Ibn Qasi e os Muridinos

“Eu quero ser nada…para poder compreender tudo”

Shaykh Hisham Kabbani

A derrota dos Almorávidas na batalha de Ourique marca o início de um novo período de fraccionamento do Andalus em reinos independentes, que ficou conhecido como os segundos Reinos de Taifas.

É um período conturbado e de digladiação de várias facções muçulmanas e destas com os cristãos, já que os Almorávidas em declínio, os Reinos de Taifas que logram a independência e os recém-chegados Almóadas detêm o poder em diferentes áreas da região.

Durante este período o Sul do Gharb Al-Andalus constitui-se no Reino da Taifa de Silves, inicialmente governada pela família dos Banu Al-Mallah, mas posteriormente dominada por aquele ficou na história como o grande Mestre do Sufismo no Gharb Al-Andalus, Abu Al-Qasim Ibn Qasi.

Se o período das primeiras taifas constituiu o expoente da poesia Luso-Arabe, representada por figuras como Al-Mu’tamid e Ibn Amar, as segundas taifas ficaram como o expoente da filosofia Misticista Islâmica, representada por Ibn Qasi e o movimento Muridíno.

Natural de Silves, Ibn Qasi era provavelmente um muladi, ou descendente de cristãos convertidos, de origem romana, dado que se pensa que o seu nome de família viria do romano Cassius.

Funcionário da alfândega de Silves opta por uma vida de meditação e recolhimento, entregando metade dos os seus bens aos pobres e refugiando-se numa Zauia ou Azóia onde inicia um caminho na busca de Deus, fundando uma confraria designada por Movimento Muridíno.

Essa Zauia daria origem ao famoso Ribat da Arrifana, em Aljezur, que constrói com a restante metade dos seus bens, e que se torna sede da sua Cavalaria Espiritual, e incluía uma mesquita, celas para os seus discípulos e cavalariças.

Os Muridínos tornam-se na força dominante da região, e acabam por conquistar o governo da taifa de Silves, de todo o Algarve e baixo Alentejo, por volta do ano 1144, combatendo para isso a família dos Banu Al-Mallah e os Almorávidas.

Ibn Qasi estabelece uma aliança com D. Afonso Henriques, que este simbolicamente sela oferecendo-lhe um cavalo, um escudo e uma lança, e que será a primeira estabelecida na Península entre muçulmanos e cristãos.

Esta aliança constitui a prova de que Muçulmanos e Cristãos gnósticos se encontram irmanados pelos mesmos ideais de tolerância e fraternidade e em clara oposição aos radicais de uma e outra religião.

Apesar de ter tido algum apoio dos Almóadas na sua guerra contra os Almorávidas, o poder de Ibn Qasi constitui um entrave á unificação política do Gharb Al-Andalus por esta facção Berbere e um desafio ao Islamismo ortodoxo e fanático profetizado por Ibn Tumart e Abdel-Mumen.

Ibn Qasi foi assassinado á traição em 1151 pelos Almóadas.

O movimento Muridine ainda manteve uma praça durante alguns anos, Tavira, governada por Ali Ibn Al-Wahibi, atacada pelos Almóadas dia e noite a partir de Cacela, a qual só foi conquistada quando o próprio Abdel Mumen comanda em 1167 uma força vinda de Marrocos.

 

O Sufismo é a via espiritual e mística do Islão, também chamada de Islão do coração ou Islão do amor, dado que os Sufis não se regem pela sua mente, mas pelos seus sentimentos.

É Islão da inteligência, da tolerância e da busca do conhecimento.

Para os Sufis toda a realidade comporta um aspecto exterior aparente e um aspecto interior escondido, ou seja gnóstico ou esotérico.

As origens do Sufismo remontam ao tempo do próprio profeta Muhammad (rassul Allah sallallâhu alayhi wa sallam), podendo advir dessa altura a própria designação Sufi do Árabe Ahl as-Suffa ou a gente do sofá, dado que os seguidores do Profeta se sentavam com ele num sofá na sua casa em Medina.

Outras possibilidades são ter origem na palavra Assafaa (pureza) ou as-Suf (a lã), dado que os primeiros sufis se vestiam com lã.

Este entendimento de que o Profeta foi o primeiro Sufi tem por base a forma esotérica e mística de como o Corão lhe foi revelado e o carácter de confraria existente entre ele e os seus mais próximos como sejam a sua filha Fátima e seu genro Ali Ibn Abu Talib, e incluindo a forma como a mensagem Corânica foi transmitida.

Cabe aqui uma referência à importância das mulheres no misticismo Sufi, que por via do islão ganharam um estatuto igual ao dos homens, sendo-lhes reconhecido o direito à herança e ao divórcio, coisa que na Europa ainda tardaria uns séculos.

Sobre isto disse o Profeta aos homens:

“Tendes direitos sobre as vossas mulheres e as vossas mulheres têm direitos sobre vós”.

Um dos grandes Mestres Sufis foi Ibn Arabi, nascido em Múrcia no século XII, já após a morte de Ibn Qasi, grande impulsionador do Sufismo no Andalus.

“Quando tu te conheces, o teu ego ilusório desaparece e tu não és outro senão Deus”…

Os Sufis buscam incessantemente o conhecimento e a sabedoria através da meditação, de práticas iniciáticas e da transmissão do conhecimento no seio de confrarias dirigidas por um Mestre ou Shaykh.

Essas práticas assentam não só no isolamento e solidão, como no êxtase e embriaguez da alma, como é exemplo a conhecida dança dos Derviches, confraria fundada por Mevlana Jala ad-Din Rumi no século XIII na Pérsia (em Persa Derviche significa mendigo, termo que faz referência ao despojar das riquezas que os Sufis preconizam).

Os sufis relacionam-se com Deus de forma directa e procuram o conhecimento no seu amor divino. Deus vive dentro de si.

“Perguntei _ Deus quem és tu? Respondeu-me _ Tu”

Acreditam que para isso o indivíduo deve despojar-se de todos os bens, mais do que de bens materiais, de ideias pré-concebidas, para poder viver em humildade.

A doutrina Sufi assenta no princípio de que existe uma verdade escondida e inatingível, ou seja, que a busca pelo conhecimento e perfeição é realizada com a noção de que o conhecimento e perfeição nunca serão atingidos.

O isolamento e refúgio das confrarias realiza-se em dois tipos de edifícios, dos quais em Portugal subsistem topónimos que os permitem localizar_ as Zauias ou Azoias, geralmente construções destinadas à meditação e transmissão do conhecimento, e os Ribat ou Arrábidas, que aliam a essa utilização o carácter de sede de ordem militar, no sentido de sede de confraria de Cavalaria Espiritual.

A Cavalaria Espiritual terá uma importância marcante na fundação de Portugal, já que veio a demonstrar, através da aliança realizada entre os Sufis de Silves e os Templários de Afonso Henriques, que os gnósticos Muçulmanos e Cristãos profetizavam de ideais e princípios muito semelhantes, como a justiça, tolerância e defesa dos fracos, e tão diferentes das correntes radicais da época (sejam o fanatismo Almóada ou o dos Cruzados).

Como escreveu Adalberto Alves na sua obra “As Sandálias do Mestre”, “o fim trágico de Ibn Qasi, como mártir da causa dos Muridínos, não foi em vão. A sua rebeldia, face ao poder almóada, tal como a rebeldia de D. Afonso Henriques, face a Leão e Castela, foram dois pólos espirituais do ideal sofiocrático que daria lugar ao surgimento de Portugal”.

O Sufismo nega a bi-polaridade e antagonismo dos conceitos e defende a existência da relatividade e da complementaridade _ sem morte não há vida, sem ódio não há amor.

A própria interpretação dos conceitos Corânicos recusa a interpretação imediatista do Corão, por exemplo, defendendo que a guerra santa ou Jihad é sobretudo uma guerra interior que os indivíduos travam contra si próprios no sentido de se aperfeiçoarem.

Ao afirmar-se como o Islão da inteligência, o Sufismo é a via capaz de devolver ao Islão o seu papel de doutrina espiritual compatível com uma sociedade moderna, democrática e igualitária entre sexos, separando a religião dos códigos civis e judiciais, e tirando a grande maioria dos países muçulmanos do obscurantismo e ignorância em que se encontram.

ALVES, ADALBERTO _ “As Sandálias do Mestre”, Lisboa 2001

ALVES, ADALBERTO _ “Portugal e o Islão Iniciático”, Lisboa 2007

INTERNET:

BRAHIM _ “La Page du Soufisme”

CATTA, HERVÉ MARIE _ “Le Soufisme”

UNISSON _ “Le Soufisme, La Voie du Coeur de l’Islam”

Comments

  1. Carla Romualdo says:

    Excelente texto, alia a clareza pedagógica à arte de bem contar.

    • Antonio Gaspar says:

      Será possivel saber quais as fontes desta informação? Obrigado pelo artigo considerei muito interessante.

  2. Luis Moreira says:

    Gosto imenso destes textos, caro Frederico.

  3. Frederico Mendes Paula says:

    Obrigado. Para mim é sempre um prazer escrever sobre estes temas.

  4. Amadeu says:

    Bons ventos veem desta janela que me abres . Obrigado.

  5. XicoAmora says:

    Obrigado por trazer este tema. Era muito útil trazer essa herança sufi do al andaluz ao conhecimento geral. Aos próprios muçulmanos que cá habitam seria muito interessante saberes desta prespectiva de abertura aos outros, que existiu no nosso território e em Espanha, e as relações com os nossos reis e com o mundo cristão. A poesia de S. João da Cruz parece muito influenciada pelo pensamento sufi.

  6. Pedro says:

    Mais uma vez, parabéns Frederico. Pelo que aqui dizes há um Islão de tolerância, abertura e igualdade de género que, estou certo, grande parte dos europeus ignora.
    Perdoa-me um reparo: parece-me detectar aqui uma contradição formal -“… os Sufis não se regem pela sua mente, mas pelos seus sentimentos.É Islão da inteligência…”

    Mente e inteligência são, em linguagem não esotérica
    ( “científica”, se quiseres ), sinónimos. Podes explicar?

  7. Frederico Mendes Paula says:

    Caro Pedro. As tuas palavras levavam-me a fazer comentários que não cabem nesta situação de roda-pé, ou seja, davam para escrever um post. Vou apenas comentar dois aspectos que não possso deixar de esclarecer.
    O primeiro tem a ver com a tua afirmação (que me deixou um pouco triste) de que “afinal há um Islão de tolerância”, porque significa que não fazes a necessária separação entre religião/via para a espiritualidade e prática social. De facto o Islão é diariamente maltratado por pessoas que, em seu nome e em nome de Deus, cometem os maiores crimes (simultâneamente pecados à luz do Islão, como o assassínio ou o suicídio) e aproveitam-se da fé dos crentes para atingir os seus objectivos políticos.
    Para além disso fazem uma interpretação do Corão obscurantista, sem o interpretarem, retirando do Livro justificações para os seus actos.
    O Islão é tão tolerante como a mais tolerante das religiões. Basta aplicá-lo como religião e não como prática social.
    Mas deixáste-me a porta aberta para outro comentário, quando dizes “grande parte dos europeus ignora”. Não deviam os europeus olhar para a sua religião oficial e questionar o seu terrível passado? Todos os crimes cometidos em nome de Deus? Não se deveria questionar uma religião que tem por base a culpabilização do indivíduo? Não deveriam ser condenadas as ligações perigosas entre o vaticano e grupos económicos? Entre o vaticano e certos regimes ditatoriais? E a moral que incentiva às relações sexuais sem protecção num continente de risco como Africa? E a moral que proibe os padres de se casarem e esconde centenas de casos de desvios sexuais e práticas pedófilas?
    Em relação ao teu reparo, tem toda a razão de ser, porque de facto parece existir uma contradição aparente. Apesar de me considerar um simples aprendiz de aprendiz, penso que o Sufismo, enquanto negação da bi-polaridade, da verdade absoluta (não há só preto e branco _ existe uma grande variedade de cinzentos entre essas duas cores) e da oposição entre conceitos (o amor não se opõe ao ódio, mas complementa-o), considera o amor e a inteligência como atitudes compatíveis.
    O amor é a base da nossa relação com Deus e, consequentemente, com as suas criações, sejam homens, animais ou natureza.
    Por outro lado, à luz do Islão, a inteligência é a maior dádiva de Deus ao Homem. Inteligência não é só capacidade de pensar. É dom da palavra, da escrita e da leitura. Leitura e interpretação. Daí que a leitura do Corão possa dar origem a atitudes tão diversas como a realidade do Mundo Islâmico o prova.

  8. Pedro says:

    Frederico:
    Creio que me entendeste erradamente. Eu não digo afinal, mas tão só -Pelo que aqui dizes há um Islão de tolerância, abertura e igualdade de género que, estou certo, grande parte dos europeus ignora. – sendo que pretendia vincar o – há um Islão que grande parte dos europeus ignora.
    Ora, pretendia precisamente, à luz do teu texto, fazer uma separação entre um certo senso comum e o – desculpa chamar-lhe assim – Islão esclarecido.

    Quanto ao que chamei contradição e pedi para explicares, foi apenas uma provocaçãozinha porque, como dizes “levavam-me a fazer comentários que não cabem nesta situação de roda-pé, ou seja, davam para escrever um post”. Era nesse sentido, por saber que nos podes esclarecer cabalmente e eventualmente levar-te a um novo post.
    Um abraço.

  9. Frederico Mendes Paula says:

    Fica esclarecida a situação. Acho que tens razão quando pões a hipótese de um novo post (ou uns novos posts). Não só sobre a história do Islão em Portugal (o nosso passado/herança Islâmica), que é um tema que me motiva particularmente, como há questões actuais relacionadas com o Islão que merecem ser debatidas, como a tolerância, a modernidade, a igualdade entre sexos, etc, etc. A melhor forma de desmistificar certos preconceitos é falar abertamente sobre os problemas.

    • Luís Moreira says:

      É uma matéria de interesse muito relevante, meu caro Frederico.

  10. Pedro says:

    Concordo.

  11. Gonçalo Lopes says:

    Embora seja marginal à discussão, o ribat de Arrifana, próximo a Aljezur, não é o ribat construído po Ibn Qasi. O de Arrifana já é conhecido no séc. XI. Ib Qasi construiu um ribat num sítio ainda por identificar, que se chamava Jilla. Supõem-se que fique no concelho de Tavira. A ideia veiculada por Rosa e Mário Varela Gomes de que Arrifana é construção de Ibn Qasi é completamente errada.

    Cumprimentos

  12. Frederico Mendes Paula says:

    Gonçalo Lopes: Sem querer por em causa aquilo que afirma, e também não querendo iniciar aqui uma discussão sobre onde se localizou o Ribat de Ibn Qasi (a qual seria de todo inconclusiva), gostava de saber qual a fonte que o faz supor que se situava no concelho de Tavira (isto porque a sua expressão “concelho de Tavira” me faz crer que está a puxar a brasa a uma sua sardinha…)

    • montoya says:

      Caro companheiro frederico.
      Vejo que tens conhecimento de base sobre o que diz, Gostaria de que me pudesse fornecer, em caso de possuir certamente o que solicito:
      trata-se de sufi do al andaluz ” concretamente em andalucia españa” onde existe o andaluz” nascidos en andalucia” região sobre a invasão árabe, mussulmanos e cristianos.

      Pretendo aprofundar nos estudos islãn da região de andalucia “españa” estou investigando e vou publicar uma vez concluido tal trabalho, sinto que devo fazer isso, em nome do conhecimento para aqueles que pretende saber, ao contrario dos ignorantes que não querem saber e dificulta a passagem ao conhecimento daqueles que possuem o mérito para poder adquirir o direito de saber e abandonar assim a ignorancia que levam dentro, para poder libertar-se da mesma e ser livres.

      • Frederico Mendes Paula says:

        Caro Montoya
        Aconselho-te a procurares textos sobre e de IBN ARABI
        Na net existem inúmeras referências
        Se pretenderes leitura sobre sufismo no Portugal Islâmico aconselho as obras de Adalberto Alves AS SANDALIAS DO MESTRE e PORTUGAL E O ISLÃO INICIÁTICO

  13. Gonçalo Lopes says:

    De modo algum, não tenho nenhuma relação com Tavira. Fiz confusão, não será Tavira, mas Loulé. De qualquer modo, deixo-lhe aqui o link do estudo mais sério que conheço sobre o tema, escrito por um arabista. Nele encontra todos os dados relativos a esta questão.
    Cumprimentos
    http://www2.fcsh.unl.pt/iem/investigar-estudos/PDF-estudos/PDF-estudo-Azoias.pdf

  14. Frederico Mendes Paula says:

    Muito obrigado pelo link e aproveito para me retractar pelo julgamento apressado que fiz das suas palavras. O texto que me envia é do António Rei, um amigo e companheiro meu, texto esse que já conhecia e que está publicado no Xarajib. Fica desfeita a confusão Tavira-Loulé. De qualquer forma o próprio António Rei, apesar de basear as suas conclusões em fontes escritas e na toponímia, aconselha a que se procedam a trabalhos arqueológicos como forma de as confirmar. Cumprimentos

  15. Gonçalo Lopes says:

    Não se preocupe, não levei a mal. De qualquer modo, fica claro que o ribat da Arrifana de Aljezur não foi fundado por Ibn Qasi. Por acaso o António Rei tanbém é meu amigo e foi meu professor de árabe, infelizmente já não o vejo há muito tempo.
    Cumprimentos

  16. Ao fim de muito procurar lá consegui encontrar informação sobre Sufismo em Portugal. Muito bem escrito, parabens.
    Melhores cumprimentos.
    C.A.

  17. Nuno Aguas says:

    Adorei, acho que é um tema ivisibilizado em portugal, não se estuda nada da herança do islão em Portugal. Gostava de deixar algumas Questões, Como era tratados os conflitos entre cristãos e musulmanos no tempo em que existiam dois poderes na mesma vila? por exemplo monchique na sua bandeira de cidade, ainda tem representado em paralelo o “Mon” Senhor cristão e “chique” islamico como era essa covivência? que politica existia? tema fascinante e tão pouca informação.
    será que me pode passar bibliografia?

  18. Frederico Mendes Paula says:

    Caro Nuno
    Do que escreve tenho a comentar que de facto não existiam “dois poderes na mesma vila”.
    Durante o período Islâmico o poder político-administrativo e militar era exercido pela autoridades que o detinham, ou seja os Árabes, fosse durante os períodos em que o Al-Andalus esteve unificado (Califado de Córdoba ou períodos Almorávida e Almóada) fosse durante os Reinos de Taifas.
    Aquilo que existiu, principalmente até à chegada dos Almorávidas, foi uma grande tolerância em relação às várias comunidades não Islâmicas (nomeadamente Judeus e Cristãos) em termos religiosos e sociais.
    Mas isso não significa que o poder fosse repartido.
    Quanto a bibliografia sobre o tema, recomendo os dois livros que já anteriormente referi, do Dr. Adalberto Alves (As Sandálias do Mestre e Portugal e o Islão Iniciático).
    Deixo aqui o link de um outro texto meu que poderá ter interesse, apesar de não aprofundar o assunto
    http://aventar.eu/2010/06/06/a-revolta-dos-muladis-de-xantamarya-al-gharb/
    Cumprimentos

  19. Frederico ,

    Gostei muito do seu artigo sobre movimento sufi em Portugal.
    Existem quantas Azoias em Portugal ? e ribats ?

    Vim de uma viagem á Turquia , terra do meu poeta arabe favorito e deixo-lhe um texto que escrevi sobre o mesmo.

    http://acaminhodacasa.blogspot.pt/2012/10/sufismo-derviche-e-rumi.html

    cumprimentos

    Pedro Belo

    • Frederico Mendes Paula says:

      Caro Pedro
      Obrigado pelo link. Muito interessante.
      Quanto a vestígios físicos de azóias e ribats em Portugal não tenho elementos para lhe dar, nem conheço nenhum levantamento específico sobre o assunto.
      No entanto o grande número de topónimos existentes indiciam que seriam em grande número.
      Cumprimentos

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  2. […] revolta de Ibn Qassi e do movimento Muridíno em Silves, e a consequente criação de um vasto território independente, abarcando todo o Algarve, […]

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