Já não há pachorra para o choradinho da dívida pública, do andamos a gastar mais do que não sei quê, o estado, esse malandro, etc.
Vão dar banho ao cão, e depois olhem para esta tabela de dívidas públicas de países europeus, dados da CIA, referentes a 2009:
Italy | 115,2 |
Greece | 113,4 |
Belgium | 99 |
Iceland | 95,1 |
France | 79,7 |
Hungary | 78 |
Germany | 77,2 |
Portugal | 75,2 |
United Kingdom | 68,5 |
Ireland | 63,7 |
Netherlands | 62,2 |
Croatia | 61 |
Albania | 54,9 |
Spain | 50 |
Percebem agora o que é um ataque especulativo? É preciso fazer um desenho para se entender que o problema não está na dívida pública, está no euro e nas eleições na Alemanha?
Querem problemas sérios? é ver que o desemprego cresce, e aí sim, somos o 4º país da Europa em pior situação.
E a capacidade de pagar? Não crescemos há dez anos, nos próximos 5 tambem não crecemos pagamos como? É como o Berardo dever 100 000 euros e um de nós dever 20 000 euros, o Joe paga mais facilmente.
Dizer que não vamos crescer, ou que vamos, não é ciência, é astrologia.
Infelizmente é uma certeza. No nosso caso. Não sabemos mais e melhor que há dez anos porque haviamos de crescer? Não renovamos o tecido empresarial, mesmo que a Alemanha comece a crescer não temos capacidade instalada para crescer. O potencial de crescimento é mínimo. Infelizmente, tudo certezas.
Sabemos mais que há 10 anos: temos uma escolaridade superior, pela primeira vez temos bons investigadores em diversas áreas da ciência e tecnologia.
O problema dos patrões analfabetos resolve-se com um decreto, infelizmente sem efeitos retroactivos.
Se a Alemanha não crescer também não paga uma dívida pública superior à nossa, certo?
Supõe que publicas uma revista, 10 000 exemplares. Não chega. Inovas, novo grafismo, novos textos. Precisas de vender 50 000. Arranjas novo produto, Mas a tua máquina só produz 10 000. Não fizeste o trabalho de casa. Passa agora isto para um país. Não se investiu, a capacidade de produzir não é suficiente, não tens novos produtos nem serviços melhores que os outros. a Espanha, está com desemprego de 22% há anos, porque resultou de um acordo com os empresários. Pagamos o desemprego a meias enquanto as fábricas mudam de peodutos e de máquibas. Cá nada disto foi feito. mais autoestradas, e TGV…
Quem paga as revistas é a publicidade, mas adiante.
Quem paga o subsídio de desemprego são os trabalhadores por conta que descontam para a segurança social.
Se não houver investimento público (não discuto agora em quê) a economia não cresce. Sabemos isto por experiência histórica há 80 anos. Tal como cortar em vencimentos e subsídios de férias é baixar o consumo. E sem consumo as fábricas fecham, o comércio não vende, já nem falo da agricultura.
Equilibrar as finanças públicas não é gastar menos: é cobrar impostos aos que não os pagam. E deixar de pagar a privados (como os grandes escritórios de advocacia) aquilo que o estado pode fazer.
Um bocadinho menos de corrupção também ajudava, mas isso já deve ser pedir muito.
Claro, que as primeiras autoestradas foram importantes a partir daí é só encher as construtoras. Há 30 anos que andamos a fazer obras públicas e já estamos no último lugar dos paises europeus.. O que é preciso é inovar, investir em produtos e serviços tansaccionáveis que são exportáveis e que reduzem importações. Aos que fizerem isso ponho-lhes uma velinha…agora dar à manivela da betoneira todos fazem! Galp,EDP,PT…é tudo a vender ao preço que querem e no mercado interno ! E são monopolistas!
Dizer que vamos crescer é que é astrologia.
Eu sou a favor do investimento público e acima de tudo da redistribuição, mas não vejo isso acontecer. Aquilo a que chamam investimento público são obras faraónicas e a (re)distribuição são as privatizações das empresas que já davam lucro, os pareceres, as assessorias, as comissões dos submarinos, etc. e tal. E como ainda ontem e hoje ficou visível que nada vai mudar, dizer que vamos crescer nem astrologia é, é pura fé.
Quanto ao endividamento externo, aliado aos ratings, são milhões e milhões que voam para serem distribuídos em vez de redistribuídos. Faz o desenho que quiseres, a verdade é que empobreces. O resto são nomes e tralha ideológica.
O investimento público é necessário mas não a fazer autoestradas em duplicado, ou aeroportos não necessários ou TGV, numa altura em que Portugal está cada vez mais pobre, É como numa família, comprar um carro em vez de pagar os estudos aos filhos. O carro não os tira da miséria, a escola tira.
E eu, que nem entendo nada de política nem de finanças, a não ser as do meu bolso, que parece roto, apenas digo, que:
Vivemos num país estrangeirado, pelos países de leste, brasileiros, chineses, ingleses, tudo quanto é cão e gato vem ganhar dinheiro cá. Devemos ser um país rico.
Os portugueses, por exemplo os trabalhadores da banca, têm sido “convidados” para a reforma antecipada: ficam com uma porcaria de reforma que mal dá para viver, para serem admitidos estagiários que ao fim do tempo de contrato vão para a rua procurar novo emprego – é mais rentável.
Os jovens que acabam um curso superior andam à cata de emprego, seja lá onde for…nem vê-lo… que se desenrasquem no estrangeiro, porque afinal cá é para os de fora.
Cá, governam-se os políticos: reformas e mais reformas depois de uma meia dúzia de anos como deputados e podem acumular empregos que aí não tem mal nenhum…afinal passaram esse tempo a levantar-se e a sentarem-se na cadeira conforme instruções superiores.
Mas tudo bem, existe o futebol pena nem todos terem vocação para futebolistas, senão éramos todos milionários.
Que existem muitos pedidos de empregados e ninguém quer? Tretas… quem está no fundo de desemprego não quer arriscar no fim do prazo ir para a rua e depois não ter acesso de imediato novamente ao fundo em casa existem bocas para alimentar.
A verdade é que estamos pobres…pobres material e mentalmente
A verdade é que não existem perspectivas de futuro neste país
A verdade é que já estamos cansados de dizer que está tudo mal e nada muda
A verdade é que aceitamos o que nos dão – melhor – o que não nos dão – e calamo-nos
Percebe o suficiente para dizer essas verdades todas. Mas os imigrantes não tiram o lugar a ninguem. Fazem trabalhos que os nossos não querem fazer.
Nem sempre…vejo médicos e enfermeiros espanhóis e brasileiros, dos países de leste… e os nossos? Há falta de médicos cá? Sim…tem de estudar no estrangeiro porque cá valem as médias e não as vocações, e aceitamos os que tiraram o curso com uma média muito inferior? Nâo entendo isso.
como entendo bem as vocações dos médicos e enfermeiros… parece que é uma vocação com queda para o privado…
Sim, entendo isso, quando para se tirar um curso valem as médias e se esquecem das vocações que outros estudantes teriam… saem médicos com a vocação para o privado. E erro está no início.
uma inscrição num partido, daqueles cotados na bolsa do silêncio, apaga todos os erros quer eles sejam no inicio, no meio ou no fim
isso sem duvida, mas nem todos têm “vocação” para “políticos”