e o humorista faz o seu trabalho.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Abateu um viaduto novinho em folha (inaugurado há pouco mais de um mês!) que passava sobre a A13, junto a Almalaguês. O piso da mesma A13 abateu em alguns pontos. A “culpa”, diz a imprensa, é do mau tempo. Da chuva. É extraordinário como os media têm interiorizado este mecanismo de desculpabilização de responsáveis e camuflagem de problemas. Como lhes corre no sangue esta tibieza que os afasta do núcleo das mais claras questões, não vão incomodar alguém com poder de resposta.
E, no entanto, tudo isto é tão simples. Se abater uma encosta na serra, a causa é natural. Se abate um viaduto ou o piso de uma autoestrada, a culpa – mau grado a causa eficiente possa ser o mau tempo – é de má engenharia, má concepção e má execução. Se há apenas incompetência grosseira ou dolo – acompanhado das habituais habilidades – cabe a outras instâncias decidir. E pronto.
Ponto da situação em Coimbra: a pátria segura-se, em Coimbra uma bandeira resiste, a Europa foi a primeira a virar-se ao contrário.
Esta tempestade adverte que o uso do governo vai causar ainda mais prejuízos.
Depois das eleições e das manobras do Orçamento do Estado, começam a aparecer as facturas de sucessivas incompetências e mentiras: a bolsa portuguesa caiu a pique por reacção às contas públicas.
Por cá há quem esqueça que se pode enganar muita gente ao mesmo tempo, mas não se engana toda a gente. E enganar os de fora é mais complicado, e os custos sobem, tal como os juros, e nem os parceiros perdoam.
Por cá temos teatro institucional, representado em nobres palcos, como o do Conselho de Estado. A preocupação da elite da República não está na dívida pública e nos seus asfixiantes custos, nas quedas de encomendas ou nos perigosos sinais de asfixia da liberdade de expressão. Nada disso. É antes com uma crise de ameaças provocada por quem não parece querer governar aquilo que ajudou a criar.
Podiam, já agora, debater o estado do tempo, que, também, merece cuidados, a pôr o país em alerta.
Certo é que o melodrama vai continuar, por outros palcos, qual trupe itinerante, porque é necessário reforçar o circo quando escasseia o pão. Ainda que se dê ares que dinheiro não é problema.
Se fosse há uns anos atrás, tipo época de Governo de Direita, o caso Mário Crespo dava direito, até, a intervenção do Presidente da República. Mas os tempos são de Esquerda, isto é são de PS. Será apenas um “problema” do Governo, para “solucionar”, entre o silêncio e o acto de silenciar.
No Governo, além do baile das prioridades entre TGV e estradas novas, é o Ministro das Finanças que quer substitui José Sócrates no papel do “agarrem-me ou eu vou embora”. Teixeira dos Santos ameaçou demitir-se por causa da Madeira. Com a sucessão de casos, João Jardim deve sentir-se elogiado. E por falar em Madeira, os estragos do mau tempo acumulam-se. Mais um argumento para ajudar financeiramente a ilha.
Na China haverá, segundo a OCDE, excesso de créditos bancários. Por aquelas bandas até o dinheiro é mais barato. Esperemos que as famosas casas dos chineses comecem a vender, também, dinheiro ao desbarato. Isso é que era…
Steve Jobs, da Apple, terá criticado a Google e a Adobe, chegando mesmo a afirmar que a Google “quer matar o iPhone”. A qualquer momento espera-se uma abertura de inquérito por parte da Procuradoria Geral da República.
Francisco Van Zeller afirma não comprar produtos estrangeiros. Desconfio que também tem um Magalhães…
Por fim, e como está na moda criminalizar tudo, porque em tempos de fome, a moralidade demagógica aperta, Helena Roseta defende a criação do crime de abuso urbanístico. Já agora, podia-se criar também o crime político, tipo mentir aos portugueses, prometer e não cumprir, etc. É que também convinha moralizar um pouco a política. E que tal ler o Código Penal para perceber que todos os actos que sustentam o chamado “abuso urbanístico” estão lá previstos como crime? É que não há falta de Lei, mas sim de Justiça.
No Haiti, a ajuda humanitária passou a ser a grande preocupação, com com corpos empilhados nas ruas, urge assegurar a saúde pública. De Portugal vai seguir a AMI, e um pouco por todo o mundo seguem auxílios. Mas é já mais do que tempo de começar a ouvir os especialistas para evitar mais catástrofes no futuro. A ciência humana deve ser de todos e para todos.
Por cá o mau tempo continua a fazer das suas e são já dez distritos em alerta, tudo a norte e centro do país. Pelo menos em em Gaia já fez das suas. A malta aguenta…
Também é notícia que em Palmela um café foi assaltado à mão armada e levaram tabaco e a máquina registadora. Vamos lá ver: à mão armada tinha de ser, pois não iam conseguir os seus intentos doutra maneira pois as pessoas ainda não se habituaram a serem assaltadas. Se nós colaborássemos, tudo seria mais pacífico.
Entretanto o Governo vai começar a negociar com a Oposição a viabilização do Orçamento do Estado. Sabemos que estas coisas resolvem-se por telefone, em “encontros informais” e conversas de corredor, mas protocolo é protocolo.
A política externos dos EUA é cheia de coincidências. O facto de estarem em vias de duplicar o armamento em Israel é mais um desses casos. Claro que nada tem a ver com o Irão. A minha dúvida é se, por acaso no tempo de George W. Bush se faria de modo diferente?
Espero que as forças de segurança portuguesas, nos preparativos da recepção ao Papa, se lembrem de estarem atentas ao pessoal que adora atirar-se ao Santo Padre. Este deve ser o Pontífice mais assediado de todos os tempos. Mas, entretanto, a Protecção Civil que cuide de tratar das estradas do Distrito de Lisboa.
Até lá, o povo que se preocupe com o mau tempo que veio para ficar. Isto até parece que estamos no Inverno…
Bem pior está quem vive em Ciudade de Juárez que foi considerada a cidade mais perigosa do mundo. Conseguir bater Bagdade é obra!
Já em Portugal, parece que Catarina Furtado vai andar aos tiros, numa nova série televisiva que se chamará “Cidade despida”, que, por mero acaso, é a tradução do título da série policial norte-americana “Naked City”. A originalidade da nossa produção televisiva é um espanto. Mas os tiros não ficam por aqui, pois pelos vistos um aluno foi baleado num externato em Braga.
Por fim, parece que os alegados etarras queriam instalar um fábrica de bombas em Portugal. Aqui está um tipo de investimento estrangeiro que não tem interesse nenhum para Portugal.
Era um modesto hotel de uma cidade de província. Um desses estabelecimentos semifamiliares, em que o dono parece ter conseguido desenvolver o dom da ubiquidade, não só para controlar os empregados e guardar a sua propriedade, mas também para observar com deleite a nossa cara de susto quando nos surpreendia em cada esquina. Era um […]
OK. Já agora, como é que ficou aquela história do “agora facto é igual a fato (de roupa)”? Alguém sabe? É para um amigo.
É o tema do II Congresso dos Jovens da Família do Coração Imaculado de Maria. Aguardo as conclusões para ficar a saber se sou homem, se sou mulher e se sou de verdade.
Às escondidas. Aguarda-se o anúncio de um feriado nacional dedicado ao terrorismo fascista.
Para ouvir com bolas de naftalina nos ouvidos.
Greve geral nas redacções – página do Sindicato dos Jornalistas.
que pode acompanhar neste link. As primeiras notas, inevitavelmente, dizem respeito ao crescimento da extrema-direita.
Mesmo que não se confirme, o facto de André Ventura apresentar o nome de Miguel Relvas como aliado diz-nos tudo sobre a farsa anti-sistema que o seu partido tenta vender.
de José Pacheco Pereira, regressemos a A São solidária e a função diacrítica de há uns tempos.
Ainda sou do tempo em que o preço do azeite subiu porque mau tempo, más colheitas, imposto é roubo e socialismo. Afinal, era só o mercado a funcionar.
Depois do debate Mariana Mortágua/André Ventura vários comentadores em várias TVs comentaram o dito, atribuindo notas. Sebastião Bugalho, depois de dizer que MM mentiu, diz que ela ganhou o debate. Desde que começou a escrever no Expresso, Sebastião Bugalho marcelizou-se.
Vivi tempo suficiente para ouvir o Ventura dizer que a IL é o partido dos grandes grupos económicos – o que também não é mentira – quando é financiado pelos Champalimaud e pelos Mello.
Depois de o PSD ter anunciado que Luís Montenegro não irá comparecer nos debates frente a PCP e Livre, surge a notícia de que o Sporting CP, SL Benfica e o FC Porto não irão comparecer nos jogos frente a Casa Pia, Rio Ave e Portimonense.
Todos lemos e ouvimos. Todos? A excepção é um canal de televisão cujo estatuto editorial pode ser lido aqui.
A Coreia do Norte tão longe e aqui tão perto…….
Ah! A culpa é da CS de Lisboa! Sim, porque nós somos dragões!
Hoje, isto. Há uns tempos, foi aquilo. E ninguém se queixa. É porque gostam.
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