O banqueiro Artur Santos Silva (PSD,/BPI/Partex/Gulbenkian/Jerónimo Martins, etc), veio ontem inaugurar publicamente as actividades da milionária Comissão Oficial do Centenário da República.
Como curiosidade, declarou que …”a república representa a afirmação da liberdade e da cidadania, o combate à pobreza e a celebração do Estado de Direito“. Dada a actual situação que o país vive social, económica, financeiramente, na Justiça e no progressivo cerceamento da liberdade de expressão, a atoarda do sr. Santos Silva não deixa de ser uma originalidade.
De todo o babado e risonho discurso, apenas retivemos desta Comissão, a promessa do tal pau de bandeira com cem metros de altura – o laparotismo autárquico do Guinness – e o anúncio de fazer soar A Portuguesa no próximo dia 5 de Outubro, tocada por “centos de bandas filarmónicas em todo o país”.
Fazem bem. O Hino é patriótico, bonito e como se sabe, bastante apreciado por D. Carlos, a quem foi dedicado pelos seus autores. Aqui deixamos em imagem, a capa da partitura original. Talvez o sr. Santos Silva decida publicá-la para o povo ver.
Ainda têm dúvidas?
O hino foi dedicado a D. Miguel II por Alfredo Keil
Rem razão. Diz-se que foi uma dedicatória simultânea, mas gostava de saber mais sobre isto. Deve existir informação e como membro da Casa de Bragança, talvez nos possa facultar mais dados. Ficar-lhe-ia muito agradecido.
O Keil teve algumas ligações com a família real em Lisboa, mas sendo alemão, é muito possível uma ligação a o Legitimismo.