F.C. Porto – FutAventar Jan2010 #4:

Mas que raio de merda é esta? Estamos a brincar ou quê? Será que ninguém explica aos jogadores a responsabilidade de vestirem camisolas do Futebol Clube do Porto? Pensam que apenas vale a pena comer a relva em campo nos jogos da Champions? Só interessa o Arsenal e o Belenenses que se…dane?

Estas camisolas foram vestidas por heróis como o João Pinto, como o Deco, o Vítor Baía, o Jorge Costa, o grande Madjer! Nós, adeptos do F.C.P. merecemos mais respeito. A instituição que lhes paga principescamente, que lhes oferece todas e mais algumas condições de trabalho, não pode ser vexada desta forma. É altura de dizer BASTA! Mas andam a brincar ou quê?

O F.C. Porto, os seus adeptos e simpatizantes apenas exigem aquilo que lhes oferecem, excelência. Entrar em campo com aquelas camisolas vestidas obriga a uma enorme responsabilidade, a suor, a correr todo o tempo, a comer a relva se necessário for, do princípio ao fim, como se cada jogo fosse uma final. Seja na Liga, na Taça, na Champions ou num simples jogo amigável!

Não me peçam palavras mansas pois não as tenho. Não se pode ganhar sempre mas pode-se, deve-se, exigi-se entrega total todos os dias. Ou pensam que é só ganhar milhares de euros todos os meses, sem contrapartidas?

Foram precisos 30!!! Trinta penalidades para o Porto ganhar ao Belenenses. Isto é brincar connosco!!!

Trinta pénaltis

Ao fim de trinta pénaltis alguém pode dizer que ganhou o jogo?

Golos asiáticos

http://rd3.videos.sapo.pt/play?file=http://rd3.videos.sapo.pt/LM1jB15kHI8N3NGTYZ1D/mov/1

O Sporting cumpriu calendário frente ao Mafra. Mas o jogo também serviu para este golo, e mais dois, de Zhang. Quem disse que os chineses não sabem jogar à bola?

Absolutamente!

A lição do Haiti

Capitais macrocéfalas, em cima de falhas tectónicas são de evitar.
Portanto, está na hora de começar a evacuar Lisboa.

Por Gabriel Silva no Blasfémias

O terceiro quadro de 2010

 

(adão cruz)

Não há um verdadeiro realista, a não ser que não consiga, minimamente, manifestar a sua própria existência, assim como não há um verdadeiro abstraccionista capaz de unir o absoluto ao absurdo.

A radioactividade pode ser benigna

Ontem iniciamos esta conversa, tendo como pano de fundo o livro “Radiation and Reason” do Prof Wade Allison da Universidade de Oxford.

Sustenta este físico que os desastres de Hiroshima, Nagasaki e Chernobil foram a pior demonstração da perigosidade da radioactividade em altas doses e, que isso, não deixa margem para dúvidas. O que não está demonstrado é o efeito das radiações em baixas doses.

A maioria dos especialistas acredita que a radioactividade mesmo em baixas doses e ultrapassando um determinado limite, pode influenciar o comportamento do nosso ADN. Segundo o modelo matemático linear, a exposição acima de certo limite tem efeitos, e quanto maior for a exposição, maior a probabilidade de indução de efeitos biológicos.

Contrariamente a este postulado, Allison considera que abaixo dessas doses não há qualquer efeito. Será que quando as doses são baixas não há essa proporcionalidade”? Este problema é um dos assuntos mais controversos para a ciência.

O Prof Wade defende que “há uma grande ignorância científica sobre a forma como os mecanismos do organismo reagem às radiações, pelo que o modelo linear adopta uma postura defensiva e de precaução” …” o modelo linear que não concebe a radiação sem riscos está na base da regulamentação em torno quer do nuclear, quer dos aparelhos médicos e industriais que utilizam radiação ionizante”, assim se encarecendo o progresso e se tornando mais dificeis as decisões dos políticos.

Esta percepção está a hipotecar o papel do nuclear em problemas como o aquecimento global e, a continuar assim, o nosso destino não será melhor que o do urso polar!(sic)

PS: bem me lembro quando eu e o meu irmão íamos ao médico e fazíamos exames de “radiocospia”. Além da minha dose levava a do meu irmão para ver as costelas dele…
E, já agora, o Radão, que enche de radioactividade as casas de granito nas Beiras…

Sismos e Património

Domingo, 1 de Novembro de 1755, dia de Todos os Santos, a cidade de Lagos acordou com um tempo primaveril. Muitas pessoas acorreram às igrejas para celebrar a missa.

Sentia-se no ar um odor a enxofre.

Por volta das nove e meia da manhã ouviu-se um rugido medonho.

Poucos minutos depois a terra começou a tremer. Abriram-se fendas no chão e muitos edifícios caíram.

Cerca de quinze minutos depois o mar recuou, deixando as praias em seco. De seguida, uma vaga gigante, ou melhor, uma enorme massa de água, surgiu do lado Sueste da Baía de Lagos e abateu-se sobre a frente ribeirinha da cidade, penetrando terra adentro até à zona de S. João. A esta vaga seguiram-se duas outras, intervaladas de pouco mais de dez minutos. A última foi a mais destruidora, não só pela entrada de uma massa de água com cerca de seis metros de altura no interior da estrutura urbana, como principalmente pelo seu refluxo, que arrastou pessoas, construções, haveres e víveres para o mar.

Descrições da época relatam este terrível acontecimento.

 “Pelas 9 ½ horas da manhã do predicto 1º de Novembro, estando o dia claro e sereno como d’estio, vento N. O., ouvio-se um grande trovão surdo; logo passado 3 ou 4 minutos principiou a tremer a terra com espantosa violência; o mar recolheo-se em parte mais de 20 braças, deixando as praias em seco; e arremettendo immediatamente para a terra com tamanho ímpeto, que entrou por ella dentro mais de uma légua, sobrepujando as mais altas rochas; tornando a retrair-se e rompendo por mais três vezes dentro de poucos minutos, arrastando no fluxo e refluxo enormes massas de penhascos e edifícios; e deixando por isso arrazadas quasi todas as povoações marítimas.”

“Continuou a terra a tremer até 20 d’agosto seguinte com poucos dias de interpolação, principalmente nos primeiros 5 mezes, quasi sempre de noite nos quartos de lua nova e velha.” [Read more…]

Na Rua Princesa Patrícia


Um programa no Canal de História – a Operação Valquíria -, trouxe-me à memória uma já muito distante personagem do nosso passado em África. Tratava-se do marido de uma amiga dos meus pais, a Bibla Sousa Costa. Era um homem alto que fazia o pleno daquilo que se imagina ser um aristocrata prussiano. Tisnado pelo sol das savanas que percorria em organizados safaris fotográficos, de uma correcção irrepreensível, exibia a característica cicatriz de um duelo de estudantes da velha universidade de Heidelberga. Era o barão Werner von Alvensleben, sobre quem corriam em surdina, intrigantes mas pouco credíveis – o homem passara a guerra em Moçambique – lendas de envolvimentos conspirativos no golpe do coronel von Stauffenberg. A queda pró-alemã da Bibla devia-se certamente à influência da mãe, reconhecida pequena correspondente da Abwehr, a quem prestara serviços durante a 2ª Guerra Mundial, um segredo que toda a Lourenço Marques conhecera e comentara. Num ambiente citadino onde coexistiam comunidades provenientes de muitos países europeus, era normal conhecermos alemães, austríacos, polacos, ingleses, gregos e italianos, que se somavam aos chineses e aos que chegaram do antigo Raj britânico da Índia, fossem eles hindus ou muçulmanos.

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Apontamentos a sépia (3)

(Gerês)

nÃO sEJAS dURO dE oUVIDO – jAN2010 #3:

Nesta arranque de 2010 temos dois novos trabalhos em destaque: The Gothenburg Address com o seu álbum de estreia e Anne Lene Hagglund com Brid Cherry Grove, ambos uma delícia. Para recordar, Andrew Bird e o seu Oh No, um dos melhores de 2009 e que passou ao lado de muito boa gente.

(nÃO sEJAS dURO dE oUVIDO, em breve numa rádio perto de si e sempre aqui, no Aventar).

As Directas no PSD #1

Como a “coisa” promete, vou passar a publicar, de vez em quando, as notícias sobre o processo eleitoral em curso (PREC-PSD).

Para lançamento, a entrevista do Presidente da Distrital do Porto, Marco António Costa afirmando que não apoia Pedro Passos Coelho: AQUI.

Por sua vez, chegou-me hoje às mãos o chamado “Manifesto de Conciliação” organizado por um grupo de militantes que estão a recolher assinaturas com o objectivo de acelerar a realização de directas e antes de qualquer congresso.

O PREC-PSD promete.

Adenda às 16h46: Até já existe um site: PSD-Directas Já

Adenda às 17hoo: Está lançada a confusão!

Hugo Colares Pinto: reflexos (3)

Diálogos com a Ciência – A simbologia da palavra na Ciência Militar – Rodrigues do Carmo

Rodrigues do Carmo foi o segundo interveniente desta sessão dos Diálogos com a Ciência dedicada à simbologia à simbologia da palavra na Ciência Militar.
A sua intervenção centrou-se na ideia de palavra como meio de controlo e modelação da realidade. Neste contexto passamos pela Novilingua de Orwell até ao politicamente correcto da actualidade.

Duração total: 25:28
Podem descarregar o programa directamente ou subscrever o podcast através deste link .
Também disponível em vídeo na TV.UP.

Ver Programa Completo das Conferências Diálogo com a Ciência.

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Acordo com o ME e sentimentos

Escrevi em inúmeros posts algumas das impressões, pessoais, sobre o acordo com o ME. Na “sequência do exame final ao acordo” surgiu um troca de mensagens com Octávio Gonçalves e tendo por base o valor do acordo – positivo ou negativo?


Para continuação do debate recordo que SEMPRE defendi que a questão central da nossa luta era a divisão na carreira e não a avaliação. E, até por isso, penso defender que o acordo foi péssimo na dimensão avaliação. E que tal ideia não me impede de o ver como algo positivo na questão da carreira.
E, se positivo, logo desnecessário o caminho do parlamento – no parlamento devemos colocar o que é de lá: a contagem integral do tempo de serviço congelado. Isso, sim, é no Parlamento onde, repito, o PSD é a chave – os outros 3 não chegam.
Logo, não concordo com os movimentos que defendem que os sindicatos não têm autoridade para assinar o acordo em nome dos professores. [Read more…]

O que se diz por aí

Já passou um ano desde que Barack Obama foi eleito. Há quem veja mudança, há quem veja continuidade. Parece-me que dentro dos EUA há uma mudança em curso, desde logo em sede de assistência social e médica. Quanto a políticas externas, vejo mais dinheiro para a guerra – Afeganistão e Iraque incluídos – sem resultados, uma prisão em Guantánamo que se mantém, e por aí fora. Pelo menos tiros continuam a não faltar em terras do Tio Sam. Lá nisso a tradição ainda é o que era.
Também o futuro do Haiti, que vive redobrados momentos de aflição, poderá ser uma oportunidade para ver diferenças de fundo, se as houver, da eleição de Obama.
Faria de Oliveira traçou o perfil dos interessados no BPN. Pelos traços, será mais um banco a ficar em mãos estrangeiras, depois do dinheiro público lhe ter dado um bom arranjo. Mas as melhorias ainda não vão ficar por aqui, pois ainda haverá uns ajustes para tornar o BPN mais apetecível, pois desta venda depende o reembolso da Caixa, estando para já afastado o cenário de integração do BPN.
Nas Grandes Opções do Plano, entre outras medidas, comenta-se a possibilidade dos portugueses de votar em qualquer ponto do país. Eu preferia que as opções e políticas governativas, de agora e do futuro, dessem antes de mais, vontade em ir votar.

Memória descritiva: Thunder

A 12 de Novembro de 1975,estando o Parlamento cercado por operários da construção civil em greve, alguns manifestantes chamaram fascista ao primeiro-ministro, o almirante Pinheiro de Azevedo. A resposta não se fez esperar: “Bardamerda para o fascista!”. Nos meios de esquerda (e não só), o almirante passou a ser conhecido pelo «Bardamerda». No vídeo acima, vemos e ouvimos a entrevista que o almirante deu aos jornalistas quando saiu do sequestro. Infelizmente, não consegui encontrar vídeo do momento da famosa resposta. [Read more…]

Haiti: última hora

A natureza continua furiosa por terras do Haiti, agora foi um sismo de 6.1…

Um ano de Obama Presidente:

Já uma vez escrevi sobre Obama no Aventar, AQUI, a propósito do Nobel da Paz.

Hoje, um pouco por toda a blogosfera, em especial na blogosfera destra, se procura analisar um ano de presidência e se possível sublinhar os aspectos negativos ou menos conseguidos. O contraponto é sempre o mesmo: a sinistra criticou Bush por tudo e por nada e agora leva o troco. Se Bush era estúpido, o que é Obama? Se Bush transpirava Iraque, como explicar que os EUA ainda por lá andem? Os republicanos isto, então os democratas aquilo, etc, etc, etc.

Não vou por aí. Nem preciso de sublinhar a reforma na saúde, as melhorias da economia e outras, desculpem lá, questões laterais. Para mim, o legado de um ano de Obama traduz-se, pelo menos até agora, numa outra forma como o Mundo está a olhar para os Estados Unidos da América. No capital de esperança que Obama ainda representa. Vamos esperar, continuar atentos e manter a esperança.

Repito o que escrevi em Outubro: A eleição de Barak Obama marca um corte radical com um passado recente pleno de tiques imperialista e representa, estou certo, uma alteração no futuro político do ocidente cujas consequências e repercussões só serão visíveis daqui a alguns anos. Os EUA souberam assumir o erro de anos e anos de administração Bush e souberam interpretar, como ninguém, a mudança necessária, diferente, para tempos igualmente diferentes. A Academia Sueca percebeu que estamos perante uma das mais importantes alterações políticas desde a queda do muro de Berlim, uma revolução silenciosa iniciada nos Estados Unidos e, como uma gripe, contagiante a todo o mundo ocidental. A Academia Sueca, com esta escolha, está a premiar todo um povo por ter oferecido a um mundo de políticos cinzentos, uma luz de esperança. Sou um utópico? Tenho dias…

A mexer no nosso bolso? Rave poupa 40% no TGV

O custo inicial que foi fixado era de 2260 milhões entre o Poceirão e Caia, tendo sido adjudicado por 1359 milhões! Uma redução de 40%!

Onde está a mentira?

No preço inicial, para depois virem com uma notícia destas a fazerem de conta que estão a ser muito rigorosos ?

No preço adjudicado muito abaixo do razoável para depois crescer e mesmo assim, ficar abaixo da primeira estimativa?

Como é que se reduz 40% num projecto que nos dizem que está a ser trabalhado por gente muito bem paga e muito competente?

Depois vêm com explicações técnicas todas elas que, esperavamos nós, fossem as que estivessem a ser utilizadas desde o ínicio .

Ah! e o modelo de financiamento é um case-study a nível mundial ! Anda tudo de TGV a dar aulas por essa Europa fora!

Isto é uma pocilga mas a gente diverte-se muito!

LOL para todos

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A chamada telefónica estava a meio. Um dos interlocutores, ao meu lado, percebendo que tinha acabado de dizer um disparate no meio da conversa, sorri e diz “LOL”. Uma simples palavra, dirigida a quem estava do outro lado da comunicação. LOL. Assim mesmo, em voz alta. Como se estivesse a comunicar através de programas de mensagens instantâneas na Internet ou através de SMS.

O “LOL”, assim dito, tornou-se estranho. Todos aqueles que utilizam as ditas aplicações num ou noutro momento já utilizaram o LOL (do inglês ‘Laughing Out Loud’, que se pode traduzir por ‘rir às gargalhadas’). Mas assim, de viva voz, soa estranho. Perante a reacção de estranheza dos colegas, vem a explicação: “Sou jovem…”.

Como se todos os jovens falassem assim, pensei mais tarde. Não falam, mas não andam longe. Mais hoje que no passado, usa-se e abusa-se das abreviaturas. É a lei do mínimo esforço. Mesmo que algumas delas não façam sentido. Para dizerem ‘porque’ escrevem ‘pk’, quando poderiam escrever ‘pq’. O ‘que’ vê-se transformado num espantoso ‘k’ e não num simples ‘q’. É uma letrinha apenas, na mesma, então pk – perdão, porquê -, esta mudança? Para já não falar dos imensos ‘x’ que encontramos nestas trocas de mensagens. Algumas são tão fechadas no seu significado que os não iniciados nestas técnicas ficam à nora, sem perceber patavina do que lá está.

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A felicidade

Meus amigos:
Os meus amigos e a nossa Carla em particular põem-me cada questão que eu fico sempre naquela…que o mesmo é dizer: é melhor ficar calado. E é, é melhor ficar calado, porque há assuntos em que nos perdemos sempre que neles nos aventuramos a entrar. A felicidade…sei lá eu o que é a felicidade! Sabe lá a Carla o que é a felicidade! sabemos lá nós o que  é a felicidade! A felicidade do meu organismo, ou seja do meu ser global, porque eu não aceito qualquer dualidade corpo-espírito, é aquilo a que chamamos a homeostasia, isto é, a sintonia de todos os fenómenos que em mim se processam. Se há um desequilíbrio, grande ou pequeno,  em toda a constelação de vivências da minha harmonia, há um grito de alarme, mais estridente ou menos estridente. Se eu tenho dor, dita física ou dita psíquica, essa dor é um sinal ou um alarme acusando que a sintonia está perturbada. E a felicidade é a sintonia do meu ser. A felicidade é a ausência do sentimento da dor, dor como sentimento de desequilíbrio, seja ele qual for. Portanto, no seio de tão complexa textura, dizer que a felicidade está no dinheiro ou na carteira vazia, no carro topo de gama ou no andar a pé, no poder ou no desprendimento, no hotel cinco estrelas ou na casa de campo em que a Carla foi passar o fim de semana com lobos à mistura, na vivência da nossa razão ou na esperança das crenças sobrenaturais é puro disparate. A felicidade possível pode estar ou não estar em qualquer destas circusntâncias, porque ela só está na nossa homeostasia, na ausência de dor, como sentimento de alarme. E a dor tem uma escala incomensurável que abrange, felizmente, todos os seres humanos do mais rico ao mais pobre, do mais pensante ao mais irracional. Graduar a felicidade é, no fundo, mas bem no fundo, como pretender guiar o nosso fluxo neuronal através de três biliões de neurónios.

Vamos discutir o risco sísmico em Portugal?

A análise do nosso passado histórico e da sismicidade instrumental permite-nos concluir que o território português tem sofrido o efeito de eventos sísmicos destruidores com intensidades máximas superior a VIII. De entre os acontecimentos que marcaram a história da sismologia em Portugal, podemos destacar os eventos:

  • 26 de Janeiro de 1531 – Causou severos danos no centro de Portugal continental e em particularmente na região de Lisboa. O seu epicentro situa-se provavelmente na região de Benavente.
  • 27 de Dezembro de 1722 – Afectou Principalmente a região Algarvia provocando danos consideráveis em Loulé. Teve o seu epicentro provavelmente no mar e gerou um tsunami local em Tavira.
  • 1 de Novembro de 1755 – Um dos maiores sismos de que há memória histórica. Foi o sismo com consequências mais catastróficas em Portugal, causando destruição generalizada na região de Lisboa e Algarve, tendo sido sentido nos Açores, na Madeira, em Marrocos e por toda a Europa. Desencadeou um tsunami de enormes proporções. O número de vítimas provocado por este sismo foi entre 60000 e 80000 pessoas, sendo grande parte desse número em consequência do tsunami.
  • 11 de Novembro de 1858 – Um dos grandes sismos que afectaram Portugal, provocando danos na zona de Setúbal;
  • 23 de Abril de 1909 – Foi o sismo com maior intensidade que afectou Portugal continental neste século, registado em vários observatórios sismográficos, destruindo Benavente, onde se situou o epicentro. O epicentro deste sismo situa-se na margem sudoeste portuguesa no entanto não existe ainda consenso relativamente à sua localização exacta;
  • Sismo de 28 de Fevereiro de 1969 – Trata-se do maior sismo instrumental jamais registado em Portugal. Teve o seu epicentro numa região localizada 200 km a sudoeste do cabo de S. Vicente, no limite sul da Planície da Ferradura. Apesar da sua elevada magnitude (Ms=8.0) e elevadas intensidades sentidas (em particular na região algarvia com intensidade máxima VIII) não causou qualquer vítima mortal, tendo só provocado danos materiais na região algarvia.
  • 1 de Janeiro de 1980 – Este sismo, de magnitude 6.8, afectou os grupos Oriental e Central do Arquipélago dos Açores, causou enormes danos na cidade de Angra do Heroísmo. Causou a morte a 61 pessoas e provocou danos em cerca de 15000 habitações tendo 5000 destas colapsado;
  • 9 de Julho de 1998 – Este sismo, de magnitude 6.0, teve epicentro a escassos quilómetros a Este da Ilha do Faial e provocou 8 mortos, 150 feridos e a destruição de 1500 habitações nas Ilhas do Faial e Pico. (Informações obtidas aqui – pdf).
  • 17 de Dezembro de 2009 – Um sismo de magnitude 6.0, com epicentro no Oceano Atlântico, a 185 km de Faro e a Oeste de Gibraltar, foi sentido esta madrugada, à 01h37, um pouco por todo o país. O Instituto de Meteorologia diz que este foi o maior abalo registado no nosso país desde 1969.

Em vista disto, lançamos um repto aos leitores do Aventar. Acha que o país está preparado para sismos de elevada magnitude? O que acha da Protecção Civil de que dispomos ? E das infra-estruturas? O leitor tem conhecimentos técnicos ou académicos na matéria? Conhece alguém que os tenha e queira participar numa discussão séria no Aventar? Alguém que possa publicar artigos elaborados sobre o assunto? Deixe a sua opinião na caixa de comentários ou envie-nos textos para o sítio do costume.