É a pressão familiar, estúpidos

O Público descobriu ontem uma evidência estatística com décadas: o sexo feminino anda a alcançar melhores resultados escolares que o masculino. Desde a década de 80 que o número de raparigas inscritas na Universidade de referência em Portugal é superior em quase todos os cursos. As explicações também são fantásticas: basicamente parece que o ensino é mais virado para elas, os professores não se preocupam com as diferenças, e mais meia-dúzia de idiotices pegadas, dignas de quem nunca meteu os pés numa escola, e faz pseudo-ciência através de uns inquéritos e similares.

A razão, meus senhores e senhoras, é muito simples, e nada simpática: o tratamento familiar dado à menina não é o mesmo que é dado ao menino. A menina é mais reprimida, mais pressionada, não a deixam sair de casa tantas vezes, e sabe que prosseguir estudos é hoje o equivalente ao matrimónio para se pirar de casa.

É a mentalidade arcaica que funciona como alavanca de algo que nada tem de especial: qual é o problema de termos gerações onde o saber é maioritariamente feminino, se durante séculos a inversa foi verdadeira?

Comments

  1. Luis Moreira says:

    Eu não vejo problema nenhum se o homem estiver disposto a compensar no trabalho que tem sido feito pela mulher! Quem engravida? quem amamenta? Quem educa os filhos? Tudo questões a que é preciso responder…

  2. Adorei o comentário! porque apetece mesmo chamar estúpido a quem escreveu o artigo! Se as raparigas perceberam mais depressa o que é preciso para vingar só mostra que são espertinhas em aplicá-lo!

  3. XicoAmora says:

    Há outra coisa que quem tem filhos e filhas percebe de imediato sem estudos patetaas. As meninas e os meninos, tendo a mesma idade legal frequentam os mesmos anos, no entanto há uma disparidade de quase dois anos ou mais, na maturidade de uns e de outros, sendo que as meninas são maduras mais depressa do que os rapazes.

  4. madalena says:

    hum….muito simplista também a sua explicação. os símios , e outros bichos não sujeitos a socializações culturais , discordam : as femeas têm comprtamentos diferentes dos machos.
    E o Luís , não sei qual a intenção do seu comentário , mas …pessoa que engravida ? a natureza deve-a ter dotado de características específicas que não precisam de educação pressionadora nenhuma.

    • Luís Moreira says:

      Não, o que eu digo é que se a mulher se ocupa de trabalhos que antes eram dos homens, há que compensar, passando os homens a fazer trabalhos que antes eram das mulheres.Mas nestes não pode estar nem a gravidez nem a amamentação, Deus seja louvado! Não acha Madalena?

  5. madalena says:

    específicas e adaptativas. com divorcios na hora , uma femea há-de procurar ter sozinha os recursos necessários à criação da prole.
    relógios biológicos , incerteza nas relações…só temos de lutar .Como diz a Filipa , somos é espertinhas.

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