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Vida fora tu correste
Passo lento, certo, seguro
Nunca foste uma alma errante
Eras fácil de encontrar
E agora que já morreste
De ti digo e asseguro
Nem todo o bom mareante
Se encontra no alto mar
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Agora, és rio, és calma
Nada te fere ou ofende
Já não tens frio
É branca e pura
A brisa que afaga a tua alma
E te acaricia com doçura
Transparente
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Já nada nos separa
Aguarda por mim
Tranquilamente
És eterno
Eu estou só de passagem
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Vou ter contigo
Repara
E nesse dia, por fim
Espera por mim
E, enquanto o relógio não pára
Guarda-me um lugar para a viagem
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Sentido e bonito, josé Magalhães. Bom contributo para o dia da poesia.
Ainda não conhecíamos o poeta… Bonito poema, Zé, parabéns
Caro José Fernandes
O seu sentido poético tocou fundo em quem perdeu recentemente o pai.
Gostei de sentir a evocação da viagem, que embora final, poderá ser um reencontro.
Obrigado pelo sentimento expresso nas suas palavras.