Uma calamidade por semana, no mínimo

Primeiro foi o Haiti, a semana passada a nossa Madeira e hoje, mal desperto do sono, acedo à Internet e deparo com a calamidade do Chile – um terramoto que, no momento em que escrevo e segundo notícias actualizadas, já conta com 122 vítimas mortais. Certa e infelizmente, este número tende a crescer e bastante; serão muitos mais. Basta atentar no grau de devastação que atingiu a pátria chilena, terra onde tenho amigos, na capital Santiago, de quem nada sei. Já tentei colher informações deles através do facebook, mas as mensagens do chat passam a tal velocidade que torna impossível a leitura, mesmo ao mais célere dos leitores. Através das mensagens, consigo apenas aperceber-me de que há apelos dramáticos de chilenos, localizados em vários pontos do globo, procurando desesperadamente familiares e amigos com quem não conseguem contactar.

O povo chileno não merece isto, ou mais correctamente, a estrondosa maioria dos seres terrenos, seja onde for, não merece tão severos e desvatadores castigos das forças naturais. Porém, a Natureza reage com eloquência e discricionário poder de revolta aos desmandos dos humanos. Para infortúnio dos mais humildes e indiferença dos mais poderosos, entre os quais os principais líderes políticos que, em Copenhaga e como agora usa dizer-se, continuaram a assobiar para o lado e a proporcionar substanciais reforços de contas em bancos de ‘offshore’. Até quando? Não sei e duvido que alguém tenha resposta convincente.

Para os interessados em acompanhar em directo o que está a suceder no Chile, sugiro que acedam ao sítio tv-de-chile.

Comments

  1. Há uns anos, a queda de um avião é o prelúdio para a queda de mais dois. Agora as tragédias parecem seguir o mesmo caminho.

  2. Carlos Fonseca says:

    É verdade José, esta m…… parece que está desfazer-se.

  3. madalena says:

    são as profecias maias…até 2012 vai ser assim.

  4. Carlos Fonseca says:

    Pode ser que seja, mas que há responsabilidade humana, há sem dúvida.

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