Educação no tratamento dos problemas éticos ligados à esfera da saúde. Considerações sobre a necessidade de integração de conhecimentos ligados à saúde no âmbito da educação escolar e social
Muitos médicos, por incompetência, rotina, falta de senso, exigência ignorante por parte dos próprios doentes e por brutal pressão e persuasão da indústria, não passam de meros prescritores de remédios. Por outro lado transformam-se em inventores de falsas doenças e executores de controversas intervenções impostas de forma irreflectida pelos resultados dos abusivos exames subsidiários que se requisitam sem qualquer critério. Falsas doenças muitas vezes criadas pela má execução e interpretação desses exames, desnecessários e duvidosos, ou pela incapacidade de distinguir o essencial do secundário, valorizando achados que, no contexto global, não têm grande significado patológico, e menosprezando situações graves. Todos nós, médicos, agentes de saúde e doentes, de uma forma ou de outra, somos fautores e vítimas deste comportamento inglório, criadores de um desenvolvimento mal definido, mal identificado, mal planificado, mal conduzido pelo pseudo-progresso que o dinheiro e o poder impõem como dogmático.
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