O melhor do mundo são as crianças

Sempre me meteu dó a tendência dos adultos para desprezaram a sabedoria infantil. Confundem miúdos com cotas em miniatura, e não ligam pevide à sua avisada voz.

O que sucedeu após o terramoto que tantos estragos fez no Chile, mais precisamente na ilha de Robinson Crusoe devia servir de lição e ser ensinado em todas as escolinhas para velhos do mundo:

pouco antes das 4:00 de sábado, Martinna Maturana ouviu a mãe a falar ao telefone. O sismo violento tinha acabado de acontecer e o avô, que vive em Valparaíso, ligou para avisar. «Aqui está tudo bem», respondeu-lhe a mãe da menina. Mas Martinna avisou a mãe que tinha ouvido ruídos estranhos. Como esta não lhe ligou, foi avisar o pai, que é cabo em Robinson Crusoe. Também ele lhe disse que não havia problema nenhum.

A Martina não desistiu, e do alto dos seus 12 anos dirigiu-se ao alarme da ilha, fazendo-a accionar como pôde.

Salvou a vida a 700 humanos, adultos incluídos, que saltaram da cama e assim evitaram o tsunami, substituindo as autoridades chilenas que se esqueceram de lançar o alerta.

Boa Martina. Agora prepara-te para aturar os adultos. Fizeste o que toda a gente faria no teu lugar, se fossem adultos com 12 anos, claro.

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