Boa onda

Pelo aspecto, parece ter ido buscar a foto do cartão de estudante, do tempo em que as fotos de retrato ainda eram a p&b.

De resto, está um cartaz bem conseguido. Tem muito boa onda.

Adenda: segundo informações de última hora, o lifting correu mal e as rugas passaram do retrato para o pano. 

Cartazes do PSD explicados por Ricardo Araújo Pereira

Entretanto, soube-se também que as pessoas que aparecem, sorridentes, nos cartazes da coligação, são figurantes estrangeiros. Ao contrário do que alguns pretendem, nada há de desonesto nessa circunstância, antes pelo contrário: é sabido que a governação do PSD e do CDS agradou muito mais a estrangeiros do que a portugueses. É natural que sejam eles a manifestar satisfação pelo trabalho do governo. [Ricardo Araújo Pereira@Visão]

Paulo Portas, o desempregado

Cartaz Portas

Ao contrário dos cartazes do PS que apresentam dramas da vida real que nada têm que ver com as caras que neles surgem, este cartaz é todo ele um retrato fiel da história do irrevogável. Esteve duas horas (mais coisa menos coisa) desempregado – opção sua, não da entidade patronal – mas foi rapidamente readmitido com direito a uma simpática promoção e todos os benefícios à prova de austeridade que vêm com estas coisas. Pelo caminho fez disparar os juros da dívida pública, causando prejuízos avultados ao Estados, sem que isso preocupasse muito os seus colegas moralistas e respectivas claques, e sem nunca ter tido a humildade de pedir desculpa aos portugueses. Está na hora de o mandarmos de volta para o desemprego. O CDS-PP que o sustente.

Afinal, a coligação PSD/CDS-PP também aldraba em campanha. E não é a primeira vez

PSD cartaz

O cartazgate que está a agitar a silly season atravessou a fronteira do Largo do Rato e chegou à São Caetano à Lapa e ao Caldas. Tratam-se de situações muito diferentes, gritam as claques, da blogosfera da corda até ao jornal electrónico do regime. E têm razão: são situações diferentes. No caso do PS manipularam-se os figurantes, a quem foram coladas histórias que nada tinham que ver com eles, e mentiu-se os portugueses. No caso do PSD o logro atingiu apenas os portugueses, os figurantes não são para aqui chamados porque as suas fotografias vieram de um banco de imagens. Estarei a mentir, com o intuito de iludir os meus concidadãos por motivos de estratégia política? Nada disso: não sou político nem me chamo Pedro Passos Coelho. Mas trago comigo as palavras de um político, José Matos Rosa, dirigente social-democrata encarregue de dirigir a campanha da coligaçãol, que permitirão explicar melhor onde quero chegar: [Read more…]

Portugal não é a Grécia mas o PS pode muito bem ser o próximo PASOK

Costa Messias

Não se percebe o que se passa no Largo do Rato. Trucidou-se o Seguro que até nem fez uma má travessia do deserto, construiu-se um enorme pedestal para D. António Sebastião Costa, apresentaram-se uma agenda para a década e um conjunto de propostas de política económica que até colheram alguns elogios à direita – ou não fossem elas escritas sob a batuta de um liberal assumido – e agora é assistir a este triste espectáculo de harakiri político. As sondagens desiludem e a campanha apresenta-se como uma sucessão de desastres até ao cada vez mais provável apocalipse final. Estará tudo doido? [Read more…]

Rosa amarela

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Alguém havia de avisar António Costa sobre o design que estão a escolher para os cartazes. Não é que me preocupe, mas, caramba, ninguém lá pelo Rato tem olhos na cara para ver que aquele amarelo do Costa não se vê na rua? Já para não falar dos anteriores cartazes que pareciam saídos duma reunião da IURD. Passa-se algo por aqueles lados, sem dúvida.

A cidadania em cartaz

cidadaos-por-coimbra-cartaz
Albert Einstein revisitado, num cartaz para as eleições autárquicas  de Coimbra que bem o poderia ser de tantos concelhos. 

Duas notas: o traço corresponde ao Mondego que por aqui passa, há outra versão com a linha em tempos muralhada da cidade. Por mim falta ali uma outra cor, o azul da CDU (em quem votei várias vezes e que foi convidada a participar neste movimento de cidadãos assumidamente de esquerda mas que apenas obteve o apoio declarado do BE e MAS), que na maior parte destes anos se governou com PS, PSD e CDS, mas compreendo as razões da candidatura independente dos Cidadãos por Coimbra na escolha dos seus alvos.

Rio contra as paredes insurrectas

Há uma proximidade que quase roça o erotismo entre autarcas com tiques autoritários e paredes brancas. Brancas, impolutas, imaculadas, inexpressivas, em silêncio. Paredes ordeiras, sem cartazes nem grafitis. Eles anseiam pelas paredes brancas com um ardor voluptuoso, quase fetichista, e parecem dispostos a qualquer sacrifício para alcançá-las, ainda que seja tão efémero o tempo que lhes é concedido para que estejam juntos.

Rui Rio, a minha bête noir, juntou, aqui há dias, funcionários da câmara, estudantes da Universidade Lusófona e beneficiários do Rendimento Social de Inserção para, numa algazarra de baldes, vassouras e imprensa local e municipalizada, dar início a mais uma etapa da cruzada contra as paredes insurrectas.

Juntou esta insólita brigada e liderou-a pelas ruas mais problemáticas, apontando-lhes o que havia que apagar. Na luminosa manhã de faxina ergueu-se a voar, à roda das paredes conspurcadas voou três vezes, voou três vezes a chiar, e disse: [Read more…]

Não é o fim nem o princípio do mundo

Passaram três meses e o Manuel António Pina já nos fez falta muitas vezes. Já não me acontece pegar no JN e virá-lo para começar pela última página, mas andei semanas a fazê-lo. Imagino que não fui a única. Depois chega uma manhã em que nos lembramos e o jornal fica intocado sobre a mesa. Resignamo-nos às ausências. Se todos os grandes poetas fazem falta, o MAP cronista não o faz menos. Ele sabia que tudo é política e não voltava às costas a nenhum tema. Foi um crítico mordaz e lúcido deste e de outros governos, escreveu sobre economia, direitos sociais, educação, desemprego, crise, desigualdade. E quando lhe apetecia, enxotava a política para fora da sala, e sentava-nos ao lado dele para contar-nos coisas que realmente importam, como a notícia de que haviam nascido três melros na trepadeira do muro do seu quintal.  [Read more…]

Era mas é já estes para a cadeia, os outros iam no sábado

Num país com a indispensável suspensão da democracia para aplicação tranquila das necessárias e indispensáveis medidas de austeridade, como seria desejável para tranquilidade da inteligência dos Burnay do nosso pequeno mundo, esta tal de Gui já andava a fazer bonecos com as unhas numa parede de Custóias. Num país de treta como o nosso ainda fazem reportagens tipo 15 de Outubro: a revolução na ponta do lápis.

E ainda se queixa de lhe arrancarem os cartazes, identificação de coladores com farinha e outros legítimos exercícios mínimos da autoridade, vejam lá a lata da gaja (aposto que não percebe nada de lavores).

Afinal Há Cartazes

CARTAZES PARA QUE VOS QUERO
Sobre cartazes e sobre eleições escrevi em devido tempo AQUI (este com reposição aqui) e AQUI.
Estas eleições em crise económica foram aproveitadas pelos três maiores partidos para se mostrarem solidários com o País, e dizerem a quem os quis ouvir, que nas suas respectivas campanhas não iriam usar os ditos.
PSD, PS e CDS, fartaram-se de o dizer em voz alta e bem explicada.
A campanha começou e logo alguém gritou : – O rei vai nu.
Com efeito, começaram a aparecer já cartazes de propaganda eleitoral de um destes partidos, o PS.
Apanhado com a boca na botija, de imediato os seus dirigentes se apressaram a desmentir o que tinham dito.
Afinal este partido vai ter cartazes eleitorais espalhados pelo País.
Mas, surpresa porquê? A gente conhece muito bem, de gingeira até, o chefe destes senhores, o homem que arrasou Portugal!

Opções de campanha

Depois de o Presidente da República, Cavaco Silva, ter apelado a uma campanha “sóbria nos meios”, o PSD e o CDS garantem que não vão utilizar cartazes, I

Cartazes Para Que Vos Quero (II)

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AINDA ESTAMOS ATOLADOS NELES

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De uma maneira geral, andamos todos os dias pelas mesmas ruas, pelos mesmos sítios, e nem damos pelas diferenças ou pelas não diferenças na paisagem. Mas deveríamos estar com mais atenção.

Desde há uns meses que fomos inundados por cartazes políticos. Cresceram como cogumelos por todo o lado. Eles são grandes, pequenos, médios, estão presos ao chão, pendurados em postes ou suspensos em cabos que atravessam as ruas. Há-os para todos os gostos e feitios.

Já em tempos, escrevi sobre eles, e sobre a sua necessidade.

Neste fim de semana, fui passear olhando "com olhos de ver". Afinal, já há uma semana que se realizou a última eleição desta série de três, e se os partidos políticos e os candidatos foram tão céleres a colocá-los, também o deveriam ter sido a retirá-los.

No entanto, tal não aconteceu. Ainda por aí estão, espalhados por todo o sítio. Uns ainda como novos, outros um pouco degradados e outros ainda, totalmente desfeitos. A poluição visual é tremenda.

Porque se não exige, os autarcas eleitos é que o deveriam fazer, que os partidos ou candidatos que os colocaram, os retirem num espaço de tempo que tem de ser necessariamente muito curto, e que arranjem o que estragaram para os colocarem ? Vamos ter de continuar a "gramar" com este espectáculo por mais tempo? Ainda há, por aí, alguns cartazes das eleições de Junho, muitos das eleições de Setembro, e praticamente todos das eleições de Outubro. Não há multas para quem não os retira atempadamente?

Ou então porque não tomam as Autarquias, nas suas mãos e imediatamente, essa retirada e esse arranjo, e depois apresentam a conta a quem de direito?

Aqui fica a reclamação e a sugestão, dirigidas aos senhores autarcas do meu País.

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