O SAP de Valença

Como se lembram foi por seguir uma política de concentração de meios e correspondente aumento de qualidade na prestação de serviços às populações, que um dos homens que mais sabe de política de saúde no país, foi despedido.

Maria Jorge, apesar de tudo fazer para não mexer em nada, ou no menos possível, não pode deixar de seguir essa política.

Os que manipulam a população vêm com os argumentos dos costume, ter cuidados médicos ali à porta, dá segurança e comodidade. É mentira, como ficou completamnete demonstrado no caso das maternidades. Uma parturiente, sem problemas até pode ter a criança em casa, mas se tiver problemas, se precisar mesmo de cuidados médicos, vai mesmo para um hospital onde estejam reunidos os meios, técnicos e humanos necessários. E esse meios não podem estar em todos os serviços, por muito que se minta.

Aqui em Valença o problema é o mesmo, as pessoas estão convencidas que se tiverem um SAP à porta, encontram lá os meios técnicos e humanos para serem tratados. Isto é falso! Há uma componente psicológica importante, não nego isso, mas dizer mais do que isso é uma falsidade.

Ter meios rápidos de transporte, pessoal capaz de prestar os primeiros socorros, estar em ligação 24/24 horas com a unidade hospitalar mais próxima, isso é uma boa medida. Mais do que isto é andar a vender fantasias.

Comments

  1. Creio que tudo isto não passa de um fait-divers, logo aproveitado pela “alegada generosidade” de algumas entidades do país vizinho. Quanto ao hastear da imundície espanhola nas varandas, tal coisa vai exactamente ao encontro daquilo que as nossas consecutivas autoridades pretendem: os Linos, os iberdrolas, os balsemões e adjacentes, esfregam as mãos de contentes. Há sempre um pateta que lhes faz o jogo!?

  2. Talvez... says:

    Se o quisessem verdadeiramente, levavam a sua avante. Refiro-me aos valencianos. Lembram-se de Barrancos? Aí, o Povo falou, pela sua voz, e fez-se.

  3. Talvez... says:

    Eu vi uma vez uma pessoa a ter um ataque, causado pela tensão. Não foi preciso muito: uma médica e dois enfermeiros atenderam-no prontamente e estabilizaram-no rapidamente. Mediram-lhe a tensão e o pulso e aplicaram-lhe as drogas necessárias. Como vê, nada que um qualquer SAP não tenha ao seu dispor. Por isso, a sua analogia das maternidades não passa de uma falácia (falácia da falsa analogia). E se aquele serviço, que atende 2 ou 3 pessoas por noite, salvar, por semana, 1 vida, é quanto baste. A menos que ache que a vida tem preço.

  4. maria monteiro says:

    Luís, a componente psicológica é muito importante (o beijo no dói-dói duma criança, dizer a um idoso que tenha calma, que o pior já passou…). A proximidade ajuda, a proximidade dá tranquilidade, enxota o medo … cada vez mais há zonas do país que são roubadas daquilo que elas mais precisam… mas sabem lá ir com um qualquer conto do vigário na altura de pôr a cruzinha

  5. Talvez... says:

    maria monteiro :
    A proximidade ajuda, a proximidade dá tranquilidade, enxota o medo … cada vez mais há zonas do país que são roubadas daquilo que elas mais precisam… mas sabem lá ir com um qualquer conto do vigário na altura de pôr a cruzinha

    A proximidade ajuda, especialmente se estiver a ter um ataque.

  6. maria monteiro says:

    e especialmente para quem já sentiu essa proximidade e agora lha tiram

    mas tenhamos esperança… pode ser que por lá nasça mais uma agência bancária afinal é preciso ter sitio onde guardar o dinheiro

  7. Talvez... says:

    maria monteiro :
    e especialmente para quem já sentiu essa proximidade e agora lha tiram
    mas tenhamos esperança… pode ser que por lá nasça mais uma agência bancária afinal é preciso ter sitio onde guardar o dinheiro

    Que coincidência espantosa!

  8. maria monteiro says:

    e para continuar a coincidência pode ser que a seguir se dê o nascimneto duma qualquer clínica privada associada a …

  9. Dario Silva says:

    Alguns dados da geografia local:

    De Valença a Viana do Castelo são cerca de 55 km pela EN 13; em horário nocturno e dentro de limites razoáveis de segurança, uma ambulância chega lá em 35 minutos.

    De Valença a Monção (que tem urgências 24h, dizem) são…. 16 km por uma boa estrada aberta logo antes do encerramento do caminho de ferro para aquela cidade fronteiriça.

    Melgaço fica a uns 22 km a montante de Monção. Logo, a uns 38 km de Valença.

    Da corda ribeirinha Valença-Monção-Melgaço, Monção é ± o ponto intermédio pese embora Valença ter mais população. E Valença tem, com mais facilidade, uma opção extra para atendimento nocturno urgente: Viana do Castelo.

    Nota: não resido em Valença embora seja dos sítios de que gosto desde o tempo em que ainda havia fronteiras.

  10. Jorge says:

    Onde você mora também fecharam a coisa?

  11. Dario Silva says:

    Não, em Braga padecemos de outros problemas.

  12. Deve ser bom saber que só há quem nos acuda a 50 km de distância, a uma hora de viagem…Ver o pai ou um filho à rasquinha e saber que só no Porto e em Lisboa há coisas boas.
    Nascer em maternidades foleiras é mau. Melhor é numa ambulância, no meio do caminho, assistida por um bombeiro.
    Fechem tudo, deixem só as repartições de finanças e as agências funerárias.
    O que importa é acabar com os velhotes, os fracos e com quem já não contribui para o grande bolo que saqueiam.
    O sr. Mexia ganha 8 mil e tal por dia, mas este inverno morreu gente de frio porque nem um aquecedor pode ligar. Se gastar luz, já não come. Ou paga uma coisa, ou paga outra.
    Morreram de frio, mas com uma sopita no bucho.

  13. Jorge says:

    Dário Silva, eu não lhe perguntei a si, perguntei ao autor do post se lá onde ele mora também fecharam o sap, a maternidade e outras inutilidades.

  14. Dario Silva says:

    O meu nome não é Dário nem se escreve Dário…

  15. Jorge says:

    Atão?

  16. Talvez... says:

    Jorge :
    Atão?

    Espere que o autor do post não tem necessariamente de andar sempre a seguir os comentários. A esta hora deve estar a dormir. (e bem).

  17. Dario Silva says:

    “Não tem acento no A” podia ser o meu nickname…

  18. Jorge says:

    Talvez… :

    Jorge :
    Atão?

    Espere que o autor do post não tem necessariamente de andar sempre a seguir os comentários. A esta hora deve estar a dormir. (e bem).

    Talvez…

    Dário, não era para si.

  19. Luis Moreira says:

    Pouco do que disseram tem a ver com o que eu disse no poste. Não é possível ter cuidados médicos adequados em todas as esquinas. É preciso ter cuidados médicos ao alcance de quem precisa, mas isso pode ser uma ambulancia, ou um helio, com pessoal treinado e equipamento adequado. Não é possível ter cuidados médicos, SAPs em todas as terras com médicos e meios adequados.. Pura e simplesmente não acreditem nisso, porque é mentira!

  20. Jorge says:

    “Não é possível ter cuidados médicos, SAPs em todas as terras com médicos e meios adequados.”

    Uma maneira de resolver isto e passarmos a ter o mesmo que você tem, é mudar-mos de residência para ao pé de si. Está encontrada a solução: Os portugueses de segunda vão todos para junto dos portugueses de primeira.

  21. Dario Silva says:

    Jorge :
    “Não é possível ter cuidados médicos, SAPs em todas as terras com médicos e meios adequados.”
    Uma maneira de resolver isto e passarmos a ter o mesmo que você tem, é mudar-mos de residência para ao pé de si. Está encontrada a solução: Os portugueses de segunda vão todos para junto dos portugueses de primeira.

    Por oposição, quer o meu amigo significar que SIM, é possível ter urgências 24h ao cimo de cada rua. Ou então, queira explicar-se…!

  22. Jorge says:

    Você sabe muito bem que não é ao cimo de cada rua.
    Você sabe muito bem o que está em causa.
    Não me explico a si, nem a ninguém.

  23. Dario Silva says:

    Então percebi mal, não percebi… nada do seu ponto de vista.

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