Há coisas que dão mau resultado se acontecerem: Netanyahu passear sozinho à noite na Palestina, o papa ser um frequentador compulsivo de casinos e bordéis, Obama confraternizar com a Ku Klux Klan sem guarda costas, Cristiano Ronaldo passar as noites em discotecas públicas, o chefe da Ndrangheta cultivar amigos no Facebook, por exemplo.
Mas Pasquale Manfredi, conhecido por Scarface, chefe do clã Nicosi-Manfredi, procurado por ser suspeito de crimes de associação mafiosa, homicídio, extorsão, tráfico de drogas e posse ilegal de armas, não deve ter pensado nisso. Conhecido como frio e implacável, Scarface guardava consigo um pequeno segredo: derretia-se a fazer amigos no Facebook. Não percebeu que a realidade virtual deixa um traço real e palpável, bastando à polícia localizar o seu modem para o apanhar de rato na mão.
Como resultado, o próprio Facebook coloca a notícia na página onde aloja os 16 Pasquale Manfredi que por lá existem. Quantos amigos teria, afinal, Scarface? Jogaria Farmville? Mandaria coraçõezinhos e embrulhinhos com delicadas prendinhas digitais aos seguidores? A polícia não esclarece, o Facebook não revela.
A famíla em casa dedica-se a um jogo inocente. Espero que a polícia tenha esperado pela luz do dia e que a avó já estivesse na Santa Missa, para não ver a ígnomia…
Já nem no Facebook se pode estar descansado…
quando menos se espera temos um policia que nos salta do ecran para nos prender…
Íncrivel, Maria, onde isto chegou…
Luís, há um jogo que se chama paciência…
Que eu não tenho…
então vou-te ensinar…