La vie en rose

Ana Matos Pires descobriu que as relações Prisa/PSOE já foram melhores. Ainda alguém se vai lembrar que as relações com Pinto Balsemão também, ou talvez não, sabe-se lá, etc. Para concluir que eles querem é nota, e portantos pá, só fizeram isto do jornal nas sextas para poupar uns trocos.

No universo bipolar do estado espanhol Zapatero tratou de ter dois grupos de comunicação social em seu apoio, o que a malta até agradece mais que não seja por o Publico.es ser de longe o melhor jornal online da península. O pólo do regime que alterna com o PSOE já os tinha, e Zapatero não é parvo, além de até ser comprovadamente um anti-fascista pelo menos da memória, coisa que no partido socratista já só sobra nos núcleos da terceiríssima idade.

Esta engenharia de esforço dos socratistas para enublar o óbvio, e este nem é o pior exemplo, está ao nível da obra  construtiva e curricular do seu belo e esforçado herói. É  preciso alguma pachorra para entender os humanos quando se fixam em paixões.* Que são sempre cegas, de acordo, dão cabo do racional, sabemos desde a adolescência, mas das quais restará um vazio absoluto quando o herói for apeado.

E quem vai apear esse moço que andou aqui por Coimbra no ISEC, já na altura despertando amores que se derretiam subitamente,** nem vai ser só o povo em forma de votos, serão em primeiro lugar os que hoje mais se perdem de amores por ele.

A profissional Ana Matos Pires explicará isto muito melhor do que, que sou de letras, e apenas falo por experiência de vida. E fica-me alguma tristeza quando vejo mulheres inteligentes naquele estado que me recorda Pavese: “os homens apaixonados são incapazes de criar uma estratégia amorosa”, cito de memória, e mal, mas a ideia percebe-se.

C’est la vie. En rose:

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* isto devia ter um link mas por algum pudor, preguiça e até respeito não tem.

** esta referência é meramente política, respeitando à JSD e à JS. Da vida privada de terceiros só falaria em legítima defesa, e até ver não é o caso.

Comments

  1. A paixão é, por definição, uma ausência de estratégia, meu caro. Quem me dera estar, é boooooom.

  2. João J. Cardoso says:

    Ora quem não gosta. Eu diria que é muito voooooooom, mas mesmo com b sabe bem.

  3. Bem citaste o Pavese para explicar as paixões do homem pela mulher, nada contra, pelo contrário, embora a ARTE DELE fosse compreender e escrever e viver de paixões DELE por ELES!

  4. João J. Cardoso says:

    Não estou muito virado para discutir a sexualidade do meu querido Pavese, Dalby, mas se aceitares um empate técnico, ou seja eles e elas, ficamos por aqui. Não me obrigues é a chafurdar nas estantes que tenho tudo desarrumado.

  5. Sim o Pavese é gay, aceito o empate, e não precisas de chafurdar na tua enorme biblioteca…a palavra chafurdar agrada-me somente num ponto de vista «sensual-sexual», mas no universo das bibliotecas já NÂO! Bom começo de aulas!…Diz-me só uma coisa, se souberes: Porque razão a zona de Coimbra, todas as Beiras, e mesmo o ambiente académico de Coimbra, são tão mal afamados por serem zonas homofóbicas?… Eu adoro Coimbra e as Beiras, mas considero que aquela é, sim sr., uma verdade. Por exemplo, em oposição ao Ribatejo. Há coisas culturais que nunca chegarei a compreender! dalby

  6. João J. Cardoso says:

    Não te posso explicar um fenómeno de que nunca me apercebi. Acho que há tanta homofobia como em toda a parte, o que é muito e demais, e conheço exemplos de “tolerância” apreciável.O pedófilo de serviço em Coimbra na década de 70, que ia para a porta do meu liceu ver se gastava 20 paus, era um conhecido empresário, e destacado militante do PPD, toda a gente sabia e, mais banhada menos banhada, ninguém o chateava. O meu café de estimação foi um local de encontro gay, e nem por isso deixava de ser frequentado por toda a gente. Não estarás a confundir Coimbra com Viseu, de onde chegam estórias de perseguição? Se existe uma geografia homofóbica, eu pintava a zona negra para os lados do interior centro e norte.

  7. Por falar em Coimbra, numa final da Supertaça Porto – Benfica, nos anos 90 (uma famosa em que o Benfica estava a ganhar 3-1 em penaltys, bastava-lhe mais um para ganhar, falhou o seguinte e todos os outros, o Porto marcou todos e venceu o troféu), andava à procura de uma boleia para a Estação da CP e quem parou foi um senhor que eu me parecia já ter visto na televisão. Desfez-se em amabilidades comigo, foi muito simpático e deixou-me mesmo à porta da estação. Tempos depois, vi-o de novo na televisão e reconheci-o. Era o prof. Joaquim Matos Chaves, que, infelizmente, viria a morrer alguns anos depois, penso que, pelo que veio nos jornais, dentro de um automóvel e na sequência de uma boleia, um engate ou algo do género.Ana Matos Pires, seja bem-vinda a esta humilde casa. Humilde mas honrada e muito limpa.

  8. João J. Cardoso says:

    Esse caso não foi único em Coimbra. A prostituição masculina, bem infantil por sinal, funcionava à descarada na zona do estádio universitário, e funciona. Os assaltos continuam a ser frequentes, embora não havendo muitas vezes queixa à polícia.Não meto é isso no território da homofobia: o mesmo acontece com prostitutas, que umas vezes assaltam e outras são assaltadas.Uma das boas razões porque defendo a legalização dos bordéis.

  9. Vocês entendem «homofobia» como oposição a que gays e lésbicas tenham a sua sexualidade. E falam de «pedofilia». NÃOOOOO! NAOOOO..O QUE EU QUERIA REFERIR-ME É AQUELE SENTIMENTO ENTRONCADO E BEM LÁ DENTRO DAS CABEÇAS DAS PESSOAS de verem os gays como algo «anormal»..se aceitam ou não os engates isso é outra coisa, eu disse a atitude homofobica de rejeição por parte do mainstream status quo..Em Lisboa no Parque EVII foram décadas de pessoas a ver tudo, inclusivé a polícia e ninguém queria saber….a homofobia de Coimbra tem a ver com um sentimento inculcado nas suas gentes e na Universidade por exemplo..eu peço-vos uma explicação..vocês dão-me alhos por bugalhos..merci quand même!dalby

  10. João J. Cardoso says:

    Dalby: a conversa é como as cerejas. Há pedófilos heterossexuais, homossexuais e bissexuais, pelo menos.Não vejo a atitude de que falas. Para meu espanto, confesso, um meu antigo colega e actual professor da UC, com funções importantes na Reitoria, saiu do armário e não me consta que tenha levado com um grande sentimento inculcado em cima.Claro que outros não o fazem, que alguns, enfim, tiveram os seus problemas, como em toda a parte acontece.Sabias que o Grupo de Trabalho Homossexual do PSR, que surgiu vai para 20 anos de uma forma pioneira, nasceu a partir de Coimbra, ou mais exactamente, de um texto publicado numa campanha eleitoral em Coimbra?

  11. pronto!!!..já vi que aqui estou a lidar com um «portista dragão mas versão defesa DA ACADÉMICA»…GANHASTE UM PONTO..VOLTO AO ATAQUE UM DESTES DIAS! Tu ainda não percebeste o que eu queria dizer

  12. Quem é aquele «grilo pirulito falante» ali em cima armada em gente adulta que sabe dedilhar uma frase com um quê, pitada de sal psicológico, ali em cima, neste pots, a falar sobre paixão e estratégia?? Cheira-me a moura e a adepta de hipo-socretices!!!? Aquele discurso «dela» parece-me mais vindo do crepúsculo dos deuses em dias de feira…Que vem a ser isto? Não há censura aqui…??? Uma censura saudável que ANIQUILE DE VEZ O RUÍDO DOS CARACOIS A PISAR O CHÃO DA POESIA..? que vem a ser aquilo meus srs, a falar de paixão por ausência de estratégia??Mas não há aí VIM CLOREX para limpar estas pragas mentais? Mas a tipa é prima do Constâncio ou quê..POUPEM-ME PLEASEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEdalby

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