Governo acaba com concursos de professores, uma nova guerra começa

Com uma enorme deslealdade para com os sindicatos que assinaram um acordo com o Ministério da Educação, o governo prepara-se para aprovar um novo estatuto da carreira docente (que o Aventar publicou) que termina com os concursos, obrigando os professores a ficarem colocados na escola onde se encontram.

É de doidos varridos, tanto mais que acontece numa altura em que muitos professores não puderam concorrer, tendo sido ultrapassados por outros mais novos.

É uma forma directa de convidar os professores a um regresso à rua. Não se entende, a menos que se trate de uma imposição de Teixeira dos Santos, que deve confundir escolas com repartições de finanças.

Vai perceber a diferença em muito pouco tempo.

Comments

  1. Luis Moreira says:

    A estabilidade do quadro de professores é um dos mais poderosos instrumentos para a escola funcionar eficazmente. A passagem de concursos anuais para trianuais já foi um grande avanço. Reconhecer isto não exige mais que sensatez!

  2. brandao says:

    Espero bem que sim…que de facto acabem de vez esses concursos desajustados do nosso tempo. Sou um professor jovem e não pretendo andar de terra em terra até ao fim da vida…

  3. Pois, as pessoas não pretendem, e com razão, andar de terra em terra mas também esperam poder concorrer para ter oportunidade de conseguirem um lugar mais próximo da sua zona de residência ou familiar, não será? Não falo por mim, que até vou a pé para a escola, mas por muitos colegas que se encontram a centenas de kilómetros dos familiares. A ser verdade a notícia é realmente (mais) uma medida desleal do Ministério, uma vez que é repentina e contrária ao acordo anterior, impossibilitando muitos professores de concorrerem conforme seria possível. Então não houve negociações e até um acordo quanto ao estatuto? Infelizmente estas posições já não surpreendem e assim continuamos nestas quezílias de quem não tem palavra em vez de nos preocuparmos com o verdadeiro estado da educação.

    • Luís Moreira says:

      Mas não se tinha mudado para um concurso para três ou quatro anos? Já tinha sido um grande avanço na estabilidade do quadro de professores. Agora digo-lhe MariaLynce, se um(a) professor aceitar ir para uma escola longe da sua residência durante três ou quatro anos e montar a sua vida ao redor dessa condição, deveria ter direito a entrar no quado dessa escola! A bem da família do professor e dos alunos!

  4. Pedro Rocha says:

    Caros amigos,
    O que dizer das empresas e dos seus trabalhadores que fazem deslocação para o leste ou para sudoeste asiático.
    Que dizer das empresas que têm uma só delegação no país.
    Que dizer da função comercial de uma empresa.
    Bem, a porta está sempre aberta e ninguém obriga ninguém a ser professor, agora não venham para rua chatear e atrapalhar outra vez quem trabalha.

    • Luís Moreira says:

      Completamente de acordo. Os professores tẽm que trabalhar onde são necessárioss, e um quadro de professores estabilizado é um factor essencial para a melhoria da escola!

  5. maria monteiro says:

    “Os professores tẽm que trabalhar onde são necessários, e um quadro de professores estabilizado é um factor essencial para a melhoria da escola!”
    Completamente de acordo

  6. Fernando says:

    O ME deve informar claramente os professores do seu objectivo e fazer um concurso justo… claramente justo. Depois sim, pode acabar com os concursos. Há muita genta a sofrer devido aos sucessivos erros cometidos pelo ME. Que beneficiem os seus amigos mas não prejudiquem quem lutou, trabalhou, estudou, percorreu Km e Km, ano após ano, a servir os prazeres do ME e agora prevê que num minuto lhe cortem as pernas e lhe digam: “Não voltas para junto da tua família! Tu e a tua esposas estais eternamente separados! “

  7. Ricardo Santos Pinto says:

    Concorde-se ou não com o fim dos concursos, que só vai dar origem a «cunhas» (uma das poucas áreas da administtração onde elas não existiam), a verdade é que essa medida não estava no acordo assinado entre Governo e Sindicatos. Isso é faltar ao compromisso.

  8. Ricardo Santos Pinto says:

    E é engraçado que em relação aos médicos não dizem nada: vão para onde querem e nem com casa paga e outros benefícios eles saem de Lisboa ou Porto. Ou os juizes e magistrados, que recebem 500 euros por mês de subsídio de renda, mesmo que vivam à porta do tribunal. Estão no seu direito, claro, como os professores também estão de quererem não ficar para sempre longe de casa.

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