambiente amigo para as pequenas e médias empresas puderem produzir, inovar e exportar; apoie-se reguladores do mercado fortes e independentes  por forma a que as grandes empresas públicas deixem de nos roubar; reduza-se o Estado às actividades que têm que ser mesmo de um Estado forte, eficaz e sem medo das corporações; devolva-se à Justiça a vergonha e o garbo ; mude-se o processo eleitoral para circulos uninominais; e deixem de nos mentir como se nós todos, só pelo facto de pagarmos impostos , sejamos uma cambada de camelos…

Ainda ouvi as vizinhas do lado, estudantes universitárias, que não conheço, bater com a porta! É isso, bater com a porta!

Faltam 428 dias para o Fim do Mundo…

…Mas ontem esteve para ser já, já. Estivemos em baixo quase duas horas em mais um sério aviso – sempre que o Aventar explode em visitas a coisa fica preta. Felizmente, entre mortos e feridos (diga-se: postas perdidas) lá escapamos e continuamos em contagem decrescente.

Em Benavente apareceram OVNIs. Erro, é um objecto perfeitamente identificado: o 5º candidato à liderança do PSD!

Enquanto Sócrates puxa por Rangel, supostamente o seu candidato preferido, a sua tropa de choque luta pela total censura dos temas incómodos. Só falta calar a blogosfera nacional. É já a seguir…

Estranhas manobras

O surrealismo lusitano, canta e ri, corre e dança, inebriante, vicioso, contagiante. Num carrossel contínuo que mal permite repor o fôlego. Tudo é informação, tudo é actualidade, e no entanto nada parece verosímil.

Dois episódios de ontem, deste carrossel:

1 – A escova de Francisco Louçã sobre os ombros de José Sócrates, no plenário parlamentar, em híbrido gesto de solidariedade para com o Primeiro-Ministro, acerca das escutas.

Não bate certo, algo está por trás disso. Talvez as presidenciais. Talvez.

2 – O estranho avanço de Paulo Rangel, numa sôfrega candidatura à presidência do PSD, a dividir um eleitorado com Aguiar-Branco, e a solidificar um outro eleitorado, o de Pedro Passos Coelho.

É uma candidatura tardia, incoerente e desleal. Imprópria para quem assumiu o compromisso de que ficaria no Parlamento Europeu, e que as excepcionais razões do actual momento político por ele invocadas, só servem de injusto atestado de incompetência a Aguiar-Branco.

Parece que o Norte continua a assustar as ditas elites do PSD, desde os tempos de Francisco Sá Carneiro.

Pedro Passos Coelho agradece.

Num inebriante começo de mês, estas são apenas duas voltas de um carrossel de estranhas manobras. Tudo à roda, sem tino ou razão.

PSD: "Directas" ao assunto

Tal como há muito se tinha afirmado no Aventar, Aguiar Branco junta-se a Passos Coelho na corrida à liderança do PSD. E não foi por acaso que há duas semanas se sublinhou, igualmente no Aventar, a tentativa de “onda” para um avanço de Rangel. É só lerem o arquivo e/ou andarem atentos ao blog.

Os três candidatos são muito diferentes. Embora todos partilhem algo em comum, assaz curioso, de semelhança com três diferentes figuras do CDS. Se Pedro Passos Coelho é uma espécie de Manuel Monteiro para melhor e Aguiar Branco um Lobo Xavier mais expedito, já Paulo Rangel parece querer ser o Paulo Portas do PSD. E é aqui que, salvo seja, a porca torce o rabo.

Ao contrário de outros, eu não vou relembrar o que disse Rangel durante e após as Europeias sobre uma putativa candidatura sua à liderança. Não. Prefiro um outro registo. A campanha de Rangel nas eleições Europeias foi, reconhecidamente, boa. Mas quando comparada com o cinzentismo da actual liderança. Paulo Rangel foi uma espécie de Paulo Portas pela sua irreverência e inteligência. Animou as hostes, partiu para a luta meio sozinho (quem ainda recorda os primeiros tempos de Portas no PP?) e arrastou o laranjal com muito populismo, soundbites e teve o seu momento Soares/Marinha Grande na história da papa maizena. [Read more…]

Por que razão há tantos candidatos ao PSD?


Porque, cheirando a morte, já todos parecem interessados. Não há fome que não dê em fartura e, agora, os coelhos não param de sair da toca.

Paulo Rangel ?

Eu juro que ontem à noite, quando coloquei aquela imagem do Kaos, estava longe de pensar em semelhante ultrapassagem de Rangel a Aguiar Branco pela direita e violando grosseiramente o código da estrada.

Eleições PSD:

Diz quem sabe que José Pedro Aguiar Branco vai formalizar, dentro de dias, a sua candidatura à presidência do PSD. Até já contratou uma das melhores, senão mesmo a melhor, empresa de comunicação para apoio à sua candidatura, a LPM.

Assim, junta-se a Pedro Passos Coelho na corrida e permite ao partido ter mais hipóteses de escolha para o futuro. É muito positivo ver como os candidatos levam a sério a questão da comunicação. E como consideram importante o desafio em causa. É bom sinal.

Só espero que nenhum precise de ir tão longe para obter os votos necessários para a sua eleição, como o fez a colombiana Maria Fernanda, segundo o i.

O Coelho e as Lebres

Hoje os diferentes jornais falam na possibilidade de Paulo Rangel e Aguiar Branco se candidatarem à presidência do PSD.

O primeiro a desmentir foi Paulo Rangel. Não senhor, não será candidato e não, não foi pressionado por Durão Barroso. Já Aguiar Branco nem necessita de grandes desmentidos, percebeu-se ontem, na Quadratura do Círculo que não vai ser candidato.

Ou seja, ninguém quer fazer o papel de lebre e como se percebeu nas duas sessões de apresentação do livro de Pedro Passos Coelho, sente-se um forte cheiro a poder e um alinhamento quase unânime em torno da sua candidatura.

Aguiar Branco vs Passos Coelho: que comece o jogo

Com a questão do orçamento resolvida, o PSD começa a olhar de forma mais atenta para o umbigo. Ao que tudo indica, Aguiar Branco deve mesmo entrar na corrida pela sucessão de Manuela Ferreira Leite, responsável por um período de retrocesso político e social do maior partido da oposição.

passos-coelho-aguiar-branco

O líder parlamentar deu, há tempos, sinais de que poderia ser candidato, depois pareceu recuar mas agora estará determinado a avançar. Se, claro, recolher os inevitáveis apoios de notáveis. Se, claro, não houver outros empecilhos, como outras candidaturas na mesma área de influência do partido laranja.

Este é um dos problemas dos políticos em Portugal. Precisam sempre de garantias, sustentadas em apoios de uns quantos nobres feudais, para tentar ganhar uns votos junto dos militantes que seguem os seus senhores ou como certeza de, pelo menos, não fazerem má figura. Dizem-me que é assim, que tem mesmo de ser. Que ter ideias, propostas, um rumo, não chega nestas campanhas internas. É preciso mais. É preciso influência. Na realidade só tem mesmo de ser se assim o quiserem. Esta é a face ‘escura’ da política. As influências, os lobbys. Se todos forem mais honestos, ficaremos a ganhar. Os partidos e os eleitores.

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Em revista

Diz o Público que o líder parlamentar social-democrata, Aguiar Branco, rejeita a possibilidade de mais um “orçamento limiano”.
Acho muito bem: o que as contas do Estado menos precisam é de matéria gorda. Nem um orçamento de tempos de vacas magras bate certo com queijo flamengo.
Já a TVI24/IOL destaca que as ambulâncias do INEM estão a servir de taxi gratuito para os utentes.
É o que dá não haver investimento sério e eficiente na rede de transportes públicos, a par da subida do crude que tem aumentado o preço da bandeirada.
Ainda a TVI24/IOL, refere que uma lésbica se manifestou durante a apresentação de um livro contra o casamento homossexual.
Parece-me que há pessoal que ainda não se apercebeu bem das potencialidades que o casamento homossexual terá em sede de manifestações lésbicas: a partir de agora muita gente não terá de andar a ver cenas lésbicas às escondidas na net, poderá usufruir duma vistas dessas sentado num qualquer banco de jardim e ao vivo.

Coisas do Diabo – cozê-lo em lume brando

O plano do PSD é manter o lume depois do orçamento “Queremos demonstrar na Assembleia o descontentamento e descrédito a que o actual governo chegou. Se as pessoas na rua o comentam, deve ser o maior partido da oposição a carrear para esta câmara esses sentimentos e reacções”

O Magalhães, os Contentores de Alcântara, a gestão do QREN, o “Face Oculta” e o estado da Justiça, serão temas que o PSD não largará.

Outra questão, nada pacifica dentro do PS, é a eleição do Presidente da República, crentes como estão os sociais democratas que Cavaco Silva se vai recandidatar, e que no PS se perfilam Alegre, Vitorino,Gama,Guterres…

Depois vai haver as candidaturas de Passos Coelho e Aguiar Branco, durante o próximo mês de Março, altura para mais fogo cruzado sobre Sócrates e o PS!

As comissões de inquérito e as chamadas de ministros ao Parlamento são outras das estratégias a aprofundar. O estado a que chegou a Grécia, com políticas muito semelhantes às do PS, dívida elevada, obras públicas e déficite a cescer será outro filão a explorar.

Sócrates, cada vez mais, faz parte do problema. Para o PS e para o país!