Mário Soares no «Gato Fedorento»

Não sei se foi impressão minha, mas Ricardo Araújo Pereira pareceu-me nervoso no início. Aliás, durante toda a entrevista mostrou-se subserviente para com o «monstro sagrado» que tinha à frente e no fim até lhe agradeceu.
Passando ao lado do número de netos do ancião, que ficámos muito bem sem saber quantos são, notei que Mário Soares conseguiu dizer, sem se rir, que não é um home de intrigas. Disse também que não é forte em reformas e isso é verdade, como se verificou sempre que ocupou o lugar de primeiro-ministro.
Disse ainda que não gosta que lhe chamem Presidente, quando se sabe que continua a ter à sua volta uma «corte» que o trata como tal. Mais uma vez, conseguiu não se rir quando disse que o PS está numa fase socialista e que esta República está bastante boa.
No final, ficámos a saber que, para Soares, são todos uma tristeza: Blair, Bush, Berlusconi, ele próprio… Ah não, espera aí, dele não falou.

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