Orlando Pantera, o cometa

Na sequência da morte trágica de Vadú, prometi um poste sobre Orlando Pantera, desaparecido em 2001, três dias antes partir para Portugal e para França, onde iria gravar o seu primeiro disco. Como é possível que um músico que nunca chegou a gravar um único disco seja considerado um mito no concorrido panorama musical de Cabo Verde, e um dos seus maiores criadores de sempre?

Ninguém sabe quantas canções compôs Orlando Pantera, quantas ofereceu, quantas existiam apenas na sua cabeça, sem suporte escrito ou apontamentos que permitam hoje reproduzi-las.

Grande parte dos nossos leitores nunca terá ouvido o seu nome, mas poucos haverá que não tenham já escutado algumas das suas canções, interpretadas por nomes como Tubarões, onde pontificava Ildo Lobo, Mayra Andrade, Lura, Vadú, Arlinda Santos, etc.

 

 Numa breve visita à sua página no Myspace, criada cinco anos após a sua morte, encontramos entre os seus  seguidores, por exemplo, Deolinda, Tom Zé, Lila Dows, Sara Tavares ou Oumou Sangare.

Atento a ritmos como o Batuko e o Funaná, Orlando Pantera voltou a mergulhar nos ritmos africanos para modernizar e renovar a música em Cabo Verde, marcando toda uma geração de jovens músicos, a, hoje chamada, Geração Pantera: Vadú, Tcheka, Djingo, Princezito, Lura , Mayra Andrade, entre outros. Morreu com 33 anos. 

 

Comments

  1. Luis Moreira says:

    Este é para ouvir com calma, logo que caia a madrugada!

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