Rambo – não o dos socos o das telas

Fazer opinião sobre uma pessoa sem a conhecer é um perigo, a maior parte das vezes um exercíco injusto, e que não aproveita a ninguem.

O actor americano Sylvester Stallone, cujos filmes eram um arraial de pancadaria e que ele próprio, era um exemplo de mal representar, deu-me uma lição de todo o tamanho. O homem em pequeno foi extremamente pobre, teve uma paralisia facial, que lhe dava aquela expressão “sem expressão” ( o que para um actor…) passava o filme todos sem um riso, sem uma careta, com o ar de ser um tipo atormentado, porque outra coisa não era capaz de fazer e ía mostrando o “cabedal”.

Pois não é que  Sly é um conhecedor e apreciador de arte e um pintor cotado a nível internacional?

Uma das mais importantes galerias de arte da Europa,  a Galeria de Arte Moderna de Zurique, expôs sete quadros seus depois de o seu curador ter visitado o artista em Hollywood. Tinham-se conhecido um ano antes em Zurique quando Stallone, convidado para o Zurich Film Festival, foi apanhado na galeria  a apreciar a arte exposta do pintor Colombiano Fernando Botero.

Muito antes de ser actor Sly, dedicava-se à pintura e assinava com Mike Stallone, mas a pintura estava fora de questão por ter uma vida economicamente tão dificil. Teve que ganhar a vida por outros meios até ser apresentado a grandes nomes do cinema que o ajudaram a dar a volta e a recuperar a paixão e o talento pelas telas.

Ao perguntarem-lhe porque nunca se mostrou como pintor, Sly respondeu : “Acho que sempre houve um estigma em relação aos artistas-cantores, artistas-actores. Compravas um “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club band” se fosse feito por um actor?

O preconceito, as ideias feitas, fazem-nos perder coisas boas da vida!

PS: pela verdade que devo aos leitores, eu não comprava porque não sei o que é.

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