Serviço Público no Aventar

Serviço Público é, num blogue, informar as pessoas sobre assuntos que lhes facilitem a vida, assuntos úteis que preparam melhores decisões, que dão uma visão das coisas e do mundo, mais realistas e mais verdadeiras.

Felizmente que essa preocupação foi das primeiras que nos levou a esta aventura. Por isso convidamos pessoas que sabíamos ter coisas boas escritas e que encontrariam aqui uma forma de lhes dar a única utilidade que têm. Serem lidas.

O Carlos Loures, que é um poço de conhecimento e de experiência vivida, com uma vida cheia de actividades em prol da sociedade, com perigo da própria vida e mal estar da sua família (esteve preso antes do 25 de Abril, por razões políticas) deu-me uma luta do catano antes de aceitar juntar-se aos Aventadores ( os meus amigos comuns diziam para eu desistir). Está aí! Como eu, há milhares de pessoas que leêm histórias e conhecem factos e nomes que de outra forma não conheceriam.

Não vou referir aqui mais aventadores com textos de grande nível, até porque seria uma tarefa inglória e injusta, há sempre alguem que fica esquecido.

Mas tudo isto, tem como objectivo dar o meu humilde testemunho da nobreza de um grande homem, com quem muitas vezes tenho tido desavenças ideológicas, que não conheço pessoalmente, mas que admiro muito. O Adão Cruz, tem hoje um texto de grande nobreza que poucos médicos teriam a coragem de dar à estampa, mas que não poucos já mo confirmaram em surdina.

Depois do tráfico de armamento e da droga o mais rentável negócio é o da saúde! Como é que a saúde das pessoas se transforma no terceiro negócio mais rentável? Porque é que este negócio não é liderado pelos Estados? Como se erradicam doenças que não dão lucro, porque são poucos os doentes ou porque são pobres ?

No principio da minha vida profissional estive no Gabinete de Estudos Económicos de um banco, onde analisava empresas e risco  de crédito, entre as quais empresas ligadas aos medicamentos. Ora, nos relatórios, era frequente os resultados bons ou maus serem justificados porque, por exemplo, o inverno tinha sido pouco rigoroso e não tinha havido nem gripes nem pneumonias!

Só falta cantar umas missas para o pessoal estar todos os dias entre a vida e a morte  não vá a rentabilidade baixar…

No Ministério da Saúde, eu e mais alguem demo-mos ao trabalho de comparar as várias marcas comerciais de um determinado “principio activo”. Esse meu amigo tomava o medicamento mais caro que custava se bem me lembro , na altura, 14 contos e o mais barato, com a mesma dosagem, custava entre cinco e seis contos!

Adivinhem lá qual é que se vendia?

Pedro Passos Coelho almoça com Bloggers – Parte 1:

O que faz um regionalista convicto e blogger amador percorrer seis centenas de quilómetros para almoçar num dia de trabalho e de intenso dilúvio?

“Sou a favor da existência do Rendimento Social de Inserção”

O respeito por um político que considera fundamental ouvir as opiniões e as perguntas dos diferentes bloggers portugueses. E se ele nos respeita, quiçá exageradamente, seria desrespeitoso não aceder ao convite. Independentemente das questões ideológicas, sejamos de direita, esquerda, centro ou de nenhuma delas, não podemos, enquanto animadores desta realidade denominada blogosfera, deixar de reconhecer que Pedro Passos Coelho é, que me lembre, o primeiro político à direita do Partido Socialista que nos considera. Mais, que se presta a ser interrogado por terceiros e sem rede. Meus amigos, completamente sem rede – nem um papel de apoio, nem um assessor a soprar ao ouvido, nada. É ou não é coisa rara?

O encontro estava marcado para as 13h no restaurante Spazio Buondi em Lisboa. Nele compareceram o Aventar (repetente),  o 31 da Armada, o Albergue Espanhol, o Insurgente, o Delito de Opinião, o Blogue de Esquerda – se falta algum, desde já as minhas desculpas. Não querendo repetir a prosa do nosso Miguel (nem tenho arte para tal), gastarei apenas uma linha para as questões gastronómicas: passei ao de leve por algumas das entradas (presunto, queijo fresco, ovas e sardinhas de escabeche), comi um bom rosbife e terminei com dois cafés.

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O que se passa por esse mundo fora


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O filme de James Cameron está nas bocas do mundo. A caminho de ser o filme mais lucrativo de sempre, os críticos continuam divididos.
Agora surge uma outra polémica. O filme, dizem, não é próprio para pessoas sensíveis. A classificação, que impõe a idade mínima para poder ser visto, e que era aqui em Portugal «para maiores de seis anos», vai passar para um dos escalões acima. Se calhar até, «só para adultos». E isto porque, por esse mundo fora, há casos de depressões e até de tentativas de suicídio, provocados pelo visionamento do filme. Isto com pessoas sensíveis é assim!
Em Portugal, não há casos desses. Os Portugueses são fortes, física e mentalmente. As dificuldades por que passamos, os problemas de todos os níveis que vivemos, a falta de empregos, os ordenados baixos (para os afortunados que têm trabalho remunerado), a crise no ensino, a crise política, a crise económica, a crise e a crise, e ainda a crise governamental que a todos nos afecta, dão-nos uma capacidade (de sacrifício e de aguentar as adversidades) que se calhar os outros povos, chamados de evoluídos e economicamente estáveis, não possuem.
Desta forma não sofremos por não termos o que os outros têm. Não entramos em depressão porque há países nos quais os seus habitantes vivem muito melhor que nós. E acima de tudo não nos passamos dos carretos porque um filme retrata uma vida que não existe e que se existisse seria muito boa e até, quem sabe, fantástica.
Nós os Portugueses, somos fantásticos.

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Coelho e Parreirão arguidos, novidades só no continente

Jorge Coelho e Luís Parreirão, seu anterior Secretário de Estado que o acompanhou na transferência para a Mota Engil, foram constituídos arguidos num processo que investiga transferências de dinheiro entre a Câmara de Santarém, o CNEMA (propriedade da CAP) e as Estradas de Portugal.

Em causa 4,5 milhões de euros. Sobre o assunto Jorge Coelho afirmou:

“Esse processo desenvolveu-se há 11 anos e não tem nada a ver com a minha vida actual. Espero que o responsável seja punido, mas não tive nada a ver com isto.”

11 anos? Hum… prescrição, tudo bons rapazes. Mais uma campanha negra. O PSocrátes está habituado.

O Haiti ainda existe?

Foram 7 graus na escala de Richter. Em 30 segundos. Meio minuto. Talvez 100 mil, segundo uns, talvez 500 mil, segundo outros. Mortos. E feridos. Muitos milhares, talvez milhões de desalojados. Não sei. A informação é escassa. Só os próximos dias poderão transmitir a dimensão da tragédia. E é de uma tragédia que aqui falamos.

haiti-terramoto-1301

O Haiti não é um país fácil. Nunca foi. Primeiro colónia de Espanha, a Hispaniola, assim baptizada por Colombo. Depois ocupada pelos franceses, por ‘concessão’ de Espanha. Foram várias as revoltas que o povo da ilha liderou. Contra a escravatura, contra o domínio dos colonizadores. Apesar da independência no início do século XIX, a ilha acabou dividida, criando-se a República Dominicana e o Haiti, sob possessão gaulesa.

Em 150 anos houve líderes depostos, muitos assassinados, convulsões políticas, golpes de estado, ditadores vários, terror, anos de terror, por fim alguma paz. Ligeira, passeando em cima de uma corda bamba, cheia de momentos de medo.

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Contrastes

Mazagão

Harém de ministro mouro embarca em Mazagão. postal antigo

A minha primeira ida a Marrocos aconteceu em Janeiro de 1976 e posso afirmar que o meu coração ficou por lá. Não sei se pelo fascínio que o país exerceu sobre mim, se por alguma identificação inconsciente sentida, ou se por algum despertar da memória de uma anterior vida passada do lado de lá do Estreito.

Aliás, parece ponto assente que Marrocos é tudo menos indiferente ao olhar da maioria dos portugueses que o visitam, suscitando sentimentos apaixonados, muitas vezes de sinal contrário, e assim foi desde tempos recuados.

Esta constatação é notória na obra “A imagem de Marrocos nos relatos de viagens dos Portugueses (1870-1996)”, uma compilação de textos de viajantes portugueses a este país do Norte de África, da autoria de Abdelmouneim Bounou, publicada pela Universidade Sidi Mohammed Ben-Abdellah de Fez em 1998. Nestes textos é patente o fascínio que Marrocos exerce nos viajantes portugueses, os sentimentos que neles desperta, o mistério que encerra. De entre todos, o texto de Ruy da Câmara “Contrastes entre Europeus e Mouros”, que de seguida se transcreve, ressalta pela forma como as diferenças que o viajante encontra no país que vai descobrindo são de tal forma surpreendentes, que o autor termina com a frase “Tal é este originalíssimo país. Tal é esta originalíssima civilização!” (CÂMARA, 1879, pág. 301) [Read more…]

No Centenário: o fim das ilusões operárias


Interessante texto para ler A Q U I

“O Governo, já só quase exclusivamente interessado na distribuição de “poleiros” (Bernardino Machado ganha o apelido de “São Bernardino”, nas ruas de Lisboa), deixa progressivamente o País entregue aos vários interesses económicos que povoam o território.Em Janeiro de 1912 dá-se o inevitável, o divórcio entre as massas operárias e a República consuma-se .O Cálvario da I Republica tem assim o seu ínicio e fim no 1º e único Governo de esquerda que existiu até à III República, o Governo de Domingues dos Santos (1924-1925), o último suspiro eleitoral da I República e o principio do fim da aspiração a um Estado Democrático.”

Por Ricardo Gomes da Silva, in Centenário da República

Aventar com Pedro Passos Coelho, parte II

Depois do Porto, Lisboa. Pedro Passos Coelho, candidato à liderança do PSD, voltou a reunir com representantes dos mais prestigiados blogues nacionais. Desta vez em Lisboa. Depois de ter marcado presença no encontro do Porto, Aventar também esteve no de Lisboa, através de Fernando Moreira de Sá.

Mais logo, vamos saber tudo sobre o almoço. A comida, as palavras, as perguntas e as respostas, as roupa, da lavada à suja, e, claro, os temas fortes. Do casamento homossexual, passando pela adopção por casais gay, pela liberalização das drogas, a economia, a política interna e externa do PSD.

Enfim, vamos contar tudo. Mais logo, no Aventar.

A soberania da nação e o sermão do monte

Primeiro governante de Portugal era Rei

Afonso Henriques autoproclama-se Rei em 1128, após batalha de São Mamede

Ensaio de Antropologia Política e da Religião

Portugal nem sempre foi um país soberano. Nasceu do Império das Astúrias e foi governado pelo Infante Afonso Henriques ao longo de mais de sessenta anos. O infante (príncipe) d. Afonso Henriques é filho do conde Henrique de Borgonha e de d. Teresa, bastarda do rei Afonso VI de Castela e Leão. Quando morre Afonso VI, inicia-se uma disputa entre a mãe deste (d. Teresa, a herdeira legítima) e vários outros pretendentes ao trono. Entre eles, o seu próprio filho. Ganha a Guerra e expande os territórios do Condado de Portugal até expulsar os mouros de grande parte do actual território português e faz do país o primeiro na Europa com consciência de nacionalidade, unidade e soberania. D. Afonso I de Portugal, mais conhecido pelo seu nome de conde, Dom Afonso Henriques, (1109 (?) — 6 de Dezembro de 1185) foi o primeiro rei de Portugal, conquistando a independência portuguesa em relação ao Reino de Leão em 1143 no tratado de Zamora.

Em virtude das suas múltiplas conquistas, que ao longo de mais de quarenta anos, mais que duplicaram o território que o seu pai lhe havia legado, foi cognominado O Conquistador; também é conhecido como O Fundador e O Grande. Os muçulmanos, em sinal de respeito, chamaram-lhe Ibn-Arrik («filho de Henrique», tradução literal do patronímico Henriques) ou El-Bortukali («o Português»).Em 1139, depois de uma estrondosa vitória na batalha de Ourique contra um forte contingente mouro, D. Afonso Henriques autoproclamou-se rei de Portugal, com o apoio das suas tropas. Segundo a tradição, a independência foi confirmada mais tarde, nas míticas cortes de Lamego, quando recebeu a coroa de Portugal do arcebispo de Braga, D. João Peculiar, se bem que estudos recentes questionem a reunião destas cortes. [Read more…]

Uma perspectiva islâmica no Aventar

Mesquita do Sultão Hassan e a de Al-Rifai por feaemarco.

As primeiras palavras com que o visitante depara na página de entrada do Aventar são as seguintes: Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar. Blogue pluralista.

Pois somos cada vez mais pluralistas e expomos ao vento, a partir de hoje, com um novo aventador. Frederico Mendes Paula é arquitecto, reside no sul do país, é amante e estudioso da cultura árabe, converteu-se ao Islão.

Pedi-lhe umas linhas de apresentação e recebi o texto que a seguir publico na íntegra. Em vista do mesmo, não é necessário que eu faça as introduções. Melhor do que ninguém, Frederico  apresenta-se a si próprio:

“Desde meados dos anos 70 que me senti atraído pela cultura Árabe/Islâmica, tendo frequentado o curso de Árabe Clássico e Cultura Muçulmana da Universidade Nova de Lisboa até ao 3º nível (1978-1980).

Desde 1975 que comecei a visitar regularmente Marrocos, tendo também passado 3 semanas na Tunísia em 1982 a fazer um estudo sobre a habitação degradada na Cidade de Tunis, integrado num curso pós-graduação que frequentei na Holanda.

Publiquei em 1997 um livro sobre Lagos no Período Árabe.

Mantenho desde essa altura uma grande ligação com Marrocos, país que visitei umas quantas dezenas de vezes (49 mais precisamente), não só em turismo como profissionalmente, concretamente tendo sido enviado em 2001 pela Câmara Municipal de Lagos a Al-Hoceima para estabelecer protocolos de cooperação com dois municípios dessa província (Ait Youssef Ouali e Imzouren) e reunião com o Governador da Província, participado como conferencista num curso pós graduação sobre Arqueologia / Património Arquitectónico e Natural / Turismo Cultural na Universidade de Tetuan em 2005 e no III Seminário Luso-Marroquino em 2007 em Marrakeche com uma comunicação sobre a Influência Islâmica nas Técnicas Tradicionais de Construção no Sul de Portugal. [Read more…]

SIGNIFICADO – A música Portuguesa se gostasse dela própria #1

Trata-se do novo filme de Tiago Pereira, uma produção/encomenda da d´Orfeu Associação Cultural. Estão disponíveis três trailers para divulgação, com grandes e não tão grandes nomes, todos eles importantes para que a música portuguesa goste de si própria.

O Aventar apresentará um trailer por dia, começando hoje.

PS: Por motivos a que somos alheios estes vídeos foram retirados, dando lugar a um único trailer. Pode ser visto aqui.

http://www.facebook.com/v/241712201529 [Read more…]

O consumidor protegido jamais será

Um gajo apanha aqui a hiperligação para o  local do Portal do Consumidor onde se pode inscrever na Lista nacional de não recepção de comunicações publicitárias, uma boa ideia para evitar receber sms’s publicitários que quanto ao imaile deixem-me rir.

O gajo preenche aquilo, e carrega em enviar e aparece uma janelinha a dizer:

Por favor preencha o n.º de telemóvel ou e-mail

e estranha, estava preenchido, repete o gesto. Sendo o gajo um gajo calejado nestas cenas de portais do estado, decide experimentar noutro navegador, o explorador que o sr. Gates impingiu ao mundo através do truquezinho de o instalar como navegador por defeito no windows prái 95 se bem me lembro.

Funciona. À primeira. O Portal do Consumidor força-me a consumir um produto que detesto, e que guardo para estas emergências de ter de lidar com autores de portais incompetentes e tão tótós como quem os contrata. Se estivesse a usar outro sistema operativo nem essa hipótese tinha. Tal como no Portal das Finanças. Mas no Portal do Consumidor deve ser piada, o gajo é que não achou nenhuma.

Aqui chegado o gajo vai ver quem fez o portal, uma tal de Master Link, se quiserem lá ir carreguem em  incompetentes, consulta a lista de clientes onde se destacam:

ANQ  ASAE  Assembleia da República MOPTH Cinemateca CNB DGAE  DGADR  DGC  DGE  DGERT DGEG DGFV  DGPC  DGS  DGC ENIDH  GEE ICAM IGAC IGAL IGAS IQF  IGF INE   Ministério da Economia e da Inovação  Ministério da Saúde   Secretaria-Geral do Ministério da Cultura Secretaria-Geral do Ministério das Finanças  SAEF Teatro Nacional São Carlos

Faz-se luz, o gajo topou a natureza da coisa. É uma empresa fortemente vocacionada para prestar serviços ao governo, perdão, ao estado.

Ah, já me esquecia: a funcionalidade do portal é muito avançada. Tem uma barra lateral onde o velho elevador é substituído por 2 botões. Nunca tinha visto. Ainda deve estar para ser inventado, tal como a roda do rato.

E na ficha técnica dizem: Em termos de navegabilidade este sítio é compatível com os browsers Internet Explorer, Netscape e Firefox. Para quem não saiba o Netscape, que se danou com a golpaça da Micro$oft, desapareceu há anos.  O funeral está aqui. São compatíveis com os mortos. E mentem em relação aos vivos.  E no governo, perdão, no estado, gostam deles e nem reparam porque usam os navegadores do tio Bill, que uma vez até cá veio, lembram-se?

Fotos fantásticas do Dakar

Para quem gosta de fotografia, a não peder estas fotos do Dakar!

O que se diz por aí

Dia terrível este, com o início da avaliação das consequência do sismo no Haiti, que terá afectado 3 milhões de pessoas. Também haverá portugueses afectados, incluindo funcionários da ONU e da UE.
Apesar da força transformadora do Homem, é nestes momentos que se vê o quanto somos tragicamente frágeis face às forças da natrureza.
Entretanto a actualização da informação é constante, sendo quase de hora a hora.
É interessante ver como as redes sociais são já um instrumento de ajuda humanitária.
Por cá, o PS já admite mudar acerca da adopção por casais homossexuais se o Tribunal Constitucional entender que a norma proibitiva no diploma aprovado for inconstitucional. É caso para dizer: Que remédio!…
Mais um problema num avião que partiu da Holanda, desta vez com destino a Arruba. Foi desviado para a Irlanda sob ameaça de bomba por um passageiro. A continuar assim, ainda se cria um novo adágio popular: da Holanda, nem bons vôos nem bons passageiros…

"O maior escândalo do século na medicina"

“O maior escândalo do século na medicina”

( Façam o sacrifício de ler, pois creio que vos trará algum proveito)

Exerço clínica há quase 50 anos, desde uma clínica um tanto primitiva da primeira fase da minha vida, em plena serra da Gralheira e no interior da Guiné, até à clínica especializada da maior parte da minha vida. Portanto, tenho direito a algum crédito naquilo que digo. E o que digo não é bom nem agradável.

Clama o Sr. Wolfgang Wodang, presidente da Comissão de saúde da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, que a campanha da “falsa pandemia de gripe, criada pela Organização Mundial de Saúde e outros institutos em benefício da indústria farmacêutica, é o maior escândalo do século na medicina”. Ele vai pedir um inquérito para analisar a pressão que os laboratórios terão exercido sobre a Organização Mundial de Saúde. De facto, mais grave do que isto não é fácil conceber.

Claro que, como diz o povo, “tarde piaste”, ou “agora agarra-lhe no cu com um gancho”, ou ainda “agora adianta-te um grosso”. Com cinco mil milhões no papo, a indústria farmacêutica faz um manguito e farta-se de rir à gargalhada. Só não estará totalmente satisfeita, porque uma boa parte da população já tem os olhos mais ou menos abertos, muitos médicos e outros agentes de saúde não são otários, e, portanto, marimbaram-se para o esquema, mandando às urtigas as vacinas, senão não eram cinco mil milhões, mas dez mil, quinze mil ou vinte mil milhões. A não ser que os governos já as tenham todas pagas, mesmo as não utilizadas. Se assim for, só lhes resta ensopá-las com batatas.

De pés bem assentes na minha vida e experiência clínicas, com a responsabilidade que sempre procurei ter, mas de pé atrás pelas inúmeras patranhas a que há anos estou habituado, e também avisado desde início desta “pandemia” pela análise lúcida e isenta de muita gente, quer do mundo médico quer do mundo político, como por exemplo o Prof. Vaz Carneiro e Ignatio Ramonet, eu não tomei a vacina, não a prescrevi nem a aconselhei a nenhum dos meus pacientes, nem tão pouco aos meus familiares, nomeadamente filhos, noras e netos. E não estou arrependido. Nem eles, creio eu. [Read more…]

Macacos a escrever à máquina

As probabilidades dizem-nos que, dado tempo suficiente (leia-se quase infinito), um chimpanzé a digitar aleatoriamente, seria quase certamente capaz produzir todas as peças de Shakespeare.

Parece uma ideia descabida essa de escrever coisas aleatoriamente para tentar obter um qualquer resultado, mas a verdade é que é mais ou menos isso que muitos de nós (humanos) fazemos quando temos que escrever as letras, habitualmente deformadas, que alguns sites nos obrigam a escrever, para assim nos deixar aceder a algum conteúdo, ou simplesmente para deixar um comentário no blog.

E não é pouco o tempo que o mundo todo gasta nisto, os 200 milhões de CAPTCHAs preenchidos diariamente levam-nos 150 000 horas.
Luis von Ahn, o inventor dessa técnica chamada de CAPTCHA achou que estava a fazer perder demasiado tempo à humanidade e imaginou uma forma de conseguir transformar esse acto banal em algo mais produtivo.

O resultado foi o ReCAPTCHA, uma ideia simples e engenhosa, como costumam ser as boas ideias, que permite recuperar estes segundos que desperdiçamos em vão num contributo para algo mais interessante que é a digitalização de documentos.

Assim, em vez de escrevermos conjuntos de letras aleatórias, passamos a ter que escrever 2 palavras, uma aleatória e outra que é uma palavra real, de um livro real, que foi digitalizado, resolvendo assim os problemas que mesmo os melhores sistemas de reconhecimento de caracteres (OCR) ainda não conseguem ultrapassar.

O resultado concreto deste trabalho é que, entre outras coisas, até ao final de 2010 o arquivo do New York Times (mais ou menos desde 1850) ficará previsivelmente todo convertido em texto.
Mais informação na apresentação que Luis von Ahn deu na ultima sessão de PopTech 2009.

Memória descritiva: o Movimento Setentrião

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Nesta fotografia dos coordenadores da revista Setentrião (nºs 2 e 3), datada de Julho de 1962, vemos da esquerda para a direita, António Cabral, Carlos Loures, Eduardo Guerra Carneiro e Ascenso Gomes.
Cheguei a Vila Real ao meio-dia de 28 de Dezembro de 1961. Partira de Lisboa na véspera com o António Barahona da Fonseca e a Luiza Neto Jorge, na altura casados. Ele ia ocupar o lugar de Encarregado de Biblioteca numa cidade a Norte, Bragança, salvo erro. Viajámos no carro da biblioteca itinerante dele, conduzido pelo respectivo motorista. O carro-biblioteca que me era destinado e que estava em Vila Real desde o dia 22, ardera completamente com o seu recheio de 5000 livros. Eu iria utilizar um carro velho que chegaria de Lisboa, antes da inauguração cuja data seria cumprida. A Gulbenkian encomendara já outro carro à Citroën. [Read more…]

O que se diz por aí

É voz corrente que a chuva e o vento põem Portugal em estado de alerta. Compreende-se que as intempéries causem esse estado. Pena é que a dívida pública, a insegurança ou o desemprego, por exemplo, não causem o mesmo efeito. Mas deve ser por causa do tal ilusionismo de que fala Jerónimo de Sousa, que já começa a atingir o pico do hipnotismo com as novas previsões do Banco de Portugal sobre o crescimento do PIB.
Sem ilusionismos dois automóveis foram engolidos, devido ao rebentamento de uma conduta de água, em Rio Tinto. Já não bastava o carjacking…
Filipe Menezes afirma que seria uma tonteria excluir-se de qualquer cargo do PSD. A questão é se não seria uma tonteria ainda maior aceitarem-no?
No processo movido pelos McCann contra Gonçalo Amaral, existe um sério risco do feitiço se virar contra o feiticeiro. Para além do apuramento de eventuais responsabilidades, será interessante acompanhar o escrutínio que se irá fazer sobre métodos e rumos da investigação criminal e da influência da comunicação social em Portugal.
No Porto, a PSP deteve 19 pessoas numa operação de combate ao tráfico de droga. Agora quero é ver como vão decorar a mesa com as doses apreendidas. Sempre apreciei o modo como fazem a disposição do material apreendido, digno de um decorador profissional. Oxalá haja também dinheiro e armas e munições, para dar mais cor.
Por fim, é apresentada hoje uma nova vacina que previne a meningite, a sépsis, a pneumonia e otite médica aguda, para crianças dos seis meses aos cinco anos. Por azar, não é comparticipada…

Já chegamos à Madeira

Aos poucos, a questão dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo vai sendo discutida pelo país fora, depois do caso português ter sido noticiado em todos os jornais importantes, até o NYT. Mais pacoviamente, dois jornais da Madeira falaram pó CONTENENTE, para me ouvirem. Um deles, corajosamente, porque vende, fez disso hoje primeira página, com fotos e tudo. Aqui fica o link para quem quiser saber as diversas abordagens que se vao fazendo pelo pais fora sobre este assunto que tanto perturba algumas consciências moralistas, ao verem a sua coutada machista, invadida, inesperadamente, pelos homossexuais.

Parece que foi uma noite louca

Haiti, mais terror. Desta vez natural

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Paciência dos pobres, quem te conseguirá esgotar algum dia?

François Mauriac

Desculpe, importa-se de repetir?!

Como se pode esperar, a árvore não tapa a floresta, mas seria de bom tom dizer umas verdades a este doutor de etiqueta.

Libertação imediata do camarada Carlos Santos, o povo vencerá!

Há anónimos de quem gosto, porque lhes vim a conhecer a identidade e, sobretudo, a personalidade, e anónimos em blogues de esquerda, de direita, de cima e de baixo. E exagera também ao incluir a Jugular na lista de blogues com anónimos: tanto quanto sei, todos assinam pelo seu nome (apesar de, se te lembrares, nunca ninguém ter visto o Rogério:).

(…)

Algumas piadas e ameaças a jornalistas e editores de jornais, são inócuas vindas de mim ou de ti, e não o fazemos. Mas, se se demonstrasse, virem de assessores de um qualquer governo, seriam um grave atentado político ao Estado de Direito. O apelo subliminar a associações a grupos económicos para calar um jornalista como se fez aqui, confesso que me perturba. Ai do país em que isto venha do seu governo. Não seria asfixia democrática. Seria atentado à democracia!

Carlos Santos, A Regra do Jogo

Segurem-me Senão Eu Vou

NÃO QUERO, MAS SE INSISTIREM MUITO…
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Confesso que gosto muito de Luís Filipe Menezes, mas o homem não deixa de ser um pândego. Agora vem com a rábula do «segurem-me senão eu vou …», «Não quero nada … mas … não ponho de parte qualquer hipótese».
Outra vez para a presidência do partido? Para se queimar outra vez? Será que ele não vê que o tempo dele já passou? Ele mesmo o disse quando quis dar lugar aos mais novos. E agora vem com esta?
Enfim, mais uma para esquecer e aquecer este inverno tão fresquinho.