A caça ao voto no 1º de Maio

Como podem ver na página 64 da Sábado de hoje, a fotografia mostra bem o “ataque” que VM e Ana Gomes sofreram na manifestação do 1º de Maio. Noutra foto, julgo que no “I” ou na Visão, aparece Vitor Ramalho com a sua saliente barriguinha a controlar o feroz ataque!
O Tiago do 5 dias, já desarticulou o “embrulho”! Há um principio fundamental em política. Se a oportunidade não aparece, cria-se!
A delegação do PS foi o que fez, criou a oportunidade de ouvir umas palavras de que não gostou, palavras que os árbitros de futebol ouvem sem queixume. Os socialistas não podem esperar outra coisa, sabem muito bem que VM não é amado por muita daquela gente que comemora o dia do trabalhador, e que não são, necessariamente, comunistas! Dizer que se fica ofendido por, em trabalho político de rua, ser vaiado e/ou levar uns encontrões, é não querer aceitar as regras do jogo. É como levar a namorada ao futebol e ficar incomodado ou por-se à estalada com o sócio do lado que chama “filho da puta” a tudo o que não veste a camisola da cor preferida. A verdade, é que aquele sócio está naquela cadeira há trinta anos a sofrer, se calhar nasceu logo sócio, com o pai e o avô a ver quem o regista primeiro e, depois, leva com um “queque” que se lembrou de impressionar o pai da namorada. Cachecol do “inimigo” e vai de se mostrar à “claque” que vê naquele jogo uma das raras oportunidades de dar largas ao seu “sonho” nunca conseguido! Ou então o árbitro que, coitado, ainda não entrou em campo e já ouve das boas! Eu bem vejo ali em Alvalade, os meus amigos, gente cheia de educação e de “salamaleques” com o pessoal, segundos antes dos jogos, e a emoção a traí-los logo no primeiro lance!
Sejamos sérios! O dia 1º de Maio é um dia de conforto para muita gente que vive o dia a dia cheio de agruras. Não se tente comparar esse estado de espirito a quem procura o 1º de Maio para arrebatar mais uns votos na sua corrida para um lugar milionário! Somos todos contra a violência? Concerteza, a começar pela violência que atenta a dignidade das pessoas, mesmo que não seja essa a intenção!

Comments

  1. Concordo com quase tudo:1. A presença foi uma provocação.2. Espero que não tenham ido à caça ao voto, mas que parece, parece.3. Entendo quem “se atirou a eles”.Mas,há 10 anos consecutivos que vou ao 1º de Maio e nunca bati em ninguém e se eles lá (Porto) estivessem, eu não os ia nem insultar nem bater.

  2. Helena says:

    Eh pá!… Também… Se o homem sai à rua é uma provocação, um insulto, uma afronta. Se tivesse ficado em casa sossegado era porque não se dava ao trabalho de fazer campanha num dia tão importante como o 1.º de Maio. Não estava com os trabalhadores na “luta”.É um bocado preso por ter cão e por não ter…

  3. Provocação? Até pode ser. Aproveitamento político? De certeza. Mas não o estou a ver a fazer manobras e manigâncias para ser insultado ou levar banhos de água. Continuo a bater na mesma tecla.

  4. Carlos Fonseca says:

    Caro Luís, com o devido respeito, pergunto: será que o filme VM já não se transformou numa ‘reprise’, cuja película já nem sequer se rebobina?Mandem o VM e a restante tralha para a lixeira. Não mordam a isca do Sócrates & Cia.

  5. Luis Moreira says:

    O meu ponto não é esse! O meu ponto é que quem anda em trabalho político de rua corre o risco de ser vaiado e/ou empurrado, ou mesmo ,se tiver azar, encontrar alguemque bate mal.Até nós que só andamos a passear na rua já fomos roubados.O PS tentou empolar a coisa numa tentativa de criar um caso.Mas não houve caso nenhum!

  6. Carlos Fonseca says:

    Luís, a minha intervenção não contraria o que dizes. Apenas afirmo que já chega de VM, porque, do uso intensivo de tal specimen, só há aproveitamento de objectivos eleitoralistas de Sócrates & Cia..

  7. Luis Moreira says:

    Sim, isso é verdade!Mas como ontem apareceu a notícia nas revistas achei que valia a pena mostrar que quem anda á chuva molha-se!

  8. Adalberto Mar says:

    NINGUÉM DEVIA SER BATIDO POR MOTIVO ALGUM.NENHUM DE VOCÊS O ACEITARIA.SE FOSSE NOSSO PAI, IRMÃO OU FAMILIAR, NUNCA O ACEITARÍAMOS.NO MÍNIMO DIZER-LHE ALTO E BOM SOM O QUE SE PENSA.BATER..FOI-SE LONGE DEMAIS.EU NÃO BATERIA NA MARIA DE LURDES!

  9. Luis Moreira says:

    Mas Adalberto, quem viu diz que não houve porrada!Houve uns empurrões e nada mais.

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