Na Dinamarca alguém descobriu que estava no século XXI e os finalistas do secundário vão poder consultar a net durante os seus exames finais.
Acho bem. Alguns comentários indignados sobre o assunto já acho mal.
Testes e exames com consulta não são novidade. Exigem uma prova adequada onde se procure avaliar a compreensão e se dispense a mera memorização. A elaboração de tal prova é um mero exercício técnico, e é sabido que o grau de dificuldade aumenta.
Lembro-me de na faculdade os meus colegas sebenteiros se terem revoltado contra tal prática, que os obrigava a perceber o que tinham por hábito marrar. Para azar dos melhores alunos, foram atendidos no seu choramingar, e lá voltámos aos exames onde fazia sentido utilizar a velha cábula.
Passar a consulta de livros, apontamentos e fotocópias, para a consulta na net vai acarretar uma dificuldade extra: a informação abunda, mas seleccionar entre a boa e a má não é fácil, é de resto o maior desafio que se coloca a um estudante neste século. Um esforço extra a superar, portanto.
Os tais comentários, vindos de quem não percebe do ofício até se entendem. Vindos de professores remetem-me para os meus colegas sebenteiros. Sim, a maior parte hoje são professores, e andam por aí. A despejar as sebentas que marraram.
E quando nos apercebemos do analfabetismo funcional que pelas faculdades medra, nada há para temer!
Eu tive um professor de Francês que dizia que podíamos copiar tudo e consultar tudo o que quiséssemos, porque não tínhamos tempo de ter positiva, se não soubéssemos o sufieciente, e outro dizia para respoder ao que sabíamos e depois copiar o que não sabíamos, porque esta seria a maneira de nunca mais esquecermos a resposta certa.
nao utilizar para copianços!
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