Atchim, feriado

gripe-mascara

Hoje encontrei um “plano de contingência” para a nova gripe, a aplicar nas escolas, e que corresponde a um modelo nacional, se bem entendi.

A coisa funciona assim: numa aula um miúdo espirra, aparenta ter febre, o professor pergunta-lhe se tem um de vários sintomas (diarreia, dores de garganta, e outra terminologia clínica que não decorei), e confirmado verbalmente um deles chama um funcionário para o levar para a sala de isolamento, já com máscara, limpa os vestígios do espirro com um toalhete, e a aula continua.

Suponho que isto nasceu no Ministério da Saúde, e foi digerido por um burocrata do da Educação, embora também possa ser uma ideia de qualquer outro ET.

No primeiro dia em que tal plano for descoberto em qualquer escola, portuguesa ou do mundo em geral, a malta vai espirrar, em magote, os termómetros não chegarão para as encomendas, no intervalo seguinte os pais saberão, e no máximo em meia hora uma multidão de pais estará em pânico à porta da escola.

Desde que inventaram as jaulas, perdão, aulas de substituição, que os alunos portugueses aguardavam por um brinde assim.

Ou chega um pouco de bom senso a estas almas diletantes, ou desconfio que este ano lectivo vai ter um começo bem original, e que seria mais sensato adiar o seu início, adiando a expansão da pandemia, tanto mais que o efeito prático  em termos de aulas será o mesmo, mas com esta ingenuidade acrescido de uma confusão que se podia evitar.

Comments

  1. dalby-o-calmo says:

    Muito sinceramente, e já sem despudor nenhum e sem sentido DE RIDÍCULO NENHUM ou senso comum, tenho a dizer isto, do mais verdadeiro e sincero, lógico e objectivo: VIVA O ESPIRRO! VIVA A GRIPE E SANTOS ALUNOS! É ASSIM QUE TEM DE SE LIDAR COM ESTE STATUS QUO DE LOUCOS! dalby

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