O Porto é uma nação? Independência da Região Norte de Portugal (Memória descritiva)

Mapa da Gallaecia.

A primeira vez que fui ao Porto, viajei com os meus pais, pois era um miúdo pequeno, com seis ou sete anos. Chegámos num sábado, numa manhã de Primavera, fria, mas luminosa. Saímos do comboio na Estação de São Bento e logo fiquei maravilhado com as diferenças – o empedrado das ruas, os eléctricos acastanhados e (pareceram-me) mais largos do que os de Lisboa, os prédios escuros… Via muito cinema e a Baixa do Porto, pareceu-me um cenário londrino. Tudo era diferente.

O meu pai era o único que conhecia a cidade e, orgulhosamente, servia de cicerone. Mas não a conhecia tão bem como dizia e no dia seguinte, um domingo, andámos muito a pé e quando quisemos regressar à pensão ou pequeno hotel da Avenida dos Aliados tivemos de apanhar um táxi. E foi ao taxista que, quando o meu pai se queixou de que a cidade estava muito grande, usou uma expressão que iria ouvir pelos tempos fora (com registos diferentes): «O Porto é uma nação!».

Quando, dias atrás, falei na necessidade de debater um assunto que me parece mal resolvido – o das queixas que a Norte, particularmente na cidade do Porto, se ouvem relativamente ao poder central – não imaginava que houvesse um movimento propondo clara e abertamente a secessão. Circulam documentos nesse sentido, existem sites e blogues, os comentários (alguns) são arrepiantes de ódio e asco ao Sul. Tinha lido um desabafo separatista de um amigo do Aventar, mas atribuí ao facto de ele estar num mau dia. Não supunha que a questão fosse tão grave.

Hoje vou ocupar-me de um desses textos, uma petição para a independência da região Norte de Portugal que, tendo como destinatários o Estado Português e Assembleia da República, circula na Internet. Vou transcrevê-la parcialmente. É um texto rudimentar, mal escrito e não fundamentado, mas que revela claramente o que vai no pensamento de alguns portuenses. Não sei se muitos, se poucos. Diz:

«O Norte de Portugal tem sido ao longo destes anos vítima de uma centralização abusiva de fundos nacionais e comunitários na região de Lisboa, por parte do Estado Português. De facto, todos os grandes investimentos são feitos na capital, desprezando-se outras regiões do país, principalmente o Norte».

Refere os exemplos destes investimentos da Expo 98, do novo Aeroporto de Lisboa, do TGV, das pontes sobre o Tejo, afirmando que para a sua realização, são desviados fundos comunitários do QREN, que tinham como destino a região Norte. Diz depois:

«Mas infelizmente, não é só com vista a estes grandes investimentos que estes fundos são desviados, mas também com vista à criação e atracção de empresas nacionais e estrangeiras para a região de Lisboa. Todos estas situações são demasiado claras para passarem impunes». Refere a Constituição que consagra o princípio da regionalização, com vista a uma descentralização, democratização e desburocratização da administração central. E continua:

«É então óbvio, que a Regionalização em Portugal, não convém a Lisboa, sob pena de esta mesma deixar de viver às custas de outras regiões, como o Norte de Portugal, e de perder a riqueza que acumulou e tem vindo a acumular ao longo destes anos. Mas sublinhe-se que muita desta riqueza, se deve então ao desvio de fundos, centralização e burocratização». Seguem-se considerações irrelevantes comparando o centralismo actual com o do regime salazarista e chega então ao tema principal:

«Se voltarmos atrás na História, o Norte de Portugal, juntamente com a Galiza, sempre foram povos irmãos e com o mesmo sangue. os próprios Galegos se revêem mais como Portugueses do que Espanhóis. Mas sublinhe-se que quando neste caso se diz Portugueses, diz-se Norte de Portugal. De facto, o Sul de Portugal muito pouco tem de comum com as gentes do Norte e da Galiza, que outrora formaram a Gallaecia. Além das diferenças no clima, cidades, natureza, geografia, e outros, a mentalidade das pessoas do Norte de Portugal é muito diferente das do Sul. O Norte tem influências Galegas, algo que o Sul não tem».

Entra-se a seguir numa zona nebulosa do texto, quando se tenta explicar as razões históricas da pretensão: «Posto isto, é justo dizer-se que o Norte de Portugal merece e tem condições de aspirar a ser independente, pois foi sempre maltratado ao longo destes muitos anos de Portugal, Norte mais sul. Repita-se, tem toda a legitimidade para isso, pois tem todo o direito a desenvolver-se como região, recuperando o tempo perdido, o qual lhe foi imposto». (…) E termina « Pela liberdade, democracia, descentralização e verdade, faz-se então a petição para um Norte de Portugal independente. Espera-se por parte do Estado Português, Assembleia da República e outros órgãos importantes de soberania, que deixem as gentes do Norte seguirem o seu caminho. É este o cenário justo e verdadeiro, pois caso contrário haverá a origem de muitas revoluções e descontentamento. Muito obrigado pela vossa atenção. Os Peticionários».

É um texto que defende mal a (quanto a mim, péssima) causa, sem qualquer suporte de natureza histórica, sem dados estatísticos, sem sequer explicar o que é o Norte e muito menos o que é o Sul. Ameaça com revoluções e descontentamento, embora a ordem contrária fosse mais lógica, o descontentamento a dar lugar às revoluções.

Pedem, não a regionalização, mas a independência, pelo que teríamos, como as Coreias, um país a Norte e outro a Sul. A Norte não teríamos um país, mas uma região autónoma do estado espanhol. Os peticionários advogam claramente a união à Galiza. E aí levanta-se um problema (para as suas pretensões). O Porto é a terceira cidade do «Eixo-Atlântico», ultrapassado em número de habitantes por Corunha e por Vigo.

Que possibilidades teria o Porto, no seio dessa região de ser a capital? Eu creio que muito poucas. No plano histórico, Lugo e Braga estariam à frente, pois ao recuperar-se o substrato histórico da Gallaecia é natural que a influência bracarense e lucense sejam tomadas em consideração; a nível demográfico, para os 216 mil habitantes do Porto, a Corunha tem 245 mil e Vigo 295 mil. Mas fará sentido, fora do contexto histórico da administração romana, recuperar a Gallaecia? Acho que não. Não mais do que restaurar as taifas da ocupação muçulmana que, apesar de tudo, são mais recentes.

Aliás, esta questão do Eixo-Atlântico, ainda não a compreendi bem. Por que há-de a Galiza (que é uma nação) ter actividades conjuntas com uma região de um país vizinho. Oxalá esteja enganado, mas parece-me fazer parte da estratégia (essa, sim, centralista) de Madrid para regionalizar a Galiza e para tentar apanhar uma região de Portugal. A ligação à Galiza tem de ser feita entre as duas nações – não entre a Galiza e o Norte de Portugal. Mas voltemos ao tema do «nacionalismo» portuense.

Segundo parece, o sonho de ser capital de um estado soberano está senão vedado, pelo menos dificultado para o Porto. A não ser que a velha consigna de que «O Porto é uma nação» se consubstancie num estado. O Porto, capital do Porto.

Aos que entenderem que o que digo, são ironias e raciocínios de centralista, pergunto: serei centralista porque amo o Porto e não aceito a ideia de o ver separado do País? Sentiria isso como uma amputação, pois, embora lisboeta, quando penso em Portugal não penso em Lisboa, mas em todo o conjunto de cidades, vilas e aldeias, campos, rios e montes, dialectos, comidas, música, literatura… Mais do que lisboeta, sou português.

Voltarei a este assunto.

Casa real sueva.

Comments

  1. João Nunes says:

    É mais que tempo de deixarmos de sustentar, sempre com prejuízo para o Norte, de Leiria para cima, os gastadores e usurpadores do Sul. Querem comer? trabalhem, Querem pontes? Trabalhem!
    Mas como lhes é mais fácil sacar o que é dos outros, continuam a engordar à nossa custa.
    Independência total e unilateral, já!
    Comparar isso com a situação das Coreias é meter ainda mais areia na engrenagem.
    Que se desunhem com os seus tgvs e praias no tejo, o seu allgarve e o seu aeroporto.
    O Norte não precisa de Lisboa, nem de todo o Sul para nada.
    É a única forma de não hipotecarmos o futuro de quatro gerações vindouras aos desvarios e gastos parolos dos “cosmopolitas da capital”. E ainda estamos a tempo de salvar a nossa.
    A nossa e todas as outras que se lhe seguem. Quanto mais tarde, pior.
    Pelo Norte, pela vida, pelo futuro!

  2. Sou do Norte (nascida em V.N.Gaia), e não conhecia esse documento, o resto o folclore “o Porto é uma Nação” sim. Quanto ao que é defendido nesse documento acho que poderíamos avançar isso sim, para pressionar o governo a descentralizar e desenvolver todo o território! Pois num país todo virado para a modernidade “tipo” TGV, são vergonhosas as suas assimetrias. Algumas freguesia do grande Porto, nem saneamento básico têm! Mas como se instalou de tal forma a desconfiança nos governantes, sejam de cor for, já ne com Regionalização lá vamos, pois vamos sempre desconfiar dos “tachos”… Para mim, sem qualquer ironia passava-me com todo o prazer para o outro lado… para a Nação que fomos antes de D. Afonso Henriques…

  3. Se houver “referendo” eu voto “sim”.
    A “galleccia” (ver mapa) para os galegos.
    Antes “mouro” que galego.

    • António L says:

      Tens razão que sejas Mouro, porque não tens familiaridade com o Norte.
      Não é necessário ser-se Galego, mas que o Povo do Norte não tem nada a ver com o do Sul, isso é Verdade.
      Sul = Despesismo, dinheiro para a macrocefalia de Lisboa;
      Norte sempre desprezado e desvalorizado, a fim de que não venha a ter auto-afirmação;
      Despesismo com os apoios aos Palops em desprezo com o próprio Povo.
      Rendimentos para todo o tipo de Estrangeiros;
      Por fim, Tratados com o Brasil, para quê?
      Sabemos que existe DIFERENÇAS Inconciliáveis, só um manhoso Mouro é que não quer que um do Norte veja.

      • Henrique Oliveira says:

        Sempre a mesma confusão entre Lisboa e o Sul do país, quando não têm nada a ver, são coisas completamente distintas. Enfim…

  4. Pedro Sousa says:

    Sempre fui um defensor da regionalização. Penso que se deve descentralizar ao máximo as coisas, e sim, realmente o Norte é sempre esquecido em detrimento da grande capital do império como alguém dizia. Agora tb acho que não podemos fazer disto uma guerra. Sim, é verdade que Lisboa e arredores são demasiado favorecidas, disso não restam duvidas. Mas e o Alentejo por exemplo? Acham que é favorecido por ser no Sul? E toda a Margem Sul, que até já foi apelidada por um nosso ministro de deserto? Se me dizem que a zona da Grande Lisboa é beneficiada em relação ao resto do país, assino por baixo, mas não vamos fazer disto mais uma guerra do Norte contra o Sul, para isso já temos o Pinto da Costa e os futebois. Sou nortenho de gema e adoro o meu Norte, mas vivemos num país que se chama Portugal e devemos olhar para todo o país e não para uma parte.

    • Ricardo Santos Pinto says:

      Portugal é demasiado pequeno para dividir ainda mais. O Sul e Lisboa não têm culpa das políticas estúpidas e centralistas dos senhores do poder.

  5. Carlos Fonseca says:

    Caro Carlos Loures, sou lisboeta, mas acima de tudo português. Não vislumbro razões sérias para a secessão, e como diz – e bem – o Porto
    seria diluído, no estatuto e em poderes, no caldo das cidades galegas; Vigo e Corunha à cabeça.
    Uma coisa é discordar e combater desigualdades regionais, fruto de políticas de governos, outra é colocar em causa a soberania e integridade do território nacional. O Alberto João e acólitos, que também navegaram em semelhantes águas relativamente à Madeira, acabaram por se vergar ao peso do sentir do Povo Português, expresso de forma activa, inteira e solidária. Será que é sempre necessário haver dilúvios?
    Curiosamente, nos últimos 80 anos de história, o País teve maioritariamente PM’s do Norte – Sócrates é um deles e o intercalar Barroso também reclamava a condição de transmontano. Que responsabilidade têm os cidadãos alfacinhas das escolhas políticas de governos? A mesma que outros eleitores do País. Os lisboetas residentes são até uma escassa minoria, tendo em conta aqueles que só cá vieram nascer na Alfredo da Costa – perfazem cerca de 6% da população nacional.
    Quando doentia rivalidade tolda a capacidade de pensar, é inútil contra-argumentar com racionalidade.
    Viva o Porto Português!

    • Sérgio Oliveira says:

      O Porto é e será sempre português, até porque definiu o nome do país. Ao contrário do que vi escrito por aí, nunca foi pretensão do Porto ser capital, queremos apenas que não nos tirem o nosso direito a governar-nos. Limitar o Porto ao munícipio homónimo e argumentar que Vigo e Corunha são maiores é ignorar os mais de 2,5 milhões que vivem e trabalham na área metropolitana do Porto (a área metropolitana real e não a que foi definida por Lisboa de forma a manter o seu estatuto de “maior cidade portuguesa”). A soberania do território nacional tem sido, desde há séculos, usurpada por Lisboa. A responsabilidade dos lisboetas é a responsabilidade do paternalismo e de quem fala sempre de boca cheia, porque vive à custa do resto do país. Mais importante do que isso, o Sul e por Sul entenda-se a sul do Mondego e ilhas, não tem nada a ver com o Norte, nem na cultura, nem nas pessoas. Quando viajo para Sul do Mondego, sinto-me no estrangeiro, as pessoas não são acolhedoras como no Norte, olham de lado e tratam-nos como se nos estivessem a fazer um favor obrigadas. A comida não é a mesma, as tradições a música e a forma de estar e de ser são diferentes. Para bem de todos, acho que nos devíamos separar, vocês não ouviriam mais as nossas queixas, que tanto vos ofendem e nós só nos poderíamos queixar de nós mesmos.

      • João says:

        Sérgio. Segundo o último censo (2011) o DISTRITO inteiro do Porto, tem 2,027,191 habitantes. Um “bocadinho” a menos que os seus 2,5 milhões só na área metropolitana. Há uma estimativa (muito simpática para com o Porto por sinal) de 1,7 milhões de habitantes na sua área metropolitana.

  6. Carlos Loures says:

    Foi mesmo isso que quis dizer, Ricardo. De que serve a independência se elegerem governos semelhantes, com políticas semelhantes? Pedro Sousa, LIsboa é beneficiada? Em quê? Uma aglomeração caótica, mal servida de transportes e com as estradas congestionadas nas horas de ponta, é esse o benefício? João Nunes e Ana, se proclamarem a independência, não se esqueçam de ficar com o José Sócrates – ele é de Alijó, em plena Gallaecia.

    • M.joe says:

      Não foi em alijó que ele se governou ou se corrompeu de certeza… Lisboa, ninho de corrupção e esquemas…

    • fernando silva rodrigues says:

      e que culpa têm os nortenhos de estas populações,se não tiverem a ousadia de gritar bem alto os seus infurtunios, sejam ministros 2 ou 3 do norte os infurtunios cotinuam.hà que berrar nortenhos,e pôr fim a esta vergonha,doia a quem doer BASTA ser cidade de provincia,o problema é que so vêm lisboa,que nada fez par a extensão de portugal desde as conquistas aos mouros para portugal ser o que é hoje

  7. Carlos Loures says:

    Quando fiz o meu comentário, não tinha lido o seu, caro Carlos Fonseca. É um belo sublinhado ao que disse no post. Obrigado.

  8. Pois, não vamos confundir folclore com coisas sérias. A independência do Norte só pode servir como arma de arremesso meramente teórico para assustar os poderes centralistas. Mesmo que se entenda que com coisas sérias não se brinca.

    A questão da regionalização não deve ser confundida com disputas de “capital”. Dispenso bem a capital da Região Norte no Porto. Ficaria bem melhor em Vila Real, Bragança, Guimarães, Braga ou na rechousa.

    Outra falácia é considerar Portugal muito pequeno para regionalizar. Vejam lá quantos países mais pequenos que o nosso estão regionalizados e quem nos dera uma economia como a deles…

    Outro erro: acreditar que os Galegos, a sua esmagadora maioria deseje ser Português ou uma região Norte/Galiza. Perguntem e ficarão espantados com a resposta.

    Portugal precisa, como de pão para a boca, de se regionalizar e, sinceramente, não vejo outro caminho em prol do desenvolvimento social e económico do todo nacional.

    Agora, se persistirem em nos prejudicar, em nos manterem desprotegidos, em nos proibirem de governar o nosso território e o nosso destino, então não se admirem que uma brincadeira passe a coisa folclórica de meia dúzia de bacanos e termine numa perigosa bola de neve sem retorno.

    Dito isto: é uma estupidez culpar o Sul ou Lisboa. Os culpados existem e não são territórios geográficos abstractos (nem Lisboa é Sul mas Centro…) mas políticos incompetentes concretos. Com nome, BI e residência.

    O Norte e o Alentejo e todo o interior nacional são os principais prejudicados por este constante adiar de uma solução.

    • Paulo Costa says:

      Este texto é mais um dos que por aí foram publicados. Infelizmente a ignorância é algo com que não conseguimos acabar. Nem com o cinismo ou a hipocrisia. Quando surgem “notícias” destas, só me posso entristecer, porque esses portugueses não encontram o essencial, não são capazes de um pensamento político objectivo, de respostas para o país. O país é um, fala em uma só língua. Isto parece ser óbvio. Mas há sempre alguém que não se contenta nem com o que é óbvio nem com o país em que teve a sorte de nascer. Alguns querem mudá-lo, alguns querem enfraquecê-lo, alguns comparam-no com outros. Mas como? Para quê? E com que direito? Herdá-mo-lo, aprendemos uma língua mãe; tantos povos que não podem assumir livremente a sua, tantos povos sem território… Mas em Portugal alguns, sabe-se lá porque razões, porque as que são conhecidas são absurdas. E nem continuarei porque enquanto português, tenho nojo e vergonha de quererem alguns colocarem portugueses contra portugueses. Gesto sem sentido que só alegrará, por exemplo a espanhóis e eixos fascistas.

      • M.joe says:

        O problema é que parece que existem Portugueses de 1ª e Portugueses de 2ª… A lingua não é o unico ponto de união de um país.. a sua cultura é muito mais importante… E em termos culturais, a Galiza é muito mais parecida culturalmente com o norte de portugal, doque Lisboa, Alentejo e Algarve…

  9. Carlos Loures says:

    Totalmente de acordo, Fernando. Uma regionalização séria é necessária, sendo coisa diferente de uma independência que não faz qualquer sentido. Contudo, se a regionalização e a, consequente descentralização, se faz com os mesmos políticos ou outros do mesmo jaez, nesse caso vamos ter cinco ou seis centralismos e o milagre da multiplicação dos tachos.

  10. Post muito pertinente e se consigo (?!) ler a mente do Carlos Loures, creio que ele desconfia, tal como eu, da mãozinha de Madrid em todos estes delírios regionalistas trans-fronteiriços. Agora, as juntas da Galiza, Extremadura e Andaluzia, parecem seguir uma nova táctica de atracção, procurando a desconstrução do nosso país. Infelizmente – alegrem-se os secessionistas do Norte -, o poder de Lisboa colabora. Quem sai do governo, passa a servir uma grande empresa com interesses do outro lado da fronteira. O fim do TGV é uma pesada contrariedade para os espanhóis. Para nós, o adiamento de um problema. Se o querem, que o paguem de Madrid a Lisboa e de Lisboa a Vigo, à Corunha, etc. Eles, claro…

  11. Carlos Loures says:

    Claro, essa é a minha preocupação. A mão de Madrid a dar corda a velhas frustrações regionais e a tentar, a partir daí, desmontar uma das mais antigas nações da Europa. Denunciar essa manobra por todos os meios ao nosso alcance, é o que podemos fazer. O governo não se preocupa; dirá mesmo que estamos a ver fantasmas.

  12. Es tamos mesmo a ver fantasmas adiados: ele.

  13. João Nunes says:

    Já descambou tudo para o lado dos interesses de Madrid, blá, blá, etc. e tal.
    O que se passa aqui é a sustentação dos vícios lisboetas, de quem vive do trabalho e da riqueza que o Norte produz. Já chega de roubar, de viver à nossa custa!
    O resto, interesses destes e daqueles, é poeira para os olhos.
    vamos pagar para usar as nossa estradas, já pagamos para pescar no nosso mar. Um destes dias pagamos para usar o jardim, enquanto os do sul continuam a rir e a gozar com as borlas que lhes damos. Coitadinhos dos Ribatejanos, dos da Amadora, de Setubal e dos Alentejanos. E os Algarvios, são pobrezinhos, coitadinhos, temos de os alimentar, mesmo com o pão dos nossos filhos e netos, com a comida do nosso prato.
    É bom sustentar malandros, não é?

    • João Oliveira says:

      O que é triste é que o que o norte produz, quem o produz , raramente vê tusto. O Norte é e continuará a ser uma das regiões mais pobres da UE um pouco com o conluio das suas gentes. Os problemas no Norte vão muito além dos fundos europeus. Como se diz por aí e muito bem , “o Porto é uma nação” é folclore. Mesmo no suposto “Norte”, que nós sabemos bem quem é (Porto), o próprio Porto sorve para si mesmo todos os fundos europeus destinados à região. Tentou aumentar para Norte a sua Área Metropolitana, mas como o Minho não vai à bola com os interesses portuenses, resolveram estendê-la a sul, para a região de Aveiro, retirando a Aveiro uma das maiores fontes de receita e desenvolvimento da região, a cidade de Espinho, e anulando a verdadeira potência económica e industrial do distrito, Santa Maria da Feira, que irá sempre estar atrás dos concelhos limítrofes do Porto, especialmente em termos de transportes.

  14. Miguel Vasconcelos says:

    Este texto refere-se à necessidade de haver regionalização, na qual concordo desde o primeiro dia. É o grande pecado da República Portuguesa, pois permite que poder central, cada vez mais, aglutine tudo o que existe.
    Mas quanto à independência e o “problema” do Porto não ser a mais populosa cidade, isto apenas se deve ao facto de, aquando da implantação da monarquia constitucional, terem divido a cidade do Porto em duas. Pois a cidade do Porto estendia-se até ao Monte da Virgem.
    Assim apoio, para além da regionalização, a união das duas cidades onde o Douro desagua. Deixaríamos de ter um Porto com 42 km2, para uma cidade de 210 km2, com mais de 500 mil habitantes, com possibilidade de criação de pólos industriais capazes de competir a nível europeus, grandes espaços verdes, praias de excelente qualidade.
    Isto interessaria aos portugueses? Aos durienses, pelo menos, sim! Ao poder central é claro que não, pois nesse aspecto Lisboa e a Grande Lisboa, tornariam-se secundárias…
    Isto é só um desabafo, infelizmente, e peço desculpas pelo testamento!

    • Luis Marecos says:

      Sou nascido em LISBOA e por mim que lhes deem a independencia.e ja agora que falem galego lol,para os que nao sabem existiu uma rede bombista que tentou a separacao norte sul nos anos 70.estes srs vinham a lisboa despejar bombas.pois para mim estes srs preocupam se em fazer propaganda contra Lisboa para ganhar tacho mais nada!ganhando o apoio desta tese o porto e uma nacao,e claro que os habitantes locais vao apoiar e quem ganha com isso sao as pessoas do poder do porto.os cidadoes cumuns nada ganham!e como alguem disse muitos dos pm de portugal eram do norte.nao sao sempre pessoas do sul que estam no poder e quando os do norte sobem ao poder os do sul tambem votam neles.perguntem ao durao barroso.

  15. Carlos Loures says:

    Miguel Vasconcelos, não tem de pedir desculpa pelo seu comentário o qual, aliás, lhe agradeço. Todas as opiniões são bem-vindas, desde que sejam expressas de forma educada, como é o caso da sua. Acredito que uma regionalização bem feita pode ser benéfica.
    Na sua ideia de aumentar a área administrativa da cidade do Porto, já não acredito tanto. Não porque não possa ser, mas porque o problema do Porto (ou o de Lisboa) não se centram no número de habitantes. Em termos práticos, funcionam as áreas metropolitanas como unidades urbanas. A do Porto tem cerca de milhão e seiscentos mil habitantes, a de Lisboa quase atinge os três milhões. Mas muitos desses habitantes, quer numa quer noutra área, têm um poder de compra muito baixo. Esse facto não nos permite comparar as nossas duas metrópoles com outras que, em termos populacionais não são maiores, mas cuja “massa críitica” é muito superior. E aí me parece residir o problema.

  16. Miguel Vasconcelos says:

    Caro Carlos Loures,

    Obrigado pela palavras gentis.
    Infelizmente, estas conversas virtuais apenas servem para desabafar.
    É pena não haver um movimento a pressionar o Governo para agir…

  17. Carlos Loures says:

    No tipo de democracia parlamentar que temos, a única forma de pressionar o Governo é através dos votos. Forçar a realização de um novo referendo sobre a regionalização, também está nas mãos dos cidadãos eleitores. Nâo sei se a regionalização resolverá os nossos problemas se a qualidade dos políticos não melhorar. Porém, seria um passo que poderia (e deveria) ser dado.

  18. Miguel Vasconcelos says:

    Sim, é verdade.
    Isso é um dos grandes males da sociedade contemporânea portuguesa. Exige a mudança, porém, não quer ser incomodada de qualquer maneira… É dessa apatia que os nossos políticos proliferam e se alimentam

  19. Sinceramente, estou um bocado confuso com toda esta situação:

    1. Os TGV’s – sejam eles para o norte ou para Madrid -, não passam de uma quimera absolutamente desnecessária para este momento de todas as dificuldades. Se os portuenses pensam que os lisboetas o querem, estão, uma vez mais, redondamente equivocados. Como os compreendemos! E tudo isto para chegarmos um quarto de hora mais cedo ao Porto? Ridículo!

    2. O antigo estribilho do “Porto trabalha e Lisboa dança”. É uma velha e desaparecida realidade de outros tempos. A economia já não é feita apenas de fábricas, martelos, fusos de lã e tesouras, mas também de serviços. Ora, por muito que “isso nos contrarie”, uma breve leitura do tecido produtivo nacional, é elucidativo. Um ponto meramente caricato e marginal, prende-se com a actual celeuma acerca do festival Red Bull que tem provocado tantas e desnecessárias ondas de choque. Em Lisboa não gostamos sequer da ideia e nem sequer a nossa situação se presta a tal evento, dadas as evidentíssimas vantagens que a menor largura do Douro evidencia. Uma questão reles da contenda entre os “rotativos”. Devia ter ficado no porto.

    3. A “regionalização”. Coloco-a entre aspas, pois tal como parece ser pretendida, surgirá como mais uma dificuldade, a acrescentar ao despesismo, loucuras caciquistas e outras maçadas bem conhecidas e evidentes dentro do actual quadro constitucional. Mas se insistirem muito, poderemos tentar e verão.
    Antes disso devíamos todos, os do norte, centro e sul, pensar seriamente em federações de municípios – Grande Porto e Grande Lisboa, para começar – e dar uma vista de olhos ao plano de ordenamento territorial que o arq. Ribeiro Telles propõe há tantos anos. Fosse – ou tivesse sido! – ele do PS/PSD, onde já estaríamos…. Não tenham ilusões quanto às boas intenções inter-fronteiriças. na verdade, os espanhóis NADA MAIS pretendem de Portugal, senão:

    a) Os nossos portos de águas profundas e a construção de um consentâneo com as necessidades deles em Sines. Esta é uma carta que os idiotas dos governos de Lisboa ainda não ousaram apresentar, desviando para Portugal a porta de entrada de produtos na Europa. Aí, sim, fazia sentido uma rápida modernização da rede ferroviária com destino ao resto da Europa.

    b) A total controlo do nosso mercado interno e o alijar da nossa competição.

    c) As ilhas atlânticas. Não pelas riquezas que encerram – poucas – mas por aquelas que se adivinham na plataforma marítima. Estrategicamente, a Hispânia Unida seria uma grande potência na região do hemisfério Norte. Mas daí a tal coisa ser permitida pelos EUA e Reino Unido, vai uma grande distância. Nem sequer uma potência em eclipse, como a França, olharia de bom grado tal coisa. Imaginem o que acumulariam com as nossas águas territoriais, mais as açoriana, madeirenses e a das Canárias. O Departamento de Estado JAMAIS admitirá uma Espanha dona das Lages que queiram ou não queiram, continuarão a ter importância durante muito tempo. Qualquer conflito no Médio Oriente assim o prova. A “velha Aliança” de 1372 deverá continuar, por bem.

    d) Liquidação do português. Se os meus amigos quiserem ferver em pouca água, teclem no google em União Ibérica, anexação de Portugal (anexion, claro…) etc, e depararão com uma infinidade de foruns, blogs e sítios onde as hipóteses se discutem abertamente! Inacreditável, inaudito.
    Mais, falam abertamente entre eles, acerca de procedimentos quanto ao “problema do português”. Parece-lhes simples, pois começariam por ir impondo a aprendizagem do castelhano em Portugal e ir dificultando as nossas publicações e alargariam a TVE até Lisboa em canal aberto. Depois e como eles dizem, …”los portugueses entendien bien las lenguas y el español, sendo facil el enracinar de nuestra lengua allá”. Chegámos a isto. Vendo bem as coisas, é uma espécie de etnocídio anunciado da forma mais escabrosa. Reparem que sendo os austríacos alemães como os seus irmãos do norte, já há muito deixaram de ser reivindicados pelo Estado sucessor do Reich. Aqui na Península, andamos nestas bolandas há que séculos.
    Quanto ao problema que para eles representa a África lusófona, é outra coisa bem mais difícil, para nem sequer falarmos no Brasil uma enorme dor de cabeça. Afinal de contas, as “migalhas” que o Ultimatum nos deixou, sempre valem para algo… É que o nosso país sucessor, tem hoje um poder de atracção avassalador sobre os vis+zinhos e não tardará muito até o português se infiltrar no Paraguai, por exemplo. Na Guiné Equatorial, já nos entendem, graças à RTP África.
    d) Embora este seja um tema controverso ou desagradável para o a sempre atentoCarlos Loures, temos de reconhecer que em termos institucionais, a Espanha leva clara vantagem e enquanto o regime se mantiver, a unidade está razoavelmente segura. Não me admiraria nada se Filipe VI viesse a ser proclamado em quatro ou cinco capitais diferentes, tal como Francisco José outrora teve que fazer em Viena, Budapeste, etc. Os espanhóis são bem capazes disso. No que respeita às veleidades da ERC da Catalunha, nem ela é de fiar, pois o sr. Rovira – que nem sequer é catalão e em matéria de xenofobia ombreia com o sr. Le Pen – há uns tempos dizia que “aceitavam a unidade espanhola, no caso da sua conclusão final”, isto é, na entrada portuguesa no jogo.

    Portugueses, sejam eles do norte, centro ou sul. Aliás, há gente do sul no Porto e muitos portuenses, bracarenses e transmontanos em Lisboa… Os nossos problemas terão que ser por NÓS resolvidos. Um por todos, todos por um.

    Nada de ilusões. O Pai Natal vive longe, quiçá entre a Noruega, Suécia e Finlândia e pelo que consta, as renas e trenós são incompatíveis com paragens meridionais.

  20. Apenas mais uma nota, acerca dos portos:

    É evidente que o porto de Lisboa é completamente desadequado a contentores e ao grande tráfego comercial. Sines pareceria ser o futuro mais que certo, ficando Lisboa reservado ao turismo, porto militar e pouco mais. Não temos espaço, está estrangulado em termos de vias de comunicação para a Europa, etc. Infelizmente, estou a chegar à conclusão que este regime – que não a democracia, claro – deverá ser substituído. Simplesmente, acabou! Por inépcia e exaustão.

    • Luís Moreira says:

      O negócio dos contentores de Alcantara levava gente para a prisão em qualquer país decente!

  21. Carlos Loures says:

    Nuno, este seu comentário é um magnífico post. Proponho que o edite como tal. Digo isto só porque as coisas importantes que afirma, sobre a cobiça de Espanha, por exemplo, ficarão mais evidenciadas num texto autónomo. Prometo comentá-lo logo que o veja colocado. Se não houver hora, disponha do «meu» meio-dia. Um abraço.

  22. Carlos Loures says:

    Nuno e Luís, respondo agora a estes dois comentários. A substituição do «sistema democrático» ou seja, do modelo de democracia que nos (des)governa, parece-me urgente. A mudança do «regime», como o Nuno pretende, de republicano para monárquico parece-me, desculpe, uma futilidade. Se fôssemos, se tivessemos continuado a ser, uma Monarquia, ainda vá… Em nome da conservação de uma relíquia, podia justificar-se. Agora, ao fim de cem anos de República, regressar à Monarquia? Seria regredir na escala evolucionária, pois, com todas as suas imperfeições, a República anula a ridícula e inútil figura do monarca, um «ungido por Deus» que muitas vezes calha ser um débil mental. Presidentes estúpidos e analfabetos, também acontecem. Mas não temos de os aturar enquanto vivem, nem suportar-lhe os filhos… Já disse isto tudo. Luís, é como dizes, esse e outros negócios, em «qualquer país decente» levariam gente para a prisão. Onde é que fica esse país decente? Itália? Brasil? Estados Unidos? México? Mesmo nos países «decentes» (e nenhum dos que disse o são), os poderosos safam-se e quem comete pequenos delitos vai parar à prisão.

  23. Carlos, o seu post é a síntese de tudo aquilo que é necessário dizer. Não sei se vale a pena passar por cima deste que aqui em boa hora deixou. Como vê, o tema interessa e voltaremos a ele brevemente, até porque do lado de lá da “ex”-fronteira, não deixarão de nos dar sobejos motivos para isso.

    Interpretou-me mal, quando falei do “regime”. Não mencionei a passagem para a Monarquia, mas quis dizer apenas que tal como existe, o actual sistema constitucional está desadequado. Portugal será sempre aquilo que nós quisermos se todos tivermos a força de vontade para tal. No fundo, o que são todas as instituições formais – presidentes, reis, chefes disto e daquilo, bispos, etc, etc -, senão relíquias? O sr. Cavaco Silva provou-o ontem e de que maneira! O problema é que temos de viver com elas, sejamos nós homens da Europa, do Togo ou da Nova Guiné. Somos um bicho que no essencial, não se diferencia.

  24. Carlos Loures says:

    Lá isso é verdade. Porquê, então, a Causa Monárquica?

  25. Desculpe-me por só agora responder. Cheguei a casa às 10 da noite…
    Bom nem sequer sou filiado na Causa Monárquica, PPM, PSD, CDS, PC, PS ou BE, etc, etc.

    À sua interrogação, só poderei responder sucintamente, com aquilo que disse mais acima, ou seja, a tal questão simbólica a que é difícil, senão impossível, fugirmos. Esta questão simbólica ainda impele milhares a visitar as múmias dos srs. Tutmósis II, Tutankhamon, Ramsés II, Lenine, ou os túmulos dos Bonaparte (I e II) nos Inválidos.

    Para uma grande conversa – à volta de uma mesa… – ficaria como tema a hipótese da vantagem da existência de uma instituição aparentemente conservadora que permite avanços nas mentalidades, instituições legislativas, etc. Lembra-se do sr. Kalinine na URSS? Até Estaline admitiu a existência de um Chefe do Estado que teoricamente sobre o S.C. do PCUS pairava.
    Basta passarmos a fronteira que logo percebemos. Não é uma questão de medo, preconceito e muito menos ainda, passadismo. Quem conhece ao seu semelhante, deve procurar ver mais longe. Um dos nossos grandes problemas consiste precisamente no imediatismo com que lidamos com a coisa pública. Ou não ouviu ontem o enrome chorrilho de banalidades do sr. Presidente da República. Ficámos a perceber aquilo que já há muito sabíamos. antes do mais, está interessado nele próprio.

  26. Carlos Loures says:

    Compreendo. Mas as relíquias guardam-se em museus, o Tutankhamon lá está no Museu do Cairo e o Vladimir Ilich no seu mausoléo, bem como o Sr. Bonaparte nos Invalides. Por acaso, já os visitei aos três, pois também aprecio relíquias. Mas uma coisa é apreciá-las em museus e mausoléos, outra é tê-las como chefes de Estado. Bem sei que o nosso actual chefe de Estado contraria bastante esta teoria – as ossadas do Sr. D. Afonso Henriques, devidamente acondicionadas em Belém, não conseguiriam fazer pior e pelo menos a D. Mafalda não se atreveria às figuras da Dra. Cavaca. Aquilo que me parece correcto é não haver chefe de Estado e, portanto, presidentes como este professor que agora anda por Belém, parecem-me mais próximos desse desiderato do que um reizinho pomposo. Os reis, coitados, estão sempre convencidos da eternidade da instituição monárquica. E todo esse aparato, um tonto coroado, a nobreza e a tralha ridícula que arrasta, são empecilhos em que o futuro tropeça. Com um pR, mesmo iletrado como o que temos, as coisas estão mais facilitadas. Em suma, Nuno, eu compreendo o seu gosto pelas coisas do passado, pois também me fascinam. As coisas do passado a conviver com o presente e a ensombrar o futuro, já não me agradam – chaque chose à sa place. Espero que compreenda também que monarcas e uma certa pulsão anarquista que me habita, convivem mal.

  27. pedro says:

    O norte do pinto da costa e destes fanaticos da bola adeptops do fcp acaba em gondomar ou ermesinde.

    Portugal é um estado nação, contudo meia duzia de fanaticos da bola e politicos pagos por espanmha e iberistas querem acabar com isto para nos enfiar numa federação com sede em madrid onde seriamos castelhanizados.

    Sou MInhoto, de fafe e não me identifco com este norte dos caciques da bola, e é por este motivo que não se pode permitir que o pais seja regionalizado no mapa das 5 regiões, estes tipos davam cabo do pais.

    A regionalização, aser feita tem que o ser no mapa das 8 ou 10 regiões de modo atirar poder ao porto, e impedir estas ideias destes trites portistas adeptos do fcp, regionalizando do litoral p+ara o interior.

    nada de nortes nem centros, pelo contrario, minho, tras os montes, douro litoral, diferentes beiras, alentejo, estremadura e algarve.

    Cambada de tradiores.

  28. João alves says:

    Estes tipos do porto são a vergonha de portugal.

    Eu como Transmontano tenho nojo desta gente.

    A bola sobe-lhe aos cornos e dá nisto.

    O Meneses jáesta vendido aos castelhanos, puseram-no a presidente do noroete peninsualr, e ele vendeu-se, e o pinto da costa nos ultimos 20 anos e os caciques da bola do porto, serão, carlos abreu amorim e companhia limitada tem tantado por tudo dividir o pais.

    Mas o porto esta isolado nesta guerra, os transmontabos tem um forte sentimento de unidade nacional e de ligação alisboa, o mesmo se passa pelos minhitos, isto do norte só existe na cabeça de meia duzia de fanaticos que vivem no porto e arredores.

    Estes tristes vem para aqui falar de moutos, todo o teritório portugues esteve sobre o controle mouro, por isso então são todos mouros.

    acima de tudo somos todos portugueses, nação quse milenar, elusitanos, estes tristes do porto que vem para aqui falar dos galegos deviam-se lembrar que há 200 anos quando a ponte das barcas caiu onde morreram milhares de portuenses as tropas frandescas e castelhanas que invadiram portugal estavam aquateladas na galiza.

    E depois desconhecem que a lusitania pre-romaa de viriato chegava á corunha, em 69 dc julio cesar subtariu-lhe a parte acima do douro e integrou-a na tarraconense para retirar poder aos lusitanos, e apenas em 198 dc na terceira divisão da hispania é que foi criada galecia acima do douro, que menos de 200 anos visto que em 476dc o império romano caiu.

    estes tristes querem assim trocar uma identidade de 900 anos por uma de pan-galegos com 200 anos.

    Sempre havera uma corda para estes traidores.

    Viva portugal e viva Tras os montes.

    • Sérgio Oliveira says:

      Há sempre quem queira tapar os olhos das pessoas dizendo que as nossas legítimas reivindicações têm a ver com o futebol. Você representa a classe do tipo de nortenho que vai para Lisboa e se esquece de onde nasceu rendido à corrupção. A Lusitânia nunca subiu acima do Douro, a Galécia como de facto foi chamada mais tarde fazia parte da Hispania Tarraconense. O facto de a admnistração romana apenas ter feito a divisão no sec III d.C. não significa que essa região não possuísse uma identidade anterior. Lembro-lhe que esta região apenas foi completamente pacificada em 19 a.C. A identidade da Galécia manteve-se com o reino dos Suevos, que foi o primeiro reino reconhecido na Europa depois da queda do império romano do ocidente. A influência dos mouros a norte do Douro foi quase nula, uma vez que durante o seu domínio este território foi terra de ninguém. Não é uma identidade de 200, nem 900 anos, mas de mais de 2000 anos. Se quiser continuar a viver na mentira e a prestar vassalagem a uma cidade imperialista, prepotente e estrangeira, está no seu direito, mas não critique quem não o aceita. A nossa voz não vai ser silenciada nem pela sua ignorância e conformismo, nem pelos insultos de traidores e iberistas. Madrid e Lisboa representam os mesmos interesses imperialistas de quem procura criar uma identidade à custa da independência dos outros.

      • Silva says:

        Você vive num mundo á parte, um mundo de alegorias e sonhos pré medievais que lacam em falta de conhecimento.
        Talvez os turdulos também fossem uma nação?? e os Keltici (alentejo) e os conios outra nações e os vetones outra nação isto quase tudo em territorio actual português, tantos povos e conjuntos de tribos deram origem a Portugal. A Galécia era integrada por conteporaneos á época na Lusitânia ambos de cariz celta ou de influencia celta, depois nas provincias romanas. Os Suevos estiveram em Portugal e Espanha e estiveram no seu reino até quase todo o sul de Portugal durante mais de 100 anos, os visigodos estiveram em todo o centro em espanha e Portugal. Quem serão os portugueses do sul? São povo que veio em grande parte do norte, são gente do nosso sangue, são portugueses filhos dos foruns inoquom de repovoamento desde Dom Sancho.
        Quais mouros qual mentirada, já foi alguma vez ao algarve, ou a almada? ou a Sesimbra, Évora? nada tem de mouro, a não ser aquilo que você quer que eles tenham.
        Os meus pais e avós eram da beira da parte da mãe e do pai de Guimarães eu sou de Lisboa, em Lisboa todo o povo é de fora da cidade, vindos do século XIX da beira, talvez 1/5 seja do minho (lamego, guimarares, barcelos e braga), do alentejo também e da galiza (muitos). Imperialista? isso é muito age of empires amigo.
        Traidores para mim são quem insulta outros portugueses das beiras, do algarve de lisboa ou de tras os montes, esses é que são traidores.

        e já agora um viva ao 28 de maio de 1926! dia da revolução nacional!
        Nacionalistas! na marcha
        Se nos estivermos unidos e nos preocuparmos com os verdadeiros problemas da nação podemos combater por Portugal, vejm a imigração (de africanos) que destroi a nação, acordem!

        Viva a Portugal! since 1143 nunca derrotados e gloriosos

      • Miguel says:

        Se fosse a votos a Regionalização (qualquer que seja a sua fórmula), ou até uma Independência em quaisquer moldes, a esmagadora maioria dos benfiquistas do Norte votariam contra.

        ( È uma crítica construtiva acima referida. Quem for minimamente inteligente, tira daqui conclusões várias, sem entrar em guerras, apenas constatando o facto.)

      • Manuel Pinho says:

        O Serginho Oliveira, os Trasmontanos são apenas Transmontanos e Portugueses.

        Mas que é isso de nortenhos?

        Colonização maligna vinda do Porto para Trás-os-Montes, é isso?

        Isso é muito feio, então os portistas sempre a falar de centralismo Lisboeta e na volta querem ele armar-se em centralistas me relação aos Transmontanos.

        Quem se diz nortenho, são apenas os habitantes do Porto e area metropolitana, mais nada.

        É bem que tenhas isso ciente traidor do forem galecia.

        Não te preocupes que o teu dia de prestar contas aos pais vai chegar.

        Estás marcado.

      • Pedro says:

        Em Braga já vi mais morenas de traço árabe que em qualquer outra parte e em Aveiro nem se fala (foi uma colónia e porto Fenício), e no Alentejo já vi belas ruivas e loiras de olhos claros em plenas aldeias alentejanas, portanto a história dos árabes para sul está mal contada, na verdade a colonização de Portugal foi feita de norte para sul e todos descendem dessa linha directa, por isso é impossível dissociar o norte do sul porque existe uma linha matricial comum.

    • Pedro says:

      Há sempre a boa sepa transmontana, e de facto é uma tristeza o FCP ter mais de metade da equipa com jogadores espanhóis, já para não falar no treinador, queria ver se alguma equipa de topo da liga espanhola teria a veleidade de fazer algo semelhante ao que se lembrou Pinto da Costa de fazer, tinha imediatamente a impressa espanhola toda a perna a pressionar, por falar nisso haja alguém que e pergunte a esse tal Lopeteghi quando é que começa com as aulas de português, porque isso de responder em castelhano já está a soar bastante mal…

  29. Portugal nasceu a norte é um facto, mas consolidou-se a sul, outro facto. temos uma mesma etnia – mesma lingua, mesma raça, mesmo folk ou pouco diferenciado, e somos a nação da Europa com as fronteiras estabelecidas há mais tempos. O Porto não é uma nação, o Porto é uma das cidades mais belas de Portugal, Portuscale, do norte partiram os milhares de portucalenses que na reconquista varreram o sul e honraram a ibéria, Portugal é glória.
    li falarem em Lisboa, mas quem é a gente de Lisboa? espero que saibam que a gente de Lisboa é gente vinda do minho do alentejo, das beiras, de tras os montes, etc.. espero que saibam que 1/4 de Lisboa era galega no século XIX (trabalhadores que se estabeleceram na periferia lisboeta), daí a expressão trabalhar que nem um galego.”
    mouros? esses foram expulsos e ficaram sem as cabeças, em 100 batalhas na Reconquista, a Inquisição lisboeta e eborense queimava judeus nas fogueiras mal cheirava a carne de porco.
    Viva a Portugal! viva á Europa

  30. Sérgio Oliveira says:

    Aqui fica a prova do que eu disse atrás. Assim pensam e falam os lisboetas e os “mouros” do sul.

  31. em baixo á direita says:

    Aqui fica a prova do que eu disse atrás. Assim pensam e falam os lisboetas e os “mouros” do sul.
    ________________________

    A sul de Portugal não há mouros, esses que eu saiba foram expulsos como disseram na Reconquista (há muitos séculos atrás), e o0lha que não foi pacifico, pelo pendor da espada portuguesa mouro ficou sem cabeça, já diz o poema. Chamar mouros aos portugueses é um insulto que jamais iria aceitar, visto que Portugal nasceu contra os mouros, e os portucaleneses só se satisfizeram quando os expulsaram de toda a ibéria.

  32. Por favor, não me estraguem o tacho!

  33. Anton says:

    Confesso que não lí todos os comentários, pelo que espero não estar a dizer nada que já tenha sido dito. Apenas é para fazer uma aclaração: o Porto é a maior cidade do chamado Eixo Atlantico ou Região Galiza-Norte de Portugal. A divissão territorial administrativa Espanhola é diferente à Portuguesa, de modo que o Concelho de Vigo (maior cidade da Galiza com 295.000 hab.) inclue todas as freguesias limítrofes, inclusivemente dois concelhos (Bouças e Lavadores) que eram ‘independentes’ até há poucas décadas, abrangendo 109 km2. Ou seja, seria como falar do Porto incluindo V.N. de Gaia e Matosinhos (700.000 hab aprox.).
    … Sou de Vigo, e moro em Lisboa.

  34. Luis Marecos says:

    Deviamos ser unidos mas vai ser sempre assim.em quase todos os paises da europa esta situacao norte sul e uma realidade.para mim depois de todas as guerras e conquistas na europa nao vejo razoes para separatismos mas sim para vivermos em paz sem rivalidades.peace.

  35. Manuel Pinho says:

    Basicamente isto é iberismo refinado misturado com politica comunitária, regado com uma enorme dose de politização do futebol, aliás o Pinto da Costa é o principal culpa por isto, para mim era dos primeiros a ser saneados.

    Os plutocratas de Bruxelas, já anunciaram o fim das nações europeis, e querem acabar com Portugal. Para isso, é que criaram as NUT II, para criar esta entidade ficticia do norte de Portugal, que foi criada apenas para fins estisticos, mais nada, mas estão a tantar usá-la para dividir e retalhar o pais, e querem fazer disto o mapa da regionalização de Portugal.

    Não percebo porqie motivo é que os alentejanos e algarvios tiveram direito aregião e os trasmontanos não, nem os minhotos, tendo o Minho muita masi gente que o Algarve Alentejo, e Tras os MOntes sensivelmente a mesma população do alentejo mas uma densidade populacional maior.

    A resposta é simples, para destruir Portugal, é preciso dividi-lo, então estão a tentar entrar com esta aldrabice da galecia, toda a gente sabe que o calaicos eram uma pequena tribo que habitava o Porto e arredores, no minho eram os Limios, em Tras os Montes so turodos, zoelas, tamagini, etc, mas todos eles se ontitulavam como Lusis e lutaram sob a égide de Viriato.

    Infelizmente traidores iberistas, como este sergio oliveiro, que eu possivelmente vou saber quem é vem para aqui lançar areia para os olhos dos Portugueses e mentiras, com a questão da gelécia que é uma criação romana, a lusitania pre-romana chegava ao cantabrico, e a questão morre aqi, ou seja, ancestralmente somos todos lusitanos.

    O resto é futebol.

    A questão dos mouros é mais uma aldrabice pegada, ou temos mouros em todo o pais, ou em nenhum lado, os alentejanos, lisboetas e algarvios tem o mesmo sangue e o emsmo genótipo dos minhotos, trasmontanos, portistas, ou beirões, porque o povoamente foi de norte para sul, e desde D. sancho I que foram levados milhares de minhotos e habitantes do Porto para o Algarve, a discussão n~
    ao faz sentido.

    Para o defeciente do sergio oliveira, que diz que os mouros estão em lisboa, então eu digo-lhe que tenha cuidado, é que em Bragança há uma aldeia chamada São pedro dos sarracenos,por aqui se ve que nada do que estes tipos dizem faz sentido.

    Mas com os Transmontanos não há perigo, somos patriotas, o serginho oliveira se vai para Trás-os-Montes com esta conversa leva logo dois murros no meio das bentas, que até se esqueçe que é adepto do FCP.

    Para além do mais, não é a 1ª vez que a infantaria do Marão vai ao Porto por estes tristes na linha, já conteceu diversas vezes.

    Portugal sempre, uno e indivisivel.

    Para os traidores sempre haverá um pelotão de fuzilamente, mais ano menos ano vai haver muitos com o cú às merujas como se diz aui em Tras-os-Montes, de onde eu teclo.

    Alerto só para mais uma questão, a CCDR-N tem feito tudo para dividir os Trasmontanos, tentando digamso que dividir Tras os Montes subtraindo-lhe a parte do douro e de VIla Real, esqueçe-se esta corja que o nome de Vila Real é Vila Real de Trás-os-Montes, e os Vilarealenses e todos os que habitam o alto douro são por inerencia e antes demais TRANSMONTANOS.

    Isto é aprova que esta corja não quer regionalizar o pasi, quer matá-lo, e por mim Regionalização nem pensar, a menos que seja no mapa das 8 regiºoes, ficando o Porto a mandar apenas no distrito do Porto, para eles se deixarem de ideias, com mais 2 regioes acima do douro, que existem há 600 anos, Minho e Trás-os-Montes.

    PS- agora já sei que o serginho vai aparacer aqui disfarçado de Trasmontano a apoaior o Pinto da Costa e o FCP, convem dizer antes que 70 % dos Trasmontanos são benfiquistas, 20 % são Sportinguistas, e o Porto e os restantes clubes tem 10 %.

    • Pedro says:

      Muito bem analisado mais uma opinião lúcida, e que vê claramente o que se está a passar, é realmente isso, estamos a assistir a um iberismo encapotado financiado por Bruxelas.
      Ou vem um governo e põe ordem na casa ou terão as unidades militares sediadas no centro, sul e Trás-os-Montes que por sinal são as mais importantes que pôr essa ordem.

  36. Luis says:

    O centro do norte é Braga.Braga sempre foi a capital no norte desde a Gallecia passando pelo reino Suevo e ao Visigodo.O que o Porto tem roubou-o ao Minho e a Trás os Montes.As fabricas do norte nao estão no Porto mas sim no Distrito de Braga.Até o vinho que eles roubaram o nome vem de Trás os Montes.EU sou a favor da regionalização mas com as regioes do Minho,Trás os Montes e do Porto.Nada de misturas.Nós em Paredes de Coura somos minhotos nao somos portistas ou porteiros ou lá como se chamam essa gente ordinária.Se o Porto quer ser independente que o seja sozinho não misture o Minho nessa conversa da treta.Antes galego do que junto com o Porto.

    • Pedro says:

      A regionalização em Portugal não funciona, a nossa administração é baseada no municipalismo, o que deve ser feito é o reforço dessa administração que é outra coisa diferente. Com regionalismo teríamos uns cinco cromos tipo Pinto da Costa e Alberto João, a entrar pelas nossas casas todos os dias, assim temos um que já nos dá demasiado trabalho, o 1.º ministro.

  37. Galego says:

    Som galego e agardo que algún día os galegos deixemos de considerarnos espanhois e os minhotos portugueses para sermos todos o mesmo. Desta unidade, a galaica ou galega, deixou escrito Oliveira Martins, o gran historiador portugués:

    “Aliás, a própia configuraçao de Portugal contrariou as fronteiras lógicas que poderian delimitar os dois Estados possíveis e plenos de continuidade histórica: uma Galiza, com fronteira meridional no río Douro e uma Lusitânia, estendendo-se muito para oriente do Guadiana. Se estes dois reinos tivessem existido até à actualidade ou, pelo menos, durante muitos séculos, corresponderiam, sen dúvida, a identidades tradicionais, aprofundadas pela política, pela adminsitração, pela economía, pela cultura e até pela etnia. O nascimento de Portugal, cortando ao meio calquer dessas unidades e cerzindo duas peças que jamais haviam estado juntas, resultou claramente de vicissitudes políticas e militares posteriores à época de que nos ocupamos”.

    Desexo que Galiza volva ser umha, pero justificándose por si mesma, non polo odio a Lisboa nin a Espanha. Nin no odio a nós mesmos. Non temos que plantexarnos que Porto coloniza o Minho e Trás os Montes. O futuro eu véxoo en que se industrialice e se poboe o interior, tanto en Galiza coma en Portugal. É insostible para a costa conter tanta poboaçom e tanta industria. Isto dígoo con obxectividade: hai que prima-lo interior en detrimento da costa, no estado regionalizado coma no centralista. Matinen nas verbas de Oliveira Martins e desculpen a minha ortografía. Un saudo cordial

    • Pedro says:

      Oliveira Martins era um iberista e logo um traidor a Portugal, qualquer galego que proponha uma desvinculação do norte de Portugal, que foi o berço da nação portuguesa está a intentar contra todos os portugueses sem excepção. Devo lembrar-lhe que a Galiza é uma nação falhada por culpa própria, e se a diocese de Lugo não tivesse se rebelado contra Braga, hoje poderíamos dizer que Portugal seria desde a Galiza ao Algarve, na verdade forma os galegos do norte que se rebelaram, no final das contas os do sul fizeram um país com uma história gloriosa e os do norte se venderam ao reino de Leão e perderam a sua identidade. Se quereis unidade com os portugueses tereis de considerar Portugal como ele é do Minho ao Algarves passando pelas ilhas.
      Saudações!

  38. LOLMAN says:

    A verdade é que o sul vive as custas do norte.
    É facto que a maioria da industria está no norte, também é facto que o norte produz cerca de 68% do PIB português. Mas uma outra verdade é que nos somos um povo,um povo que partilha uma cultura, língua, território, e historia.
    Um dos meus sonhos mais mirabolantes é a da anexação pacifica da Galiza (que sejamos sinceros também são um povo “oprimido”)

  39. M.joe says:

    Sou Português! Nascido em Lisboa, vivido em Lisboa durante 10 anos. Vivido em Trás os Montes durante 15 anos e ultimamente vivido no Porto e Minho durante 10 anos… Conheço Portugal inteiro de Norte a Sul tenho familial em vários locais até nos Açores! Há gente boa e má em todo o lado, contudo… culturalmente sinto -me bastante mais deslocado em Lisboa/Alentejo/Algarve do que em qualquer parte da Galiza, ! não tem a ver com gostos, mas com aquilo que sentimos á nossa volta. Não defendo cegamente uma separação de norte e sul mas não nego aquilo que sinto na pele quando me desloco para fora do meu habitat.. A cultura Arabe nunca se implantou fortemente acima do Rio Douro, Andavam por cá mas não se estabeleceram profundamente, onde a resistência cristã era mais forte vindo das Asturias… mas se ouvirmos os cânticos Alentejanos que ainda hoje ainda se executam (e bastante bonitos), nota-se claramente uma ambiencia Arabe “Al-andaluz”… aliás tal como o nome indica ALentejo/ALgarve , são palavras de origem Àrabe… e já agora, para aqueles de pensamento reduzido, que trazem para a conversa os clubes de futebol.. pff.. este assunto é de uma bitola diria ancestral.. não sejam obtusos e instruam-se um pouco…

  40. Pedro says:

    Muito bem analisado e corroboro na íntegra, uma análise perfeitamente lúcida e que eu próprio já venho a argumentar há alguns anos desde que foi criado o tal transfronteiriço entre o Norte de Portugal e a Galiza. e que não se sabe muito bem como aquela organização funciona e quem manda o quê e em quem, e para onde vão os tais fundos europeus que dizem favorecem ambos os lados da fronteira, pois aquilo que vejo é empresários espanhóis a usufruir desses fundos em solo português mais concretamente no norte e a levar o seu dinheiro para Espanha.
    Sempre disse e cada vez mais me convenço e ainda bem que mais portugueses estão chegando também a essa conclusão, que Madrid se está a servir do isco galego para atrair alguns ingénuos e interesseiros do norte, para precisamente tentar captar essa região para Espanha.
    Logicamente que um nortenho com dois palmos de testa verifica que um norte independente é impossível, tanto o é que logo imediatamente vão propor uma união à Galiza que faz parte de Espanha, não duvidemos que só se houvesse uma hecatombe a Galiza sairia da alçada de Espanha, o que configuraria um norte de Portugal com um estatuto especial dentro do próprio estado espanhol, portanto os próprios nortenhos que querem esse dita independência, por essa proposta de união à Galiza estão de facto a admitir que não conseguem ser independentes o que não deixa de ser um contra-senso, talvez gostem mais de servir a Filipe VI…do que a república portuguesa.
    Ao contrário os catalães com os mesmos argumentos mas, advogam uma Catalunha independente e sem qualquer união nem sequer com a comunidade dos países valencianos, ou seja demonstram muito mais personalidade nessa reivindicação, mas tens razões para isso e tem condições de autonomia sustentável que o norte de Portugal não tem nem terá nem mesmo unido à Galiza formando um estado independente de Portugal e de Espanha..

  41. Eu assino onde esta o documento ? antoniomoreira.n2@gmail.com

  42. Hugo Baptista says:

    Portugal não tem dimensão para se dividir em dois países distintos. Se, na configuração actual, tem, no contexto europeu, pouca relevância uma cisão Norte – Sul deixava tudo pior. E, na realidade, o problema do Norte do país não é com o Sul, verdadeiramente. O problema do Norte é, tão só, o problema do país e chama-se Lisboa. Lisboa é o parasita, a sanguessuga que mais não faz do que roubar e chular, sem qualquer vergonha, todas as outras regiões. De resto, sempre o fez. Pensemos nos carregamentos de ouro que, durante seculos, vieram do Brasil e que apenas beneficiaram o poder central, sendo que, o resto do país vivia na miséria.
    A solução é simples: regionalização já.

  43. Paulo Carvalho Ferreira do Castelo says:

    O Norte é o grande motor da economia portuguesa e uma união com a Galiza criaria uma pequena superpotência. O pessoal do sul insiste num gozo permanente com a nossa pronúncia, nós ensinamos essa gente a falar português e dizem-se agora detentores da verdadeira pronúncia. O fado não é a nossa canção e nem lhe admitimos o rótulo de canção nacional, nós cantamos a chula o malhão, o vira entre outros tantos géneros que tornam a etnografia nortenha uma das mais ricas no mundo. Contra o abuso do sul sobre o norte aqui me insurjo, pela união com os irmãos galegos aqui me manifesto pois “o país só começa na ponte D. Luiz”.

  44. Pedro says:

    Gostei do texto, mas venho apenas deixar uma nota que creio importante: Tendo em conta as diferentes divisões administrativas existentes em Portugal e Espanha, para compararmos directamente o Porto com Corunha e Vigo, teriam de ser considerados os 1,5 milhões de habitantes da área metropolitana do Porto. Qualquer pessoa que CONHEÇA a Galiza sabe que o Porto é demográfica e economicamente maior do que qualquer cidade galega. Além disso Vigo nunca poderia aspirar a ser capital uma vez que nem sequer capital da província é, quanto mais do Estado da Galiza. Esse título pertence a Santiago de Compostela e o título de capital da Gallaecia ou Portugalicia penderia, por razoes históricas, entre Porto e Santiago. Dito isto, apesar da afinidade que sinto com o povo galego (maior, sem dúvida, do que com os povos do sul de Portugal) continuo a ter orgulho em ser português. Regionalização sim, independência, não! Um bem haja.

Trackbacks

  1. chuza.org diz:

    O Porto é uma nação? Independência da Região Norte de Portugal (Memória descritiva)…

    Esta questão do Eixo-Atlântico, ainda não a compreendi bem. Por que há-de a Galiza (que é uma nação) ter actividades conjuntas com uma região de um país vizinho. Oxalá esteja enganado, mas parece-me fazer parte da estratégia (essa, sim, centralista) de…

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