FDL – As aberrações do Prof. Paulo Otero

Catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa (FDL) desde 2005, o Prof. Paulo Otero é recorrente em métodos de avaliação sórdidos; diria mesmo inaceitáveis a um docente que, por lei e estatuto, está obrigado ao cumprimento de normas éticas, pedagógicas e científicas, rigorosas e aplicáveis em qualquer nível de ensino.

Novo comportamento destemperado levou Paulo Otero a submeter alunos do 1.º ano de Direito Constitucional II da FDL a um teste sobre o casamento entre homossexuais; de permeio incluiu a união conjugal entre pessoas e animais e outras questões aberrantes, que a imprensa, Diário de Notícias, por exemplo, divulgou em detalhe.

Desta feita, Otero excedeu as fronteiras da escola e desafiou grupos estruturados e organizados – ILGA e LGTB, entre outros – que prometem agir junto dos órgãos directivos da própria FDL, e possivelmente de outras instâncias, com acções de protesto e eventuais pedidos de reparação das ofensas de que se sentem alvo.

A força das referidas organizações poderá causar – e oxalá causem – a penalização justificada de Paulo Otero. Vejamos como os membros da Direcção e do Conselho Pedagógico da FDL aplicarão a lei invocada pelo Director, Prof. Eduardo Vera-Cruz.

Todavia, antes de terminar, devo confessar-me revoltado por, apenas agora diante de um caso mediático, se equacionar a possibilidade de punir Otero. De facto, há muito que esta torpe figura, sem condições para o exercício da docência, prejudica alunos com testes de conteúdos absurdos, usufruindo de total impunidade. Mas a FDL é isto mesmo, um pequeno “Estado” dentro de um Estado pequeníssimo; onde os ‘Oteros’, a belo prazer, fazem dos outros otários.

Comments

  1. XicoAmora says:

    E viva a liberdade de expressão.
    Que saudades dos tempos de Abelardo, em que os professores com as suas claques de alunos, se batiam nas ruas de Paris.
    Volta inquisição, que estás perdoada. No século XXI querem queimar um professor por pensar diferente.

  2. Defensora Oficiosa says:

    Boa resposta XicoAmora.
    Era mesmo do melhor, ver os professores com as suas claques de alunos baterem-se pelas ruas de Lisboa.
    Além de atracção turística, sempre seria um bom meio de extravasar os ódiozinhos de estimação e afinfar umas valentes cacetadas nos defensores da opinião contrária.
    Argumentum baculinum!

  3. João Titta Maurício says:

    Entretanto, para demonstrar que não há absurdos que a Humanidade não seja capaz de procurar, o Correio da Manhã publica hoje a seguinte notícia:

    «04 Maio 2010 – 00h30
    Viveram juntos dez anos
    ALEMÃO CASA COM GATA MURIBUNDA

    Uwe Mitzscherlich, um alemão de 39 anos, casou com a sua bem-amada gata ‘Cecília’ depois de esta ter ficado doente e os médicos veterinários terem-lhe dito que não iria viver muito mais tempo.

    Como os casamentos entre humanos e animais são ilegais na Alemanha, o homem contratou uma actriz para celebrar o casamento a fingir. “Estamos sempre a trocar carinhos e ela dorme sempre comigo”, justificou Uwe. Viveram juntos dez anos».

    (Cfr. http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=DDD97EC5-D07E-4A65-841D-B10E563A485A&channelid=00000091-0000-0000-0000-000000000091)

  4. João Titta Maurício says:

    Mas se o afecto deste homem estava voltado para a gatinha… Podem lá os homens opor-se ao amor e a qualquer das suas manifestações? Não podemos ser limitados… há que ter mentes abertas e modernas. Não nos deixemos condicionar pelas super-estruturas jurídicas que só reproduzem modelos de controle e repressão da pura e vera essência do Amor e da Liberdade.

    Amantes de todo o Mundo, ajuntem-se… com quem quiserem!

  5. vasco says:

    Porque será que os Homens se voltam para gatos ou outros géneros que não o da sua espécie? Já se questionaram? Fartos de tanta Hipocrisia.

    E tu João Titta és outro Hipócrita com H grande.

    Abraços aos aventadores, especialmente para o Adão Cruz.

  6. João Titta Maurício says:

    Vasco,
    As suas palavras engrandecem-no e só servem, no mínimo, para as tornar vivas.

  7. Vasco says:

    João,

    A amostra que supra deixou determina censura. A pegada, do tamanho do sapato que lhe serviu sem folgas.
    Também o Elias vive com um burro – “É um animal nobre” – diz…

  8. João Titta Maurício says:

    Confesso que não conheço nenhum Elias… nem quem viva com um burro. São seus amigos?

    Sobre a censura… confesso que nem Saramago escreve de modo tão incompreensível. Explique lá melhor.

  9. Vasco says:

    João,

    Gosto de começar pelo fim das coisas:

    O Elias? Não, não é o profeta… é um virtuosíssimo marginal que exerce a arte de pintura. Quem tem acesso ao seu trabalho é amigo. Necessita que acrescente mais alguma coisa relativamente à amizade?

    Não venha com escritores reles que não respondo por mim.

    Quanto à compreensão ou falta dela, sugiro que leia, leia muito…

  10. João Titta Maurício says:

    Esta sua resposta é, manifestamente, ainda mais incompreensível:
    – o que é que me interessa o Elias, o burro ou a sua – dele! – pintura?!? Se é para “desconversar”, também conheço a técnica… mas tenho mais que fazer.
    – que Saramago é reles… isso é público e notório. Que é escritor… desconhecia!
    – quanto ao seu conselho… dispenso. Até porque depois de anos e anos de muito consumo, só uso do melhor e de qualidade atestada e comprovada. O resto… e acredite que ainda são muitos… posso dar-lhos.

  11. João Titta Maurício says:

    Já agora, para terminar esta “coisa”… está a pensar dar alguma utilidade ou “sumo” nas suas “diatribes comentativas” que valha a pena ler, ou ficamos por aqui?

  12. Sónia Ferreira says:

    A mim a única aberração que me parece existir aqui é o comentário do Sr. Carlos Fonseca. Acho curioso que, depois de quase um ano desde este post, ainda não tenha sido também considerado incapaz de ter “condições para o exercício da docência”.
    Se o Prof. Paulo Otero não pode defender as suas convicções, porque é que o senhor pode dar aulas livremente?
    Cresça e apareça

  13. Professor Paulo Otero é conhecido no Brasil pelos estudos da relatividade da coisa julgada.

  14. Querida virgem ofendida da sociedade atual. Como aluno do professor Paulo Otero, tenho a informar, que nada disso acontece. É verdade que é um professor exigente, e que os testes não são acessíveis. No entanto, descabido será condenar um professor genial, pela presença do tema da homossexualidade bum teste. Em primeiro lugar, é necessário perceber que este pedia para defender a constitucionalidade em ambos os pontos de vista. Mas poderá então dizer-me. Não será na faculdade de direito que se deverão abordar os temas da Atualidade? Relembro que sem juristas, e sem a lei que permite o casamento de pessoas do mesmo género, esse facto não seria possível. E não se deveria tornar este tema um tabu. Se defende esta causa nobre dos direitos homossexuais relembro que o diálogo, é, sem dúvida alguma, a mais eficiente forma de progresso. O professor é ainda acusado de ser dogmático, mas posso avançar, que numa faculdade como a de direito, não só se aconselha, mas exige que os alunos pensem de forma independente, por isso, cada professor tem a liberdade de apresentar a sua perspetiva.
    Dessa forma, considero esta notícia mais uma dos conjuntos de linhas que juntam em Portugal. Não tem conteúdo, não tem critério e demonstra falta de informação. Retire-se do ramo, porque de correios da manhã, já estamos bem servidos.
    Atenciosamente,
    Um aluno que despreza maus jornalistas e vem em prol da justiça.

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