É um partido que é contra falcatruas, excepto as do Vieira.
Contra familiares na política, excepto os dele.
Contra pedófilos, excepto os da Igreja.
“Deus, Pátria e Família” (versão CH), segundo Ricardo Araújo Pereira
Da normalização da brutalidade
Algures numa zona residencial sem interesse estratégico, perto de Kiev, uma família inofensiva e desprotegida foi cobardamente abatida por fogo russo. Adultos e crianças, ninguém sobreviveu à brutalidade.
Habituemo-nos. É frio de se dizer, mas é isto que nos espera durante as próximas semanas. Ou meses. Ou anos. E não foi por falta de aviso. Putin foi muito claro, em 2014, quando ocupou a Crimeia. Mas os rublos eram tantos e o gás era tão barato…
Deus, Pátria, Família e Trabalho: a tetralogia da treta, por André Ventura, parte III – FAMÍLIA
Quando foi eleito deputado, o programa de André Ventura trazia consigo uma inovação que, seguramente, iria beneficiar as famílias portuguesas: desmantelar o Estado Social. Privatizar a Saúde, a Educação, privatizar tudo. Tudo. Mas como alguém foi lá ler o programa e denunciou o plano do Chega, André Ventura fez o habitual número Groucho Marx e, como as pessoas não gostaram das propostas, ele arranjou outras e mudou o programa. Pelas famílias, pois claro.
Outra grande demonstração de preocupação com a família, por parte da Unipessoal de André Ventura, reflecte-se na caça ao “subsídiodependente”, uma classe que, segundo a narrativa oficial da extrema-direita, incluiu todo e qualquer um dos 8 milhões de beneficiários do RSI, onde estão incluídos 6 milhões de ciganos, 10 milhões de afrodescendentes e 156 milhões de árabes, dos quais 290 milhões integram células terroristas ligadas ao Daesh ou à Al-qaeda. Mais milhão, menos milhão, é disto que estamos a falar.
[Read more…]A patética comparação de Estrela Serrano
Quem me conhece e acompanha o que escrevo, certamente saberá que não tenho grande simpatia por Francisco Pinto Balsemão, o embaixador do sombrio Clube Bilderberg em Portugal. Mas uma coisa é não simpatizar (no meu caso é mais repúdio) com o indivíduo. Outra, muito diferente, é alinhar com comparações absurdas como esta, protagonizada por Estrela Serrano.
Estrela Serrano, para quem não sabe, faz lembrar um daqueles bloggers formatados do socratismo, sempre pronta para dar o peito às balas por qualquer donzela socialista em apuros. Como é seu direito. Daí a comparar o regabofe familiar-partidário que se instalou no governo à condução dos destinos de uma empresa privada, onde, naturalmente, os filhos do dono e fundador da empresa têm lugar na sua administração, é patético. Pura e simplesmente patético.
El Sueño Americano
[Helena Ferro de Gouveia]
Estas imagens são retiradas da conta de Instagram do fotógrafo norte-americano Tom Kiefer. Chama-lhes “ El Sueño Americano”.
As posses dos indocumentados, consideradas “não essenciais” são confiscadas, incluindo brinquedos de crianças, bíblias, rosários e roupa.
Nenhuma roupa para trocar é permitida aos migrantes detidos na fronteira norte-americana, nem mesmo roupa interior ou cobertores.
América 2018.
(E não me venham para aqui com o discurso de que os pais usam as crianças para a fuga, se vocês estivessem desesperados e deixassem tudo para trás deixariam os vossos filhos ?
Proteger as fronteiras? Sim, nunca desta forma, com esta indignidade. Falamos de humanos, com um coração que bate como o nosso )
Façam-me um favor e partilhem até à exaustão esta indignidade.
O Homem das Estrelas
Marte não é sítio para educar as crianças – in Rocket Man (Elton John)
A direita, o progresso e a tradição
Se perguntarmos a alguém da Direita portuguesa acerca da Uber, a opinião é unânime e passa por clichés como: “É o futuro, não se pode travar a evolução, um Governo não pode regular o progresso.” Se perguntarmos exactamente às mesmas pessoas acerca dos novos modelos de família, invertem o discurso e disparam clichés como: “Não se pode mudar a tradição, é arriscado fazer experimentalismos, o Governo tem de regular.”
Irónico, não é?
Escola a tempo inteiro
Aí está o debate e, se a economia foi trocada pela política, também agora, no que à Educação diz respeito, fala-se de Escola, de Alunos e de Educação. Mérito, mais uma vez de António Costa.
Vamos então ao debate.
Segundo algumas informações que hoje vieram a público, o governo quer ampliar a oferta de Escola a tempo inteiro, permitindo que todos os alunos possam ter um espaço público de educação entre as 7h30 e as 19h30.
E, começo por acrescentar, que, num debate maniqueísta, onde tivesse que escolher entre um sim e um não, responderia sim.
Sem conhecer a proposta do governo, escaldado que estou com a miserável campanha que tem vindo a ser feita pela comunicação social, escrevo agora no plano dos conceitos, procurando argumentar com o que me vai na alma.
Hoje, a nossa organização social e em especial do mundo do trabalho, são diferentes de ontem. Creio que são múltiplos os factos que comprovam esta convicção – mais mulheres a trabalhar; pais e avós em simultâneo no mundo do trabalho; desregulação dos horários de trabalho; precariedade, etc… [Read more…]
Família, trave mestra de uma sociedade com futuro.
Uma intervenção fantástica do Papa Francisco, durante a visita a Filadélfia, sobre a importância da defesa da Família enquanto trave mestra de uma sociedade com futuro.
Na Terra de Miguel Sousa Tavares
Marinho Pinto não conseguiu fazer com os Verdes a aliança que desejava no quadro do seu mandato parlamentar na assembleia da Europa, e lá terá de se juntar aos liberais, coitado (*). Ele e aquele senhor monárquico do Partido da Terra: boa surpresa eleitoral para uns (Miguel Sousa Tavares, por exemplo, chama-lhe «o nosso PT»), má surpresa para outros – depende da perspectiva com que se olha para as coisas da política, da Terra em que se está.
Preocupado com a desfeita dos Verdes (como se atreveram?), Miguel Sousa Tavares (MST) usou a última parte da sua crónica no Expresso de hoje para atacar os ambientalistas portugueses e, sobretudo, fazer a defesa de uma pelos vistos mais aceitável «convicção pessoal sobre costumes»: [Read more…]
Os 40 anos do 25 de Abril, três dias depois
Hoje soube que era avó. Bem, avó avó não é bem assim, o meu DNA ainda só se esticou uma geração mas avó de afecto ou avó porque ele teve um filho e ele é quase meu filho, ou assim uma coisa do género.
Acho que vou dar melhores notas
Se as notas de matemática são assim tão importantes, caramba, vamos a isso, pela felicidade nacional!
Nota: um excelente vídeo para mostrar a todos os estudantes e, já agora, a todos os pais.
À Minha Tia-Avó Amélia
Um telefonema. A notícia. Foi esta madrugada, agonizando entre as 06:30 e as 08:30 da manhã, que a minha querida tia-avó Amélia soltou amarras. Sabendo-a em doença terminal há semanas, uma daquelas gravíssimas situações dormentes e insuspeitas as quais, mal se manifestam, em menos que nada aniquilam a vítima, tive, na passada Quarta-Feira de Cinzas, um impulso interior poderoso para visitá-la. E fui. Foi como se todos os meus amados mortos do lado materno — o meu Avó Joaquim, a minha Avó Ana, os brasileiros meu querido Tio-Avô Manoel e a minha Tia-Avó Madalena, a minha querida tia-Avó Madrinha Emília, gente que amei e me amou [a Tia Madalena partiu em Agosto do ano em que nasci] —, gerassem no meu coração um ímpeto de despedida e de consolação. Ai de mim se não obedecesse ao que me gritava o íntimo.
Ao influxo das suas vozes vivas, meu coração-vela panda foi ajoelhar-se ao pé daquela lucidez bruxuleante, tomar-lhe a mão, beijá-la, beijá-lá muito, muitas vezes, e à sua fronte, beijá-la muito, muitas vezes, dizer-lhe que me era querida, dizer-lhe que tudo correria bem, invocar numa prece Jesus, o Deus Vivo, Espírito Consolador da Estirpe Humana, ser, enfim, abençoado pela irmã da minha querida Avó Ana, no Seio de Deus há vinte anos.
Logo me reconheceste. [Read more…]
Afinal, PPC tem razão
Tenho que dar o braço o a torcer. Tantas vezes digo mal do nosso Pedro Coelho e, afinal, ele até tem razão. Vi nas notícias que cada vez mais famílias jantam juntas por não terem dinheiro para fazer refeições fora de casa.
Ao contrário do que eu constantemente digo, este senhor é um visionário. Ele sabe bem o que faz. Com a sua sábia acção, junta as famílias em torno da mesa de jantar. Não percebi se se tratava da mesa da sala ou da mesa da cozinha. [Read more…]
Quando eu gosto, eu digo
«Por que temos medo de dizer a uma pessoa que gostamos dela?». Minha mãe, imagino que ela gostasse de mim. Mas ela nunca me disse. Nem o meu pai. Teria sido tão bom se ela me abraçasse e dissesse: «Meu filho, como eu gosto de você!». Dirão que não é preciso. Discordo. É preciso. Escrevi uma carta para meu irmão mais velho que começava assim: «Meu querido irmão Ismael…». Ele me respondeu espantado: «É a primeira vez na minha vida que alguém me chama de querido». E ele já estava nos seus 75 anos de idade! Resolvi que não vou ficar atrás da cortina, espiando. Quando gosto, eu digo.
(Rubem Alves, Do Universo à jabuticaba)
Almoço Aventar, Epifania do Outro
Ao princípio, nunca se faz a menor suspeita de como a palma das nossas mãos e a amplitude dos nossos braços desabrocharão perante a epifania do outro que não conhecíamos, do outro já conhecido. Tudo parece incerto, ou tolhido de ansiedade ou sem quaisquer expectativas que contrastem com a banalidade habitual de se estar vivo e haver vagamente gente que passa ao largo, dia-a-dia. Há quem acalente antecipadamente a alegria do Encontro agendado. Há quem albergue uma migalha de medo, talvez insegurança por causa desta tenda de carne onde moramos, batida pelo sol dos anos, vergastada pelos aguaceiros da dor inescapável. Depois, sem peias, sem reservas, sem barreiras, milagre da comida, sortilégio da bebida, vontade-árvore de dar tudo sem esperar nada, o almoço transfigura-nos e o afecto faz-se torrente, esporo de pólen da Elaeis guineensis, inseminando de milagre e de anti-acaso o estarmos juntos. Tudo concentrado numas horas de nada. Gargalhada daqui, aceno dacolá, um sorriso, um brilho bruxuleante no olhar acalentado pelo brilho no olhar bruxuleante. Falo por mim e, ouso-o!, falo pelos demais amigos do Aventar, ontem, na adega do Casino da Urca, a um passo de Santa Clara-a-Velha: se éramos corpos, ficámos corpo. Mais corpo.
«Mais um copo, Fernando!» «Bela jeropiga caseira, Jorge!» «Não poderia deixar de me fazer acompanhar das minhas filhinhas e da mulher! O Ricardo, igual.» «Vamos no Cozido à Portuguesa.»
O tempo trai-nos. Por ser fugidio e não haver como descarregar todos os ficheiros de quanto somos no âmago, queremos dizer-nos tudo ou ouvir tudo de todos na fracção infinitesimal de um segundo. Só crianças se entregam assim e se partilham assim, numa avidez desmedida, sorte a delas e a nossa, se lhes semelharmos. Pensámos nos aventadores que não estavam. Espreitávamos o que aventavam.
A Maria Celeste esteve connosco. E o que eu nela vi foi grandioso: viagem que fala de si, da Itália ao Amazonas, encanto que pulsa com a vida, com a arte, com o cosmos, com tudo o que Portugal tem de único e admirável. Conversar com a Maria Celeste, abraçá-la, beijar-lhe a fronte muitas vezes, comover-me com ela, rir e pasmar com as descobertas e reflexões dela, recordou-me o quando éramos todos meninos e passávamos certamente toda a tarde a brincar e a interrogar-nos. Às vezes o nosso buraco de adultos é inconfessável, no seu deserto de presenças, e mesmo intransponível, até que a insistência muito além de cordata de alguém nos estende a mão para ressurgirmos à luz. Foi assim comigo. Foi assim, sem dúvida, com a Maria. Mas eu sabia bem ao que ia. Ela, talvez não inteiramente. Esvaiu-se-nos a tarde, fomos felizes mesmo em rebelia contra um tempo impiedoso de tão apressado.
Tanto mais teria eu de pincelar acerca do José João, do seu humor e narrativas; do Fernando, simpatia que incarnou e se fez homem; da neo-aventadora Teresa, espirituosa como poucas; da astuta e bela Carla; da meiga e vivaz Céu; da maternal Noémia; da Lourdes maternal, mulher que eu amo; de todo um grupo sob o deslumbramento das nossas quatro meninas que brincavam por todo o perímetro. Nem faltou um forte abraço à gente boa que tão bem nos acolheu e alimentou. Enfim…
Não, não há palavras!
A família e os impostos que a desfaz
É um substantivo quase impossível de definir. Talvez se possa dizer que é um conceito que tem várias definições, todas elas certas por corresponderem a diferentes maneiras de se vincularem as pessoas. Pela negativa, é mais simples falar de família às pessoas que não têm parentesco entre si, é dizer relações consanguíneas ou por afinidade. Se a relação é entre parentes consanguíneos a definição é mais simples: automaticamente pensamos no pequeno grupo de pai, mãe e descendentes (filhos). Nos tempos da minha juventude, era um grupo que incluía irmãos dos pais, os seus filhos, meus primos, pela primazia da relação entre essas pessoas, todas as filhas ou filhos de irmãos dos pais. Se ainda eram vivos, os pais dos pais ou avós eram não apenas família, bem como eram parte do grupo familiar extenso. Viviam todos na mesma casa, debaixo do mesmo tecto.
Escola Pública e País – cumplicidade de MobiÜs
No último dia do mês de Agosto, o Ministério da Educação e Ciência publicitou as listas de colocações de professores, nokafkiano que vem de há anos. E se quando não havia computadores até se entendia este funcionamento burocrático, é menos óbvia a percepção dos motivos que levam a esta demonstração pública de desrespeito por uma classe que aguarda em frente a um ecrã uma informação: colocado ou não colocado é a dúvida.
E esta atitude, que faz lembrar o olhar do Imperador sobre a arena do circo romano, leva-me para a Fita de Mobius e as suas propriedades onde a fronteira e o interior se confundem, mas onde cada ponto permite um ponto de vista diferente sobre a mesma realidade. Para Nuno Crato, o Ministério da Educação e Ciência não contratou tantos professores como o ano passado porque não precisava deles. Para os docentes que ficam de fora, depois de anos e anos a trabalhar, a sensação é a do despedimento. Para quem está de fora fica a confusão sobre os pontos de vista, havendo, no entanto, uma certeza, que deixo sob a forma de questão – o que pensaria Portugal se uma empresa despedisse quase seis mil trabalhadores de uma só vez?
Um passeio na Fita de MobiÜs seria uma aventura interminável, de cumplicidades permanentes entre o estar fora e o estar dentro, entre o interior e o exterior. É a imagem perfeita para expressar a urgência da Escola Pública em Portugal – uma cumplicidade sem fim com o país, com as pessoas, com o futuro de um povo. Uma união de objetivos e de ideias, mas também de práticas onde a comunidade educativa, com os seus diferentes agentes possa ser exigente com a Escola Pública, assumindo-a como parte de si, como parte de um património que o País não se pode dar ao luxo de dispensar.
Os filhos
Zita é mais rápida no regresso a casa. O trabalho fica para trás a cada quilómetro das dezenas que faz, seis dias na semana. À frente, já só vê os filhos: a «coisa» mais maravilhosa que tem na vida. À noite, mete-se no meio deles, na cama, uma mão sobre as pernas pequeninas dos dois filhos. E eles adormecem com a cara encostada à mãe.
Zita tenta compensar o tempo perdido, longe de quem mais ama. Se ela soubesse como, escreveria um hino aos seus filhos… Como não sabe, diz-lhe que os adora, todas as noites, e aborrece-os com tantos beijos.
A paz que a envolve ali sentada entre os filhos dormindo, é uma paz que reanima, que reabilita, que lhe dá forças para o dia seguinte.
Há sogras e sogras
Os pais trabalham demasiado. E, ultimamente, ainda mais.
O trabalho tira tempo à família. «Tira-nos» a família, é o que é.
Sobra muito pouco para ela: tempo e paciência como gostaríamos. “Educar exige tempo e paciência, e isso é algo que falta aos pais nesta conjuntura”, leio no Público (23 de junho).
E não há muito a fazer: “o emprego precário e o medo de perder o emprego sujeitam os pais e as mães a uma disciplina e a um envolvimento no local de trabalho (…) que tira tempo à família”.
Os filhos estão mais com os outros que connosco.
Acabaram as aulas. A coisa complica-se: «Onde deixar os filhos?»
Que sorte é ter uma sogra disponível que toma conta deles.
Há sogras que são umas «pestinhas», segundo ouço dizer, mas também as há que são umas santas!
Obrigada a estas! São a nossa salvação!!
Eternamente grata, sogrinha.
Primeiro-Ministro esquece-se da filha
O primeiro-ministro britânico saiu de um bar com a mulher deixando para trás a filha pequena.
Nós já sabíamos que os políticos perdem a noção da realidade e do que é mais importante: as pessoas e os valores humanos essenciais. Calculamos que a família de um primeiro-ministro fique relegada para segundo e terceiro planos. Mas não passava pela cabeça de ninguém até hoje, que fossem esquecer um filho num pub, ainda mais uma criança de 8 anos. A segurança do PM não funcionou num episódio doméstico e simples como este.
Todos os políticos sofrem de uma espécie de amnésia que afeta, sobretudo, a família. Essa amnésia é ainda mais aguda se o político fôr PM ou PR. A família só vai aparecendo para a fotografia.
O PM britânico não só se esqueceu da filha no pub, como é natural que se esqueça dela diariamente desde que assumiu o cargo…
Político que é político esquece-se de tudo o que é importante e que vale a pena investir.
Famílias e crise
Hoje é dia Internacional das Famílias.
A família é “amortecedor da crise”, disse Margarida Neto, coordenadora nacional para os Assuntos da Família, hoje à Rádio Renascença.
A família é amortecedora da crise e das crises…
Pena que o Estado não apoie mais as famílias a todos os níveis. Penso, sobretudo, na dificuldade que encontramos, nós pais, em equilibrar da melhor forma possível a relação trabalho/família, no sentido de termos mais tempo de qualidade para os nossos filhos.
PCP, sexo e prazer
Segundo o Público o tema está quente (aqui daria para um trocadilho fácil!) nos States.
Um potencial asterisco a candidato dos Republicanos teme que
“o sexo seja desconstruído ao ponto de se tornar simplesmente prazer”.
Ainda estou a ver o PCP a votar favoravelmente esta questão.
Antropologia da criança. O que era, já não sou. Ou talvez torne a ser o que era.
Para a Sevilhana que me fez e teima em viver!
Digo ensaio com palavras, para não aborrecer o leitor com o elegante palavrão de ensaio com conceitos, que usamos no restrito âmbito da academia. Onde moram os eruditos. Que falam das análises, como se a realidade fosse um modelo feito de conceitos. E não a experiência quotidiana da afetividade e dos tostões. Essas duas moedas de troca entre seres humanos, que acaba por formar o elo fundamental do social: a família, que ouvi comentar a um grupo de garotos e garotas, que falavam na rua. [Read more…]
Uma difícil arte
(Paul Cézanne, Retrato do Pai do Artista, c. 1866)
Às vezes, espreito o que escreve Frei Bento Domingues no PÚBLICO e gosto. Nem sempre concordo, nem sempre compreendo a sua «dureza». Este domingo, talvez pelo uso de palavras mais simples, li a crónica até ao fim.
Julgo que procuramos num texto as palavras que precisamos. Muitas vezes as que alimentam a alma…
Talvez influenciada pelas últimas notícias de idosos que foram encontrados mortos em casa, sós, ao fim de vários dias ou mesmo semanas, as palavras que Bento Domingues escolheu para este domingo 12/2, remeteram-me para essas histórias de vida tristes que não encontraram nos vizinhos e na sociedade a família que não tinham ou que já não os queriam por perto ou que deles se foram afastando por esta ou aquela razão.
Agrada-me e identifico-me com a ideia de “ver o mundo como uma família” e de que a “Igreja deve ser o sinal e o instrumento de um mundo de mãos dadas, de um mundo que tende a entender-se como sendo uma família, na multiplicidade de todos os povos e culturas”.
E sim, é deveras difícil essa “arte de sermos família com pessoas que não escolhemos, mas acolhemos.”
A família da era da crise
Humor. Como diz o ditado, casa em que não há pão todos ralham e ninguém tem razão.
Os conflitos familiares resultantes da austeridade e tributação impostas pelo governo em resposta aos ditames da Troika.
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