Professores: O educando nunca tem a culpa…

um dia destes não precisamos de professores !

No meu tempo de aluno a filosofia de quem ensinava era esta: “Numa má educação o educando nunca tem a culpa” . Isto além de ser verdade ( o aluno é a parte passiva do acto de ensinar) mostrava uma grande generosidade por parte dos professores, assumiam a sua responsabilidade de profissionais, e por isso eram profundamente respeitados e socialmente valorizados.

Agora, é o contrário disto tudo. O que temos são os professores, arregimentados por sindicatos ideologicamente muito bem definidos, que co-governam a educação há 30 anos. É preciso ter coragem para dizer. Os sindicatos comunistas a quem o povo português nunca deu mais que 8% em eleições democráticas, governam, juntamente com a classe política a educação, e são tão responsáveis pelo estado a que chegou a escola como  os sucessivos governos.

Mas o que na verdade me preocupa não é aquela evidência, bem pior é admitir que os professores não têm culpas, isso seria  passar-lhes o maior atestado de incompetência.  É como dizer, na verdade estares na escola ou não estares é a mesma coisa! Não se nota, não vales nada, o teu trabalho não tem consequências. Ora isto é falso, porque o trabalho do professor é determinante na qualidade do ensino. Mas só pode ser positivamente determinante se o professor reinvindicar para si próprio a responsabilidade que a sua função exige. Não é o que se vê . As reinvindicações não passam do ganhar mais, de chegarem todos ao topo da carreira, de não aceitarem a avaliação, de não terem responsabilidades.

Se não concorrem para a resolução dos problemas esperam que a escola mude ? É por ganharem mais que os alunos passam a ser melhores? É por chegarem todos ao topo da carreira que iremos ter alunos competentes? Eu que não sou professor e que pago esta merda toda, vou estar a favor dos professores e dos sindicatos porquê?

Afinal o argumentário é igual ao dos politicos: o mal está no povo! Mude-se!

Comments

  1. Por todo lado, na blogosfera, encontro estes mitos…

    A ideia de que o movimento sindical é o espelho e a demonstração da vontade do PCP é tão verdadeiro como dizer que recebo muitas prendas no natal porque o me portei bem durante o ano e o Pai Natal me recompensou…

    Aliás, basta olhar ao numero de sindicalizados e confrontar com o numero de votantes do PCP, para se chegar à conclusão que os sindicatos têm muito mais membros que o PCP votantes. Acha que estes elementos “infiltrados” não PCP não têm vontade própria e não influenciam a agenda dos sindicatos?

    Os sindicatos têm a sua agenda politica própria. O sindicato dos professores tem, especificamente, uma agenda muito própria, que não se confunde, senão em raros momentos, com a agenda dos restantes sindicatos da função pública, mesmo com o pessoal não-docente na escola (tal como, por exemplo, a ordem dos médicos não tem nada que ver com o sindicato dos enfermeiros). São estruturas sociais e politicas dispares, que provocam agendas dispares.

    Outro mito é acreditar que são os sindicatos, no dia a dia, que constroiem as relações laborais e são responsáveis pela produtividade de uma empresa. Então os senhores gestores não servem para nada?

    A função do sindicato é lutar pelos direitos dos trabalhadores. Só isso. Não têm como função fazer as empresas ou organizações serem utopias da produtividade. Espera-se que isso resulte do constante confronto de opiniões entre todos os agentes na organização.

  2. João José Cardoso says:

    Demagogia feita à maneira… Claro que a culpa é dos professores, dos sindicatos de professores.
    Ainda estão por apurar as responsabilidades de Mário Nogueira nas inundações da Madeira e da Fenprof no terramoto do Chile.
    Quem sabe comenta. Quem não sabe inventa.

  3. maria monteiro says:

    Todos nós sabemos que quanto pior estiver a escola pública mais batem palmas as escolas privadas que se intitulam de salvadoras do ensino, dos bons costumes, da Pátria

    Mas também todos nós sabemos que cada vez mais privilégios e dinheiros têm sido canalizados para instituições privadas que mesmo que sejam sem fins lucrativos o lucro é a sua finalidade oculta quanto às despesas que se fiquem para o” mãos largas” do Estado

    Os dinheiros devem ser aplicados sempre e só no ensino público… multipliquem-se as escolas públicas, criem-se salas de aula com menos alunos, admita-se pessoal não docente em qualidade e quantidade…

    Eu sou das que acreditam que o ensino público tem que ser excelente.
    Um professor não aguentou e suicidou-se pois que sirva de exemplo para todos… que seja levado aos altares do ensino público… ele deu, com a sua vida, o sinal da contestação – ele deu a sua vida pela Escola Pública agora somos todos nós que, ainda vivos, temos que dar continuidade …

  4. Pedro Rocha says:

    Eu que pago bem caro a escola dos meus filhos, felizmente posso, nunca encontrei os meus filhos no recreio pelo facto do professor faltar, ou fazer greve ou outra coisa qualquer que não seja, o horário do recreio.
    Eu que pago bem caro a escola dos meus filhos, felizmente posso, nunca encontrei os meus filhos atrasados nos programas e matérias que deveriam aprender.
    Eu que pago bem caro a escola dos meus filhos, felizmente posso, sempre que trimestralmente o corpo docente reúne com os encarregados de educação, a hierarquia da classe é perfeitamente visível e aceite por todos.
    Agora, aquela escola que eu pago, felizmente também posso, mas os meus filhos não andam lá, tem muitos defensores dos trabalhadores e dos seus direitos, têm agenda própria e sabem tudo sobre ensino é uma vergonha.

  5. Luis Moreira says:

    Maria, o problema não é esse. O problema é que os alunos estão a sair da escola pública. e deve haver uma razão,não?
    João, vocês sabem tudo mas os resultados estão aí, não vale a pena tentar esconder a realidade. Vocês sabem muito mas a escola pública cada vez produz piores resultados. E isto não é inventado, Um após outro os ministros não prestam mas os sindicalistas que co-governam a educação permanecem. E isso de que os outros não sabem é o que atgumento do Sócrates que tu tanto atacas!
    JMJ, deve ser essa independencia que os faz militantes do partido comunista!

  6. Luis Moreira says:

    Pedro Rocha, mas a escola pública segundo os professores é assim porque os meninos são mal comportados. Julgava eu que a sua função era tratar dessa e outra questões. mas na escola privada estão os meninos bem comportados não se pode comparar. E o argumento é igual ao de todas as corporações. Quem não pertence ao grupo não sabe. Se não sei deixem-me escolher a escola, não me obriguem a pagar-lhes o vencimento!

  7. Ana, professora says:

    “Eu que não sou professor e que pago esta merda toda, vou estar a favor dos professores…”

    É este tipo de argumentos básicos e muito cegos que se faz o país de sócrates.

  8. Ana, professora says:

    corrijo: É deste…

  9. Luís, não me diga que não reparou: enquanto as greves de professores foram sobre salários tiveram participação relativamente reduzida; quando passaram a ser sobre a possibilidade de ensinar tiveram participação quase unânime.

    Não tente rebater factos com preconceitos. O facto é que a administração pública está a importar das empresas privadas o assédio moral como método de gestão. No caso dos professores, esse assédio consiste em parte na autorização tácita dada aos alunos para que maltratem os professores. É claro que alguns dos mais frágeis, na falta de outra saída, se vão suicidar – nas escolas portuguesas, na Telecom francesa, um pouco por toda a parte. A diferença que você estabelece entre culpar os alunos e culpar a entidade patronal é uma falsa diferença: ao culpar os alunos violentos estamos a culpar a entidade patronal que permite e incentiva esta violência, ao mesmo tempo que retira a alguns professores – culpados de serem frágeis – todas as possibilidades de defesa que não sejam o suicídio.

    Compare o que teria acontecido ao Luís do Carmo se tivesse dado dois estalos a um dos seus agressores com o que vai acontecer a estes: se esta comparação eloquente não o esclarecer, nada o esclarecerá.

  10. Ana, professora says:

    Relatório acusa ex-dirigentes da France Telecom de nada fazerem perante vaga de suicídiosUm relatório da inspecção do trabalho que investiga a onda de suicídios de trabalhadores da France Telecom acusa antigos dirigentes de topo de nada fazerem perante as consequências do seu plano de reorganização da empresa
    http://www.sol.pt

    Se calhar eram todos frágeis do ponto de vista psicológico, como o professor que se matou… O pior cego é não só o que não quer ver como também o que não quer perceber.

  11. Ana, professora says:

    Sintra
    Directora escondeu carta a professores
    Luís Vaz do Carmo atirou-se da ponte 25 de Abril. Família alega que não aguentava maus tratos infligidos pelos alunos. Quase todos os dias ambulâncias do Cacém são chamadas a escolas.

    http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=F3811848-0042-4652-A892-687FABA4895B&channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181&h=11

  12. Luis Moreira says:

    Mas os funcionários da telecom tambem se matam…a escola não é diferente, no essencial, das outras organizações. Há que introduzir o mérito, a hierarquia decisória e disciplinar na escola, e assim passar para as mãos dos professores que estão no terreno, a capacidade de enfrentar os problemas. Mas isso os professores não querem.

  13. Mérito seria comentar uma notícia tendo-a lendo primeiro. Nem isso fizeste. Despejas o teu trauma com os docentes, e andou. E a culpa de tudo, claro, é dos professores que neste caso não querem ser agredidos.

    • Luís Moreira says:

      Tu és apanhado da cabeça, passas a vida a dizer que tenho traumas quando não estou de acordo contigo!

    • Luís Moreira says:

      Mas trauma com os docentes porquê? Essa é muito boa. afinal as críticas são válidas desde que não sejam para os professores…

  14. Concordo com tudo o que você diz sobre os professores e só se perdem as que caem ao chão. Para melhorar o Ensino deve-se, principalmente, começar por apertar o calo aos professores. Professores desmotivados é meio caminho andado para um Ensino de qualidade.
    «Eu que não sou professor e que pago esta merda toda, vou estar a favor dos professores e dos sindicatos porquê?» Bravo, bravíssimo! É mesmo assim com esta cambada que só quer venha a nós! Era vê-los a governarem-se com um ordenado de 500 euros como eu.

    • Luís Moreira says:

      Isso queria você que eu falasse em muito ou pouco. Para se saber isso é preciso saber o que cada um rende, mas como os professores fogem da avaliação como o diabo da Cruz…. Eu nunca falei que ganham muito ou pouco foi o Henrique que trouxe isso para a conversa. Lamento mas essa ironia tem que ser dirigida a si próprio…

  15. Henrique e Luís, desejo-vos muitas felicidades e muitos anos de recuperação.
    Com sorte um dia ainda percebem do que se fala quando se fala de uma escola.

  16. João José Cardoso :
    Henrique e Luís, desejo-vos muitas felicidades e muitos anos de recuperação.
    Com sorte um dia ainda percebem do que se fala quando se fala de uma escola.

    Leia a resposta que dei a este post no meu blogue e perceberá que fui agora extremamente irónico com o Luís Moreira.

  17. As minhas desculpas Henrique, não tinha lido. A ironia tem esse problema, com a pressa o leitor injusto. Passa a vida a acontecer-me, quando dela uso ou mesmo abuso.

  18. Luis Moreira says:

    José Luis, os factos são as suas opiniões os preconceitos são as minhas. Estamos entendidos. Só é pena os resultados da escola serem tão maus…

  19. E insiste. Pensam que por escrever 100 vezes que os “resultados da escola” são maus, eles passam a sê-lo.
    Isto quando todos os indicadores demonstram o contrário. Indicadores PISA, da OCDE, todos.
    Haja pachorra.

  20. Não, Luís. Factos são afirmações que podem ser rebatidas ou comprovadas – como a minha de que as greves por razões profissionais tiveram muito mais adesões que as que foram feitas por razões estritamente laborais. Opiniões são afirmações em que se acredita embora não possam ser rebatidas nem comprovadas – como a sua de que os professores não querem meios nem capacidades para combater a indisciplina. E preconceitos são opiniões que se mantêm mesmo depois de demonstrada a sua invalidade – como a sua de que os professores só se movimentam por dinheiro.

    Quer que lhe dê uma opinião? (Repare que não lhe chamo facto). É a de que de um modo geral o que mexe com as pessoas, sejam elas professores ou exerçam qualquer outra profissão, é muito menos o dinheiro do que o estatuto. (São excepções a esta regra, é claro, os casos em que o montante em disputa representa a diferença entre poder ou não poder subsistir).

    Agora um facto: os resultados da escola pública são maus porque há uma vontade política de que sejam maus (ou que sejam bons segundo um critério socialmente inaceitável, o que vem a dar no mesmo). Outro facto: a luta dos professores não se deve a uma única razão, mas a um emaranhado delas, emaranhado esse de que nem os professores têm consciência na sua totalidade. Outro facto: a luta dos professores não é só, nem principalmente, por dinheiro. Outro facto: a luta dos professores é em parte uma luta contra a vontade política de tornar a escola pública o pior possível. Outro facto: a luta dos professores é também uma luta contra métodos terroristas de gestão que não só os afectam a eles como, cada vez mais, todos os trabalhadores de todos os sectores.

    Dois destes métodos são o trabalho por objectivos e a avaliação individualizada (isto já não é facto, é outra vez opinião; ou preconceito, se preferir chamar-lhe assim).

    • Luís Moreira says:

      Entenda-se com o Henrique quanto aos resultados, um diz o contrário do outro, e como são ambos professores façam um compasso de espera acertem as agulhas e depois terei muito gosto em continuar: E depois de chegarem a alguma conclusão acertem com o João Jose que tambem é professor!

  21. Luis Moreira :
    José Luis, os factos são as suas opiniões os preconceitos são as minhas. Estamos entendidos. Só é pena os resultados da escola serem tão maus…

    Fique sabendo, Luís, que isso que anda a propalar é uma falsidade. A média nos exames nacionais nas escolas públicas é idêntica à das privadas. Os rankings não provam que a escola privada é melhor que a pública. Para mal dos seus pecados. Esta informação veio no jornal Público. Se estiver interessado poderei tentar localizá-la.

  22. maria monteiro says:

    Luís, então e que explicação posso ter para que na escola pública Vasco da Gama, aqui no Parque das Nações, haja lista de espera? Porque é que estão previstas mais duas escolas públicas para esse espaço (uma a pela CMLisboa e outra pela CMLoures) sabendo-se que há colégios privados já construidos e mais dois a arrancar no próximo ano lectivo? Moradores do PNações até petições fazem a pedir escolas públicas

    • Luís Moreira says:

      Isso é muito simples. No Parque das Nações, em muito pouco tempo, foram para lá viver muitos milhares de pessoas, a procura é muito grande.Se alguem do privado investisse numa escola tambem tinha listas de espera . Mas eu fico muito contente que haja, e sei que há boas escolas públicas, não aceito é que os prfessores sejam imunes a críticas. Essa minha familiar de que falo aqui é lá que lecciona. O Estado não tem o direito de obrigar os pais a colocarem os alunos na escola pública. O apoio financeiro devia ser igual para ambas as escolas.

  23. Se o Henrique quiser e encontrar quem o siga, é perfeitamente possível instituir um sistema de ensino em que todos os professores ganhem € 500,00. Na certeza porém que os poucos que aceitarem trabalhar por esse preço não valerão mais do que isso.

    • Luís Moreira says:

      Não sabemos se ganham muito ou pouco, faltam dados para saber. O que sei é que fogem da avaliação como o diabo da Cruz.

  24. Mas é claro Luís. O estado deve subsidiar as empresas privadas. O facto de ficar mais caro que o público não tem importância nenhuma: os donos dos colégios subsidiados sempre evitam cair na miséria.
    Cada colégio privado é menos um sem-abrigo.
    É verdade que a qualidade do ensino, onde não seleccionam os alunos, é péssima. Mas isso são pormenores sem importância.

    Luís Moreira :
    Isso é muito simples. No Parque das Nações, em muito pouco tempo, foram para lá viver muitos milhares de pessoas, a procura é muito grande.Se alguem do privado investisse numa escola tambem tinha listas de espera . Mas eu fico muito contente que haja, e sei que há boas escolas públicas, não aceito é que os prfessores sejam imunes a críticas. Essa minha familiar de que falo aqui é lá que lecciona. O Estado não tem o direito de obrigar os pais a colocarem os alunos na escola pública. O apoio financeiro devia ser igual para ambas as escolas.

  25. Essa história de os resultados do ensino serem bons ou maus faz-me lembrar uma pergunta que eu costumava fazer aos meus alunos quando os queria iniciar nos rudimentos do pensamento crítico. Perguntava-lhes eu:
    “O que acham que é mais eficaz? Uma aspirina ou um martelo?”
    A resposta era quase sempre que a pergunta não fazia sentido. Um martelo serve para uma coisa, uma aspirina para outra.
    E eu retorquia:
    “Pois é. Se o objectivo for pregar um prego, o martelo é mais eficaz. Se é aliviar uma dor de cabeça, então é mais aconselhável optar pela aspirina. Uma coisa só pode ser eficaz em relação a um propósito definido; e esse propósito só pode ser definido por referência a uma necessidade ou a um desejo humano.”
    E concluía:
    “Nunca acreditem em quem vos falar em eficácia em abstracto, nem em quem vos disser que uma coisa é boa ou má sem vos dizer por que que critério. Quem vos falar assim, seja professor, político, economista ou jornalista, estará com certeza a tentar enganar-vos.”
    Os resultados escolares podem ser muito maus em relação ao que o senso comum espera deles. Mas isso não impede que sejam óptimos, maravilhosos até, do ponto de vista de certas agendas políticas e/ou de certas ideologias pedagógicas.
    E pode crer: a esmagadora maioria dos professores que conheço – e conheço muitas centenas – não partilha nem destas agendas, nem destas ideologias. Estão muito mais do lado do senso comum, ou melhor, do bom senso. Porque se bom senso e senso comum fossem a mesma coisa, os professores não seriam tão atacados como são.

    • Luís Moreira says:

      Essa questão está há muitos anos resolvida, O José Luiz diz isso porque é o que acontece nas escolas. Não há objectivos definidos, processos de ensino consagrados, métodos de avaliação acordados e conhecidos por todos. Nada impede que eu de manhá ao chegar vá fazer o contrário de outro professor que, à mesma hora, esteja a dar a mesma disciplina. Até nos hospitais ( mil vezes mais complexos que uma escola) há protocolos de actuação em relação aos multiplos cenários que mudam todos os dias. Na escola o universo de utentes é estável, não há surpresas. Compare com o que acontece num hospital, ou numa fábrica…

    • Luís Moreira says:

      Essa questão está há muitos anos resolvida, O José Luiz diz isso porque é o que acontece nas escolas. Não há objectivos definidos, processos de ensino consagrados, métodos de avaliação acordados e conhecidos por todos. Nada impede que eu de manhá ao chegar vá fazer o contrário de outro professor que, à mesma hora, esteja a dar a mesma disciplina. Até nos hospitais ( mil vezes mais complexos que uma escola) há protocolos de actuação em relação aos multiplos cenários que mudam todos os dias. Na escola o universo de utentes é estável, não há surpresas. Compare com o que acontece num hospital, ou numa fábrica…

  26. Claro, hospitais, fábricas, escolas, é tudo a mesma coisa.
    Nas escolas suponho que a ideia é fabricar autómatos, e realmente aí fazem falta os protocolos.

    Luís Moreira :
    Até nos hospitais ( mil vezes mais complexos que uma escola) há protocolos de actuação em relação aos multiplos cenários que mudam todos os dias. Na escola o universo de utentes é estável, não há surpresas. Compare com o que acontece num hospital, ou numa fábrica…

    • Luís Moreira says:

      Dizer que a escola não é governável é uma idiotice sem nome.

  27. João José Cardoso :
    Claro, hospitais, fábricas, escolas, é tudo a mesma coisa.
    Nas escolas suponho que a ideia é fabricar autómatos, e realmente aí fazem falta os protocolos.

    Caro JJC, já leu o meu Manifesto Robotista? Ver aqui: http://inerte.horabsurda.org/?page_id=4965 o download é gratuito.

    • Luís Moreira says:

      Nos hospitais depois arranjam as peças, deve ser isso henrique, nos hospitais não tratam de seres humanos…

  28. henrique :

    Luis Moreira :
    José Luis, os factos são as suas opiniões os preconceitos são as minhas. Estamos entendidos. Só é pena os resultados da escola serem tão maus…

    Fique sabendo, Luís, que isso que anda a propalar é uma falsidade. A média nos exames nacionais nas escolas públicas é idêntica à das privadas. Os rankings não provam que a escola privada é melhor que a pública. Para mal dos seus pecados. Esta informação veio no jornal Público. Se estiver interessado poderei tentar localizá-la.

    Recebi resposta do Luís Moreira por email dizendo que as melhores notas eram de escolas privadas, logo, o ensino privado é melhor. Santa ignorância! Então se as médias são idênticas e as melhores notas são do privado, haverá muito mais escolas abaixo da média no privado do que no público. Digamos, e isso é de esperar aliás, que o ensino privado é para as classes mais altas e muito mais baixas, havendo no público principalmente classe média e remediada, daí que a distribuição das notas no público seja mais “normal”.

  29. E digo mais: os professores públicos e privados são da mesma massa, mas os do privado dariam tudo para mudar para o público onde têm melhores condições de emprego. E uma grande parte dos professores do privado são professores do público em acumulação. Logo, como explicar melhores resultados com piores professores?

    • Luís Moreira says:

      Pois são a diferença é que uns ganham segundo o mérito e outros basta ficarem sentados à espera da progressão na carreira.São da mesma, é isso mesmo, Henrique…

  30. Luís Moreira :
    O Estado não tem o direito de obrigar os pais a colocarem os alunos na escola pública. O apoio financeiro devia ser igual para ambas as escolas.

    Primeiro, o Estado não obriga ninguém a colocar os seus filhos na escola pública. Isso é falso! Quem quiser pode pôr o seu filho numa escola privada. Não poder pagar é outra coisa. Mas se é o Estado que vai pagar esse luxo, deve então pagar a todos. Mas se pagar a todos, o público desaparece. Porque se o privado for pago pelo Estado, todos vão querer pôs os seus filhos no privado, pois claro. É mais fino ter o meu filho na mesma escola onde andaram os do Belmiro Azevedo. Mas será que o Belmiro não se aproveitou do Estado também?

    • Luís Moreira says:

      Henrique, não se preocupe com as minhas opções. Eu e todos os portugueses temos o direito de escolher o que queremos para os nossos filhos.

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