o clima da discussão
Há aqui um perigo, que ninguém parece compreender (sem ser eu, naturalmente): o carácter da discussão sobre as alterações climáticas tem-se aproximado do carácter da discussão entre o criacionismo e o darwinismo (esta última uma discussão que, de facto, não existe, mas adiante). E se, dada a natureza ideológica intrínseca à questão, a culpa da total estupidificação dos debates sobre o aquecimento global pertence aos dois campos, a responsabilidade da sua geminação à natureza do debate criacionismo-darwinismo pertence unicamente à Direita.
maradona – a causa foi modificada
divisórias
Divido as mulheres entre as que arranjam as cutículas das unhas e as que não o fazem. Divido os amigos dos meus filhos entre os que me tratam pelo nome e aqueles que me reduzem à “mãe do João”. Desprezo o segundo grupo. Divido os homens entre os que usam botões de punho e os que não os usam. Por aí fora.
alterne
António Vitorino, chichisbéu, engatatão, dom-joanesco pilrete socialista, um docinho, empandeirava com a maioria absoluta, boquejando para os jornalistas: “habituem-se!”. Quatro anos volvidos, chuchando uma minoria no Parlamento, bradeja “ó tio, ó tio”, presidente da República alforria-nos da oposição da Oposição que entaipou a “governabilidade”. Pedíssequo do Governo nos meios de comunicação, não abre a boca para sandejar, noutra revista à portuguesa, ele diria, como Laura Alves, “aguenta que é serviço”, pois o presidente é de outra “família política”, mas naquela em cartaz, Vitorino está amodernado. Numa democracia bi-partidária civilizada, o poder alterna-se, e nas casas de alterne – instituições, assembleias ou fóruns políticos – as diferenças não são ideológicas, são “gajológicas”. O balde é o mesmo, a substância fecal, a mesma, o que muda são os gajos, são diferentes, o resto é igual.
Táxi Pluvioso, Pratinho de Couratos
manteiga
Deviam achar que sou uma torrada e barraram-me à entrada duma discoteca.
juvenal, o anormal, o melhor blog do universo
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