Ó Belmiro, vai a votos Azevedo

Um empresário reformado mandou umas postas de pescada sobre alguns políticos portugueses. O empresário, também conhecido por super-homem choné, perdão, sonae, fez-se à vida de uma forma um pouco atribulada, aquela que leva um comentador do Público e perguntar:

E… que diria a viúva do Pinto de Magalhães?

pergunta que também gostava de ver respondida.

Não tenho grande apreço pela maior parte dos políticos que o homem maltrata. Mas uma coisa sei: foram eleitos. Foram a votos.

O resto, e o apoio que vai recebendo, é aquele velho populismo de chamar os bois pelos nomes, que muito boa gente confunde com clarividência, e neste caso não passa do destempero a que se permitem os que pensam que dinheiro é poder. Já foi, em parte ainda é, mas se o Belmiro fosse a votos íamos ver como era. E era capaz de ter um resultado azedo.

Comments

  1. Luis Moreira says:

    Basicamente estou de acordo, que o ir a votos dá legitimidade, mas ser um empresário de sucesso tambem dá legitimidade para ter opinião e poder malhar…

  2. Vai dizer isso à família Pinto de Magalhães ou aos trabalhadores transformados em homens-sonae…

  3. Luis Moreira says:

    Atrás de uma fortuna há sempre uma história, mas este cria empregos…

  4. É assim João José Cardoso. Quem é o Belmiro? Um gajo cheio de massa, o diploma mais importante num país de cegos, pobres, desonrados e indigentes. Que desplante! Lá porque costruiu uma fortuna, quando não há fortunas de justa causa, lá porque se arvora no mais rico, quando a riqueza é sempre feita à custa da pobreza, sente-se no direito, não de criticar como qualquer vulgar cidadão, mas com ares de papa, tudo e todos, como se ele fosse a garantia no lugar dos outros, quando todos sabemos que seria a mesma merda que são os outros nos lugares que ele critica.

    • Luís Moreira says:

      Eu gosto mais de um empresário, mesmo rico, do que políticos que nunca fizeram nada que se visse…

  5. Luis, é sempre a velha história: cria empregos!
    É sempre a história da empregada doméstica a quem a patroa explora até ao tutano, mas de quem a empregada diz: se não fosse ela eu não teria sopa para dar aos meus filhos. Porra para tal filosofia, excrecência crónica e maligna da filosofia capitalista.

    • Luís Moreira says:

      Mas não deixa de ser verdade, Adão ! A maioria de nós não saberia ser patrão. E há milhares de patrões em Portugal que dormem mal a pensar nos vencimentos ao fim do mês. Tu podes não gostar dos ricos (há sempre uma história atrás de uma fortuna) mas os empresários, quem investe, é um criador de postos de trabalho.

  6. Eu sou amigo de grandes empresários, perante os quais critico severamente o sistema, sem que a amizade diminua. Que os há, com algum sentido de humanidade, é verdade. Mas são raros, e não podem fugir às regras do sistema. O erro é o sitema, que permite que duzentas famílias no mundo tenham mais do que o mundo inteiro. Os empregos não são criados por amor aos trabalhadores, mas apenas porque os ricos precisam dos trabalhadores. Se a sua fortuna fosse capaz de se auto-gerar e se fizesse sem os trabalhadores (o que já acontece e constitui uma das mais malignas metástases do capitalismo), eles eram todos despedidos na hora. O homem come a galinha e dá os ossos ao cão que lhe guarda a casa. Ou pensas que a filosofia humanista do Belmiro e outros que tais vai além disto?
    Quanto aos políticos brrrrrrrrrrr! Há, todavia, alguns em que acredito.

    • Luís Moreira says:

      Sim, claro, isso é verdade para a maioria, mas por enquanto o mundo era bem pior sem os empresários.Empresários, não especuladores…

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