O Condestável é assim «tão lindo»? (II)

(continuação daqui por causa daqui)
Com a eleição do rei D. João I, Nun’Álvares Pereira vê coroada toda a sua fidelidade dos anos anteriores, ao receber o cargo de Condestável e Mordomo-Mor. O seu papel na Batalha Real, no Campo de S. Jorge, revelou-se decisiva e fez dele o grande estratega militar da história de Portugal. Já anteriormente abordamos em pormenor aqueles dias intensos que culminaram, em 14 de Agosto de 1385, com uma das maiores vitórias do nosso passado.
Como forma de agradecimento, D. João I concedeu-lhe as vilas de Porto de Mós, Rabaçal, Alvaiázere, Terra de Pena, Terra de Basto, Barcelos, Portel e Sacavém. Anos mais tarde, acabou por doar quase tudo, na condição de continuarem a servir o rei.
Homem de grande devoção, que chegava a rezar à Virgem em plena batalha, prometeu construir uma igreja no local exacto onde estivera assente a sua bandeira. Dedicou-a a Nossa Senhora da Vitória, mas o povo encarregou-se de lhe mudar o nome para S. Jorge.
A Capela de S. Jorge, no Campo do mesmo nome, é o testemunho vivo da promessa do Condestável. A lápide ainda lá está, na frontaria do pequeno templo, a testemunhar promessa de quase 650 anos de antiguidade: «Era de mil e quatro cent’ e trinta e huu anos: nunalvares p(ereira) conde estab’ mandou fazer esta capella a onra da Virge Maria por que en o dia que se fez aqui a batalha que elrey de Portugal ouve co el rey de Castella esteve en este logar a bãdeira do dito conde estabre.»
Depois da Batalha Real, colaborou na reconstrução das instituições do país. Concebeu o plano da criação do primeiro exército real e permanente e ainda combateu em algumas batalhas decisivas. A significativa vitória de Valverde, em Outubro do mesmo ano, consolidou definitivamente a independência de Portugal.
O último episódio da sua vida militar foi a conquista de Ceuta, em 1415. No regresso, deu entrada no convento, largou os títulos militares que possuía, deu tudo o que tinha e adoptou o nome de Frei Nuno de Santa Maria. Depois da sua morte, em 1 de Novembro de 1431, generalizou-se o Culto do Condestável, que viria a ser beatificado em 1918 e eleito Patrono da Arma de Infantaria, pelo exército, em 1945.

Comments

  1. rosarinho says:

    LINDO é o OUTRO, A quem chamam “DOUTO”O SANTO “ENGENHEIRO”, Em questões de DINHEIROÉ um SANTO MILAGREIRO!Façam-lhe CANONIZAÇÃOSalvem a NAÇÃO!(SALVA-ME O HUMOR!DE INFINITA DOR…)

  2. rosarinho says:

    Ó meu menino d’ouro,Ó meu Santo ZézinhoComo tu não há outro,És – lindo – tesouroE rezo devagarinhoÉ tanta a minha dorTanto o meu fervorVou rezando baixinhoQuando cais do Pelourinho?

  3. rosarinho says:

    ISTO anda muito CRUDESFILA O REI – Vai NUEste SANTO é cruelFaz-nos tomar fel.

  4. Luis Moreira says:

    Que inveja!O Zézito a inspirar o sentido poético da Rosarinho…

  5. rosarinho says:

    Este meu Santo ZézinhoDesperta-me RISO-arinho.Poemas não sei eu fazer,Rio-me para não doer.

  6. rosarinho says:

    Meu ” lindo e crido” ZézitoMas que rico dia está!Envio-te este escritoVAI-te embora – JÁ!!!Ler esta minha missivaP´la certa vale a penaNunca é tempo perdido A leitura d’um poema.(Riso-arinhos, Riso-arinhos!!!)

  7. rosarinho says:

    Ó meu “Santo Zézinho”,Ó meu Santo tão “Bonzinho”Tudo me cheira a esturroNão sei como t’aturo.A mim, ainda me chocas,Despertas-me o diabinho,Encho-me de escarninho,Estragas tudo o que tocas.Traduz lá para os ingleses,Estas inquinadas “CODFISH WATERS”Dá-lhes mais alguns meses,Couldn’t care less about (FALSE)”DOCTORS”.

  8. maria monteiro says:

    Nas comemorações do 25 abril, nestes últimos 2 anos, o Carmo esteve aberto ao público com visitas guiadas.Se este ano assim acontecer aproveitem porque vale a pena e até passamos pelo espaço…. do Nuno Alvares Pereira. Se não estiver aberto pelo menos detenham-se por alguns momentos junto da homenagem a Salgueiro Maia que está no chão do largo em frente ao Carmo – Afinal 2 HOMENS da nossa História

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