O CDS, a palha e o cigano

O mais curioso na notícia de um (ou dois) candidato do CDS à autarquia de Moura ter sido apanhado em flagrante delito de roubo de palha sob a forma da fardo, não é o gamanço, mas o facto de se tratar, segundo o JN, de indivíduos de raça, ou etnia, o jornalista usa a duas formas, cigana.

Em tempos idos a segurança da direita foi feita por ciganos, não é pois novidade, mas fiquei comovido com esta manifestação anti-racista do partido de Paulo Portas, que se soma a de ter sido o primeiro a eleger um deputado de origem africana, já não falando de ter tido um líder proveniente de Goa.

Chama-se a isto direita civilizada, e é bom que haja.

Já o comentário da líder distrital de Beja, muito católico, peca por uma ligeira amnésia:

Lembrado(sic) a convicção democrata-cristã, Sílvia Ramos foi categórica: “Não vou atirar a primeira pedra” e justificou esta posição com o facto do CDS/PP estar “a fazer um processo de integração”. Refira-se que os dois acusados são de etnia cigana. A concluir, a responsável sublinhou que “meia dúzia de fardos de palha”, não representa nada comparado com os casos “Freeport, Felgueiras e Apito Dourado”.

Portucale, submarinos, lembra-se minha senhora?

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