Como as eleições brasileiras vão chamar a atenção do Mundo (II)

continuação daqui

No texto anterior foram apontados alguns dos principais desafios para quem suceder o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cadeira da Presidência da República Brasileira. Entre os mais cotados dentre as pesquisas recentes estão os nomes da ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e do governador do estado de São Paulo, José Serra. Os valores das respectivas campanhas são estimados atualmente em R$ 200 milhões para cada, cerca de US$ 110 milhões, o que denota a importância dada à disputa.

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) se escora no ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso (FHC), o líder maior dos psdebistas, que possui experiência e articulação política suficiente para tentar barrar o crescimento da candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), Dilma Rousseff, e para isso lançou mão de um ataque calculado milimetricamente. No primeiro domingo de fevereiro, FHC escreveu artigo inflamado para O Estado de S. Paulo, jornal de circulação nacional. Enquanto isso, é esperado posicionamento mais ofensivo de Serra, ex-ministro da saúde e ex-prefeito de São Paulo – experiências que lhe fazem frente à Dilma, sem tanta vivência na política.

Sem expor diretamente a imagem do governador paulista, o texto de FHC demonstra em qual esfera se dará a campanha tucana. Do outro lado, o presidente Lula aprendeu, com o passar das décadas de vida política, a ser um estrategista respeitável e a altura do ex-presidente – além de contar com mais de 80% de aprovação do seu governo pelos eleitores. Lula concedeu uma entrevista ao mesmo jornal na última sexta do mesmo mês e teve duas páginas inteiras para fazer sutil propaganda a favor de Dilma e para rebater o artigo provocador de FHC escrito anteriormente.

Segundo pesquisas, a ministra da Casa Civil ainda é desconhecida da maioria dos eleitores, porém, há grande espaço para crescer entre os que estão sem candidatos, indecisos e, principalmente, para aqueles que votarão no candidato indicado pelo presidente Lula. O aumento no número de eleitores vai depender muito da condição dela de conquistar e convencer o eleitorado de que será uma versão continuada e melhorada de Lula. As campanhas se delineiam. No entanto, quase metade do eleitorado brasileiro permanece sem candidato.

CHICO JUNIOR

Chico Junior é brasileiro, graduado em jornalismo e em teologia, autor do blog Polipensamento.

Comments

  1. Luis Moreira says:

    Bom texto, Chico Júnior, é bom saber que a Democracia Brasileira se fortalece e se recomenda.

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