Estou a escrever este «post» a bordo de um «Airbus 319» da EasyJet, que dentro de um quarto de hora vai aterrar no Aeroporto de BSL – Basel-Mulhouse-Freiburg (Basileia, seus incultos!). Parti do Porto às 9 menos um quarto, regresso amanhã ao fim da tarde. No total, paguei 55 euros por uma viagem de ida e volta. Com dormida, a festa fica por menos de 120 euros.
Há alguns anos atrás, seria impossível a um português da classe média, como eu, ir passar um fim-de-semana à Suíça e gastar tão pouco dinheiro. Durante muitos anos, aliás, nunca passei de Tuy, na fronteira com Valença. Lembro-me perfeitamente das cabines, onde eram controlados os documentos oficiais, e dos sacos de caramelos que os meus pais traziam de lá – os duros e os moles.
A globalização, a economia de mercado e a União Europeia trouxeram-nos muitos aspectos positivos. A democratização das viagens áereas, às quais tem acesso, hoje em dia, a generalidade de classe média portuguesa, foi uma delas.
P. S. – Alguém sabe se há minaretes em Basileia?
Resposta (brejeira, como a pergunta): – Os minaretes são como o Natal – há-os sempre que um homem e/ou uma mulher queiram.
Kein Sex, bitte, wir sind Schweizer.
Se olharem para ti a armar que não te conhecem, já sabes são de “lá bas”…
não adepta de viagens aéreas vou esperando, mas sentada, pela democratização das viagens terrestres
Maria, as viagens terrestres estão totalmente democratizadas. Basta ter um carrito e massa para o combustível (fóssil, que os outros ainda não há por aí espalhados).
Não era brejeiro, Carlos, estava mesmo a falar dos minaretes.
Carla, o que é isso?
A Carla embarcou na mesma onda, supondo que a tua pergunta tinha o tal conteúdo extra-turístico. Não sei alemão, mas (enquanto ela não responde), parece-me qualquer coisa do género: «Por favor, nada de sexo – somos suíços!» Não me lembro de ter visto a mesquita de Basileia. Por acaso, visitei uma sinagoga.
Pois é, o Carlos explicou muito bem as minhas perversas intenções. Não sei como pude pensar que haveria uma segunda intenção, desculpa lá