O Símbolo perdido é muito caro

Hoje, por questões de agenda familiar fui "obrigado" a passar uma horita na FNAC. Para aproveitar o tempo resolvi pegar no livro do Dan Brown " O símbolo perdido".

Li e reconheci nos primeiros cinco capítulos o mesmo autor de Código Da Vinci, de Conspiração, de Fortaleza Digital ou de Anjos e Demónios.

Convencido a fazer a aquisição, olhei para o preço… 22,46€.

Achei!

Acho!

MESMO.

Um exagero – na moeda antiga quase 4 contos e meio por um livro…

Pensei, é por ser na FNAC… erro… Continente, Wook, Bertrand

O melhor da concorrência em Portugal! O mesmo preço em todas!

Conclusão: fico à espera da próxima seca que levar no Shoping para continuar a minha leitura!

Nota: será que a Srª Ministra, mulher dos livros, poderá olhar para isto com alguma atenção? Em vez de nos dar a possibilidade de comprar portáteis a 150 euros poderia criar melhores condições para que os professores pudessem ler mais, por exemplo, através das bibliotecas das escolas… Digo eu, que não percebo nada disto.

Comments

  1. Por acaso não gosto nada das obras do Dan Brown mas fruto do tema que serve de base à obra, esta vou ler. Realmente, quatro contos é muito conto de rei! Os livros, tal como a música, deviam ter IVA reduzido.

  2. Concordo plenamente! Como podemos ter uma sociedade mais culta, com gosto pela leitura, quando os livros têm o preço que têm?… Se os senhores governantes estiverem interessados em promover a cultura poderiam começar pela anulação do IVA nos livros. Mas também importante pensar nas margens de lucro dos livreiros, que não são assim tão pequenas.

  3. é verdade, os  livros são muito caros. Mas uma boa forma de contornar isso é pedir um cartão de leitor domiciliário em qualquer biblioteca pública. Só custa o valor da caução, que não é muito alto e só se paga uma vez. 

  4. maria monteiro says:

    é verdade que antigamente eu lia muito mais por via da biblioteca, da troca ou empréstimo de livros do que propriamente pela compra

  5. isac says:

    os livros novos é que são caros. às vezes nos alfarrabistas compro uma saca de livros por 10 euros. e com sorte ainda é possível trocar por livros nossos, sem gastar dinheiro nenhum.

  6. De facto, em Portugal, os livros são demasiado caros. É histórico, nem sequer é um fenómeno recente. São consequências de um mercado pequeno, com edições curtas, que provocam preços elevados. Há outras razões, claro.

  7. maria monteiro says:

    os alfarrabistas é uma boa solução que geralmente utilizo… não vou para uma compra especifica mas sim vou à descoberta de alguma coisa que me possa interessar e… além do ambiente ser excelente, é sempre muito mais barato

  8. Lamento discordar da maioria – os livros não estão caros. Os livros custam o que têm de custar. Tenho vivido, desde há décadas, no meio da edição; vi numerosas pequenas fortunas serem consumidas em aventuras editoriais. No mundo dos livros, só as grandes editoras, geralmente multinacionais, ganham dinheiro com as suas grandes tiragens. Temos de nos lembrar que na produção de um livro se gasta tanto para imprimir duzentos exemplares como para editar duzentos mil – a diferença são custos quase irrelevantes como papel, tinta, horas de máquina… O Dan Brown, o Saramago, o Rodrigues dos Santos, dão lucro às editoras. Lembrai-vos que em Portugal se publicam anualmente milhares de títulos: mais de 90% dão prejuízo. Quem quiser enriquecer é melhor escolher outra área que não a editorial. Para o livro ser mais barato, só com uma política do livro, com subsídios para o que mereça ser editado, mas apenas venda escassas centenas de exemplares. No cinema gasta-se dinheiro em filmes que ninguém vê. Acompanhei um caso de um filme que «nos» custou mais de um milhão de euros e que, durante a semana em que esteve em exibição comercial, teve 57 pessoas a comprar bilhete. Esse milhão e outros davam para subsidiar uma centena de livros, pelo menos. Mas isso, é outra história – trata-se da política cultural que não temos.

  9. florinda says:

    Pode-se contornar tudo, claro! Mas sério, sério: os PROFESSORES DEVERIAM TER descontos, vantagens,  preferência… para adquirirem LIVROS, ENTRADAS EM MUSEUS, CENTROS CULTURAIS… “cartão de professor” para a cultura. Há alguns sítios, quase nenhuns, onde esses descontos são feitos, mas deveria haver mais, ser divulgado e ser motivo de orgulho para um governo/Estado, dar esse “privilégio” aos Professores!

  10. maria monteiro says:

    sério, sério será todos terem o mesmo tipo de acesso à cultura e não haver classes favorecidas…

  11. Creio que todos os comentários estão de acordo numa questão:a importância dos Livros e a necessidade de garantir o seu acesso a mais gente.Sou também da opinião que há uma possibilidade imediata – anular ou reduzir a 5% o IVA dos Livros. Isto iria, se fiscalizado, baixar de imediato o preço dos mesmos.Quanto aos professores, sou suspeito, mas caros leitores, não são os professores agentes transmissores ou, como se diz modernamente, gestores e ou mediadores no acesso ao conhecimento? Serei melhor profissional, falo da prática directa profissional de facto, se ler mais… Parece-me que isto não acontece com muitas outras profissões… Agora que o acesso deve ser mais facilitado a todos, claro que sim :)JP

  12. O problema do preço em livros novos foi instituído pelo próprio sistema. Ora vejam http://www.apel.pt/pageview.aspx?pageid=79&langid=1

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