Polígrafo entrevista André Ventura

Fotografia: Micaela Neto

O Polígrafo entrevistou André Ventura.

Quando soube disto, achei um absurdo um “fact-checker” estar a dar ainda mais palco à extrema-direita, sentimento reforçado quando me lembrei que, segundo o próprio Polígrafo, o líder do Chega foi o político que mais mentiras acumulou em 2022.

Depois deste impulso, fui ler a entrevista. E só tenho de dar os parabéns à Salomé Martins Leal pela condução da mesma, pois fez o jornalismo que já há muito era exigido que se fizesse ao wannabe Bolsonaro cá do burgo, o Bolsonaro da Wish, como uma vez lhe chamou o meu amigo João Mendes. Assertiva, fez perguntas directas e incómodas, encostou o pequeno proto-ditador à parede várias vezes, não o deixando fugir a algumas perguntas e deixando que este se emaranhasse na dualidade do seu próprio discurso. Um must.

Dir-me-ão: “sim, ó João, mas isto só dá mais palco à extrema-direita e pode ser um catalisador para os fazer crescer”; eu respondo-vos que não discordo da sentença, mas que entre deixá-los crescer sozinhos de qualquer forma (sim, a realidade é essa) ou fazer-lhes frente apresentando contraditório, eu preferirei sempre a segunda opção.

Quando alguém quiser voltar a entrevistar este moço de recados do capital reaccionário, recomendo que leia a entrevista e que aprenda alguma coisa com o trabalho que a jornalista Salomé Leal fez; terão muito a aprender. Fica um aperitivo: ao que parece, a IURD, esse antro de bons rapazes, financia o Chega.

Nota para a frase escolhida para ilustrar a primeira parte da entrevista, dita exactamente dessa maneira por André Ventura, que tropeçando nas próprias palavras admite, por mais do que uma vez, que sabe que mente em muitos assuntos.

Entrevista do Polígrafo a André Ventura: 

  • Parte 1: “Eu não minto para ganhar votos”

  • Parte 2:“Não gosto de coisas ilegais. Acha que devemos aceitar pessoas ilegais cá?”

O meu melhor em 2013

Aos 22 do 10, engulo da tv e faço (obrigado Helder) um videopost com o João Almeida a mentir.

Ainda no ano passado chegou ao governo.

Quanto tempo iam durar os cortes nos salários e pensões?

A política como a arte de mentir. Passos Coelho e Vítor Gaspar asseguram que os cortes nos salários da função pública (não lhes chamem subsídios que os salários medem-se ao ano) e nas pensões de reforma durariam até ao final do memorando. Miguel Relvas já treme um pouco. A realidade desmente muito mais.

cromos para a troika

Catequese e a sexualidade infantil.Um Manifesto

os velhos deuses estão mortos, mas o ser humano precisa de rituais-Durkheim-1902

…ritual mapuche para melhorar um doente…

CATEQUESE E SEXUALIDADE INFANTIL. UM MANIFESTO

                      http://www.youtube.com/results?search_query=Beethoven+Para+Elisa&aq=f     

para Angélica Espada, que sabe da Infância e inspirou este texto… 

No seu trabalho inédito Pragmatisme et Sociologie, (cópia do manuscrito em minha posse) proferido na Universidade Sorbonne de Paris, durante o ano de 1913-1914, o velho socialista e materialista histórico, Émile Durkheim, comenta que os velhos deuses estão mortos e a religião em vias de mudança. Eu diria, não ser tanto assim, porque todo o ser humano precisa de ritos, ideias, ética, interacção moral, orientação na criação dos seus descendentes. Donde, a Religião, seja ela qual for, pelo menos define as relações entre pais e filhos, voir mães, pais, filhos, filhas. A nossa língua não tem ainda um conceito para designar estas relações, excepção para ascendentes e descendentes, palavras sem música e indefinidas. Max Weber entre 1904 e 1915, ocupou o seu tempo em definir esses conteúdos entre Chiitas, Budistas, Luteranos, Calvinistas, Cristãos Koptos, Cristãos Arménios e Cristãos Romanos. São, exactamente estes últimos, os que nos interessa entender melhor, por sermos, por um lado, um País em debate sobre a educação sexual da infância, e por outro, um País de

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