1000 milhões famintas / 1100 milhões obesas

É irónico se não fosse trágico, mas a verdade é que podíamos ter 2 100 milhões de pessoas mais felizes e mais saudáveis se o bom senso imperasse.

Resolvido o problemas da produção há que resolver o problema da distribuição. No primeiro, as pessoas tiveram que dar largas à imaginação, à ambição de ter uma vida melhor. Apareceram e organizaram-se os factores de produção que permitiram uma exponencial criação de riqueza. Na distribuição há que dar lugar ao bom senso, à solidariedade, à justiça. Tudo imensamente mais dificil.

Num planeta globalizado, nem sequer podemos refugiar-nos no desconhecimento ou na capacidade de fazer chegar os alimentos onde são precisos. Não chegam às pessoas que morrem de fome porque este problema não é, para o mundo, uma prioridade. Não há por onde fugir.

E o mundo somos nós todos, os que participamos na formação da opinião pública, os que pressionamos para que as prioridades sejam as que são e não outras, os que elegemos programas de governo que não têm uma única linha sobre solidariedade entre as pessoas.

Entretanto, vamos pagando rios de dinheiro em SPAS para emagrecer, em dietas caríssimas e em lipoaspirações dolorosas, tudo porque não conseguimos prescindir do desperdício.

Vamos morrer todos gordos e anafados, cheios de colasterol e diabetes, mas de barriga cheia.

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