Ao cuidado dos donos de gatos:
Sombra garra
Aí no silêncio onde moras
à luz oblíqua de outono
Sou teu íntimo felino
da Garra da tua sombra
Mago devoto na tua luz
Improvavel profeta
ecrã impossível
tocata e fuga
e som
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O Governo, os Cães e os Gatos
Vamos imaginar que o apartamento é um duplex T6. Não pode ter 4 cães e 4 gatos? Bem, se for um T0 é mais complicado. E, já agora, os piriquitos, como é? É que fazem um barulho do caraças. Mais, e os maníacos das cobras, como ficam? Sem esquecer o problema das galinhas e mesmo dos coelhos que, como se sabe, são senhores(as) de forte capacidade de multiplicação.
E se em vez de folclore legislativo, o ministério do ambiente estivesse mais preocupado com as condições vergonhosas da maioria dos canis municipais e do abandono dos animais pelos seus donos? Já para não falar nas touradas e no problema dos animais de circo abandonados.
Isso é que era merecedor do meu respeito.
A propósito de cães e luta de classes
Milito no partido dos gatos desde pequenino. O cão, cão, segue o dono como seguiria o líder na matilha. Há o cão inventado pelo homem para ser assassino, o cão que pastoreia, o cão que guarda, o cão que morde pouco, mas o cão, cão, lambe sempre o dono.
O gato, animal de território pouco dado a bandos, conheceu a mãe, livrou-se dos irmãos, e tem domesticamente perante quem o alimenta o trato estritamente necessário para a sua sobrevivência. Sei segredos, gatos que salvam vidas, mas os meus defuntos não entram aqui.
Por via de uma família que mantinha um cão de matar entalado entre uma varanda e uma cozinha, assunto que naturalmente rebentou na morte de uma criança, anda por aí tanto latido que ensurdece. A esquerda divide-se, a direita devota de uma pomba estúpida, citando o sábio Caeiro, resfolega e puxa para a tourada, uma arca de noé em formato babel.
Tola carnificina de palavras. Mas recordo que os animais, sendo todos iguais são uns um pouco diferentes de outros, adoro um cão, raivoso, este do Sérgio Godinho, que tão bem o explica. E esta é para ti, Raquel Varela, essa do Hitler enferma de uma pequena descontextualização histórico-zoológica: os animais irracionais, legitimamente, defendem-se uns aos outros, não obrigando com isso os racionais a desprezá-los; e depois tens no teu título um erro gramático, não é o cão de Hitler, é sempre o cão do Hitler. Faz uma certa diferença.
Serão os bichos como as pessoas?
É a grande dúvida que sempre tive. Desde o dia que as minhas filhas queriam gatos e porcos de índias ou hamsters em casa, também denominados marmotas-da- alemanha, para tratar e tomar conta deles em casa.Com um carinho, que era impressionante! Eu sempre tinha gostado de cães e cavalos, mas fora de casa, no seu sítio, como essas casotas para os cães e o estábulo para os cavalosMais impressionante ainda, eram as comidas especiais preparadas por elas, mas compradas pelo pai. [Read more…]
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