Raul Solnado perdeu a última guerra

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Era uma vez um país tão triste que ficávamos a olhar para um gira-discos de onde saía a voz do homem que nos contava a estória da sua vida e da sua mãe que tinha ido a Évora, as suas andanças por uma guerra onde se trocava armamento com o inimigo, era uma vez um país onde Raul Solnado foi um extraordinário actor de tudo, e sobretudo um humorista como só voltámos a ter outro chamado Herman José.

Hoje o nosso país tem razões para voltar a estar triste: morreu o Raul, e com ele a memória do tempo em que o humor se fabricava na rádio e no teatro de revista, furando entre os dedos da censura, um humor de areia para quebrar engrenagens.

Obrigado pelo que nos deste. Quem não conhece a obra que fica, pode ouvir aqui um bocadinho:

http://endrominus.wordpress.com/files/2009/08/endrominus063.mp3

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